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quarta-feira, julho 13, 2022

Até quando? - Até QUANTO?!

Com o NOVO BANCO de novo a ser notícia, pelas más notícias do costume, ao "arrumar papéis", (as)saltou-nos esta 1ª página do Público de 27.11.2015


Para confronto, e actualização, fomos ao arquivo buscar esta declaração de 28.03.2018, referindo muitas posições anteriores:



Veja as diferenças!

 

quinta-feira, dezembro 23, 2021

Notícias... e a propósito...

-
NOTÍCIA NO Expresso:
 
Grande fundo americano reforça litigância 
com medo de prescrições 
sobre dívida do Novo Banco


... e a propósito:

como é que estamos
de contas
com a VENEZUELA?

quinta-feira, julho 02, 2020

O fanatismo ideológico

Há quem, pessoas e correntes de pensamento, ataque as ideologias de outros, tomando a posição extrem(ist)a de atacar... a ideologia, qual ela seja. São, como gosto de dizer, os ideólogos da desideologia!
Acontece que, às vezes e em alguns, a ideologia pode tomar formas de sectarismo ou de fanatismo. Também, claro, nos ideólogos da desideologia. Chegam a ser ridículos.
Neste caso tão presente da TAP (como no do Novo Banco), o caso patológico parece evidente.
Tudo... mas tudo!... menos nacionalização.

As coisas estão a correr por forma que estão a levar-nos os anéis, como, aliás, os de uma certa ideologia (brrrm t'arrenego,,, não lhes falem nessoutros) previram e preveniram?
Cortem-se os dedos!
Nacionalizar é que nunca, dizem eles!

segunda-feira, maio 25, 2020

Novo Banco - sangrar ou falir... não há alternativa?

Tenho andado fugidio (ou fugitivo?) da auto-assumida tarefa de comentar a política nacional. Por razões (umas) objectivas e (outras) subjectivas. Mas gosto dela. Puxa-me o pézinho p'rá dança...
Hoje não resisto ao som que me trouxe o Expresso-curto.
Num texto que começa agradável de ler, porque inteligente e culto (são duas dimensões bem diferentes), porque provocador de tão individualista (a  história - a que se lê e a que se está a escrever - como se feita por protagonistas sem haver gente - classes sociais - por detrás do pano), o autor (Vitor Matos) às tantas escorrega, ao falar do que teria a recomendação de calar, e derrapa:

Jerónimo e o Novo Banco - Não é novo que o PCP seja contra as ajudas à banca e ontem o secretário-geral do PCP disse que os 850 milhões de euros transferidos para o Novo Banco davam para “resolver metade dos problemas sociais que neste momento existem”, mas não explicou que problemas sociais seriam criados com a falência de um banco.

Esqueceu-se (se alguma vez soube) que já houve bancos (e banca) nacionalizados e que, nesse período,  houve importantíssimos saltos positivos na organização da banca para o serviço público, e que o que Jerónimo e o PCP defende não se reduz à alternativa: injecção desproporcional e anti-social ou falência, mas nacionalização do que está a ser evidentemente uma sangria inaceitável, até pelos defensores do capitalismo mais estreme mas com limites de regulação e decência pública tanto e tão grave é o pecado privado. 

e, assim, termina em estampanço, como acontece depois de se derrapar.

domingo, junho 11, 2017

Que se (lhe) faça justiça!

Há pouco, na madrugada insomne para que me deu a procura de informação (informar-SE, informar-SE!), corria e aproveitava a Economia do Expresso quando deparei, na discutível coluna dos "ALTOS E BAIXOS", com uma cara que pouco tem aparecido e com uma notícia que, se não me deu alegria, me trouxe algum conforto:

Este ca valheiro é, como é bem dizer, um caso paradigmático. Depois de uma participação governamental "exemplar", que terminou com esse "negócio já de si bastante polémico" de "ajuste directo a um mês das eleições legislativas", teve logo logo o prémio de ser contratado para o Banco de Portugal para liderar a venda do Novo Banco, onde não se terá poupado a esforços negociais evidentemente muito bem remunerados. 
Face a este "sinal" vindo da PGR, sei que é esperar muito... mas que se (lhe) faça justiça!


quarta-feira, abril 12, 2017

Um resumo de um processo... paradigmático (!?)

muito útil mas (necessariamente...) incompleto.
por exemplo... falta uma referência a esse personagem sombrio (da sombra...), o contratado negociador Sérgio Monteiro!

sexta-feira, fevereiro 03, 2017

NOVO BANCO?... esperar para v(end)er ou (ven)dar!

Abril Abril:

PS, PSD e CDS-PP chumbam manutenção do Novo Banco na esfera pública
PS mantém-se no fio da navalha, mas vota contra controlo público
3 DE FEVEREIRO DE 2017
Os projectos de resolução do PCP e do BE foram chumbados, com o PS a sustentar que o futuro do Novo Banco passa por processo negocial.

