domingo, março 08, 2020
8 de Março, sempre e porquê
domingo, março 10, 2019
Manifestações, aniversários - Equívocos, fracturas e facturas
- o do 20º aniversário do
Bloco de Esquerda
- o dos 98 anos do PCP, em que se inclui quase meio século de luta (clandestina) contra a ditadura.
sexta-feira, março 08, 2019
8 Março - uma leitura recente, uma lembrança com quase 47 anos
Para hoje, para este 8 de Março de 2019, uma leitura recente (na Revista do Expresso de sábado)
quinta-feira, março 08, 2018
Para este dia - Sílvio Rodriguez
MUJERES
que empinaba sus hijos
hacia la estrella de aquella
otra madre mayor
y como los recogia
del polvo teñidos
para enterrarlos debajo
de su corazon.
Me estremecio la mujer
del poeta, el caudillo
siempre a la sombra y llenando
un espacio vital
me estremecio la mujer
que incendiaba los trillos
de la melena invencible
de aquel aleman.
Me estremecio la muchacha
hija de aquel feroz continente
que se marcho de su casa
para otra, de toda la gente.
un monton de mujeres
mujeres de fuego
mujeres de nieve
Pero lo que me ha estremecido
hasta perder casi el sentido
lo que a mi mas me ha estremecido
son tus ojitos, mi hija
son tus ojitos divinos.
pero lo que me ha estremecido
hasta perder casi el sentido
lo que a mi mas me ha estremecido
son tus ojitos, mi hija
son tus ojitos divinos.
que pario once hijos
en el tiempo de la harina
y un kilo de pan
y los miro encurecerse
mascando carijos
me estremecio porque era
que la historia anoto entre laureles
y otras desconocidas gigantes
que no hay libro que las aguante.
8 de Março - em cada ano neste blog, desde sempre na vida...
igualdade no trabalho e na vida
sexta-feira, março 10, 2017
quarta-feira, março 08, 2017
Hoje, 8 de Março
sábado, março 08, 2014
Informação/deformação/ideologia/luta de classes
PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO
quinta-feira, março 08, 2012
8 de Março - Dia da Mulher - 2012 - 3
8 de Março - Dia da Mulher - 2012 - 2
.
8 de Março - Dia da Mulher - 2012 - 1
terça-feira, março 08, 2011
8 de Março - dois apontamentos para o fim do dia

- «(1) É também muito provável que, à semelhança dos chimpanzés actuais, já existisse uma ligeira divisão sexual do trabalho que posteriormente se veio a acentuar: machos e fêmeas teriam uma dieta ligeiramente diferente com os primeiros a consumirem mais proteína animal proveniente da caça e as fêmeas da recolha de insectos. Esta divisão teria sido favorecida pela selecção natural devido à fisiologia reprodutora dos mamíferos. Cabia sobretudo às fêmeas o investimento parental mais directo(*). As fêmeas estariam mais dependentes das técnicas extractivas de processamento de alimentos embora os machos também fizessem uso das mesmas. Tais técnicas implicam a utilização e a construção de instrumentos, ainda que pouco complexos. (Nota das Edições "Avante!".) »
- «(...) O facto de o ser humano conseguir alimentação suficiente em todas a estações do ano - armazenando-a com segurança - e de se poder aquecer, tem, por exemplo, esta consequência importante: pode gerar e pôr no mundo crianças em todas as estações do ano, não tendo assim, como muitos outros animais, um período específico de procriação.»
8 de Março e o Indice de desigualdade de género (PNUD)


8 de Março e leituras

“(…) A nós, não nos basta a democracia, nem sequer a democracia para os oprimidos pelo capitalismo, incluindo o sexo oprimido.
A tarefa principal do movimento operário feminino consiste na luta pela igualdade económica e social da mulher, e não só pela igualdade formal. A tarefa principal consiste em incorporar a mulher no trabalho social produtivo, arrancá-la à escravidão do lar, libertá-la da submissão – embrutecedora e humilhante - ao eterno e excepcional ambiente da cozinha e dos quartos das crianças. Esta é uma luta prolongada, que requer uma radical transformação da técnica social e dos costumes. Mas esta luta terminará com a plena vitória do comunismo.”
8 de Março - um (talvez) poema e um (quase) desenho
Tu és o fogo e a luta. Tu és a paz e o novo.
Tu és o futuro do homem, dizia Aragon...
e Brel replicava, reticente, que nem sempre;
treplico, insistente, que sempre o és
quando companheiros somos.

8 de Março e os (meus) livros


Tinha então 31 anos, e o convívio com escritores de que era leitor foi, para mim, experiência muito interessante.
Neste 8 de Março de 20011 (como o fiz há dois anos, noutro "blog"), reproduzo, com ligeiríssimas correcções, o começo da minha intervenção:
.
Primeiro, porque sentindo que devo apresentar os áridos números, sei que isso me pode tornar no desinteressante estragador de troca de impressões vivas, sobre temas vivos. Paciência! Tentarei pôr gente dentro dos números, adubar a sua aridez com clara significação humana. Depois, e este já não é um problema nosso, mas só meu..., muito gostaria de aproveitar quem aqui está encontrado para ser mais a conversar sobre a Mulher, sobre a Mulher e o Homem, sobre o amor possível. A conversa-prazer só facultada a alguns de nós que, por isto ou por aquilo, têm o privilégio de dispor das fatias do bolo património-sócio-cultural que o ser humano vem aumentando desde que começou a sê-lo. É que a disponibilidade para a realização a dois, o tema mãos dadas, “a semente que tu és e a terra que eu sou”, tudo isto nos apela para o conversar-desfrute. E então convosco!…
Mas vamos às tarefas auto-atribuídas. Lá fora, aqui ao lado, há frio, há fome, há quem apanhe chuva(*).
Por uma questão de método, entendo dever estudar-se o problema da condição da mulher por uma forma paralela ao esqueleto de uma formação social. Porque, na minha perspectiva, a condição da mulher resulta, fundamentalmente, de condicionalismos sociais, resulta de um fundo histórico.
Condicionalismos sociais, fundo histórico, que têm as suas raízes na relação Ser Humano-Natureza, no esforço do trabalho dos seres humanos relacionados entre si, para a progressiva libertação das condições impostas pela natureza.
Teríamos assim que dividir a abordagem do problema em estratos:
- A mulher como ser biológico, na sua relação com a natureza;
- A mulher como animal social, na forma como o ser humano se organiza nessa relação;
- A mulher na consciência social, na representação que dela se tem (e que ela tem de si), nas instituições que traduzem , e tantas vezes forçam, a realidade da relações sociais e que traduzem, e tantas vezes forçam, o equilíbrio das forças sociais em antagonismo.
Vou deter-me, na minha participação, nos dois primeiros aspectos, mas afirmando, como definição fundamental, que nada é estanque.
Sobre a mulher na consciência social quero, no entanto, deixar dois apontamentos. Todo este interesse, todo este levantar a luva para discutir a condição da mulher reflecte que estamos perante um desequilíbrio. Existe, na base das relações sociais, uma transformação que, ao nível superstrutural, não é acompanhada em correspondência.
A literatura, as artes dão-nos esse desajuste. Os códigos civis mostram-nos (ou não nos mostram?) que as situações legais não servem as situações de facto. E, depois, o resultado disso: páginas femininas em profusão e a ganharem dimensão social, pega-se na bibliografia económica e a mulher a aparecer em muitas obras. A mulher (e a sua condição social) em foco. Em causa uma discriminação que, pessoalmente tanto me violenta como a resultante da pigmentação da pele.
Espero, com os números que vou apresentar, ilustrar o que foi dito ou for dito, fornecer elementos úteis a um melhor aperceber da real situação da mulher e, depois, libertar-me para a troca de impressões não quantificada mas, aproveitando números, valorizada. (…)»
____________________________________________
(*) - Nesse fim de dia e começo de noite de 1967, um temporal caíu sobre Lisboa provocando inundações com dimensão e consequências verdadeiramente dramáticas. Ao sair do debate, estava a cidade e os arredores em grande agitação, e destaco a solidariedade que então se organizou e em que os militantes do PCP, na clandestinidade, tiveram relevante intervenção.
segunda-feira, março 08, 2010
Dia Internacional da Mulher

de um desenho (inédito)
Nos 100 anos do Dia Internacional da Mulher
Canção de Catarina
Na fome verde das searas roxas
Passeava sorrindo Catarina
Passeava sorrindo Catarina
Na fome verde das searas roxas
Ai a papoila,
Ai a papoila cresce na campina!
Ai a papoila cresce na campina!
Na fome roxa das searas negras
Que levas, Catarina, em tua fonte?
Que levas, Catarina, em tua fonte?
Na fome roxa das searas negras
Ai devoraram,
Ai devoraram corvos o horizonte!
Ai devoraram corvos o horizonte!
Na fome negra das searas rubras
Ai da papoila, ai de Catarina!
Ai da papoila, ai de Catarina!
Na fome negra das searas rubras, trinta balas,
Trinta balas gritaram na campina
Trinta balas
Trinta balas
Te mataram a fome
Catarina!