O terceiro maior banco nacional é propriedade do Fundo de Resolução, uma entidade pública sob controlo do Banco de Portugal

A defesa do projecto do PCP, que esteve na origem do agendamento da discussão para esta manhã, foi feita pelo deputado Miguel Tiago, que resumiu o que está em causa: «Os portugueses já pagaram o Novo Banco e o pior que pode acontecer é agora ficarem sem ele».
O deputado comunista lembrou que na origem do Novo Banco está a medida de resolução decidida pelo anterior governo, com a injecção de 3,9 mil milhões de euros saídos do Orçamento do Estado, a que já se juntaram novas verbas para reforçar a capitalização do banco.
Numa intervenção crítica para o PSD e o CDS-PP, como também fizeram os deputados do PS, do BE e do PEV que intervieram no debate, Miguel Tiago criticou a decisão de deixar de fora os activos não-financeiros do Grupo Espírito Santo. Os comunistas querem um sector bancário público forte e ao serviço das necessidades do País e da economia nacional, até porque a venda do Novo Banco «significa a entrega de 60% do sistema bancário a estrangeiros e a prostração da economia portuguesa a grandes grupos económicos».
Mariana Mortágua, na defesa do outro projecto de resolução em discussão, lembrou várias das empresas privatizadas, muitas delas «monopólios públicos» que hoje «dão milhões aos seus accionistas». O BE considera que o Estado não deve continuar a «limpar» os bancos «com dinheiro público», para de seguida serem privatizados.
José Luís Ferreira, deputado do PEV, questionou se «o Estado vai continuar a ser a muleta dos banqueiros». Para os ecologistas, «já chega» de «excelentes negócios para engordar fortunas» à custa do erário público, das empresas e das famílias portuguesas.
PS: Um «nim» que virou «não» na hora de votar. 
Palavra de ordem é «esperar para ver»
«O PS quer deixar todas as opções em aberto. Não há nenhuma posição de princípio contra a nacionalização nem contra a venda», resumiu o deputado João Galamba. O PS quer «deixar o processo negocial decorrer até ao final» e foi com esse argumento que chumbou ambas as iniciativas.
A intervenção do deputado foi muito crítica para o governo do PSD e do CDS-PP, que conduziu o processo de falência do Banco Espírito Santo (BES) e a criação do Novo Banco. «Foi-nos dito que o Novo Banco estava limpo e seria um negócio rentável e lucrativo para o Estado», lembrou Galamba. Pelo que se conhece das propostas em cima da mesa, caso a venda se concretizasse nesses termos, o Estado pode incorrer em perdas superiores a 5 mil milhões de euros – o equivalente à totalidade de fundos europeus que o Governo pretende mobilizar durante este ano.
Memória curta à direita motiva críticas a propostas 
e ao Governo
Os partidos que formavam governo quando o Novo Banco foi criado afastaram-se de qualquer solução de controlo público sobre a instituição financeira. O PSD, pela voz de Duarte Pacheco, lembrou que é contra «por princípio». Desta vez, os princípios falaram mais alto, com o PSD a manter a coerência quando, duas horas depois, foi chamado a votar.
Já o CDS-PP não concorda com o controlo público do Novo Banco por ser necessário recapitalizar a instituição e por considerar que a gestão pública é pior que a privada. Isto num debate em que estava em causa o futuro de uma instituição que protagonizou um dos mais escandalosos casos de gestão criminosa por privados, que levou à injecção de dinheiros públicos no banco.
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Curioso!...
No meio desta "geringonçada",
não se usou a palavra mais usada...

Qual será a resposta?

Abril Abril:
Amanhã, os deputados são chamados a responder à questão
Ficar com o que está pago ou entregar a abutres
2 DE FEVEREIRO DE 2017
São discutidos e votados, amanhã, dois projectos de resolução exigindo o controlo público sobre o Novo Banco. «Fundos abutre» mantêm o seu voo sobre a instituição bancária.

Apesar de cada vez mais vozes se juntarem aos que defendem a nacionalização do Novo Banco, as autoridades nacionais e europeias continuam a perseguir uma venda da instituição
As iniciativas, de PCP e BE, pretendem que o Estado assuma o controlo do banco surgido da falência do Banco Espírito Santo, actualmente propriedade do Fundo de Resolução, uma entidade pública para a qual foram transferidos 3,9 mil milhões de euros aquando da medida de resolução que criou o Novo Banco.
No documento do PCP, é sublinhada a «necessidade urgente de assegurar a direção pública», nomedamente através da «nomeação dos órgãos sociais e a elaboração de um plano estratégico para a banca pública que estabeleça os objetivos materiais e temporais». Os bloquistas pedem «o apuramento consequente de todas as responsabilidades» no processo, assim como um «debate alargado e democrático sobre o desígnio estratégico» do banco.
Apesar de vários dirigentes e deputados do PS já se terem mostrado favoráveis à nacionalização da instituição bancária, não é conhecido o sentido de voto da bancada na Assembleia da República.
Também nomes improváveis, como os ex-ministros das Finanças, de governos do PSD e do CDS-PP, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, assim como o último presidente do BES e primeiro presidente do Novo Banco, Vítor Bento, manifestaram abertura à hipótese de nacionalização, face às propostas em cima da mesa.
O que se conhece dos valores e condições apresentados pela Lone Star, fundo recomendado pela equipa do ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro que o Banco de Portugal encarregou da venda do Novo Banco, parecem motivar muitas destas vozes. O fundo norte-americano oferece 750 milhões de euros pela compra, com a promessa de uma recapitalização de valor idêntico. No entanto, pede em troca uma garantia do Estado no valor de 2,5 mil milhões de euros, mais de metade dos dinheiros públicos injectados na instituição em 2014.
Na véspera da discussão e votação sobre o futuro do banco, relembramos o perfil da Lone Star que publicámos horas antes da recomendação do Banco de Portugal ter sido tornada pública.

Os escritórios da Lone Star por todo o mundo são marcados pela discrição. Em Madrid, por exemplo, ocupam parte de um piso de um imponente edifício sem qualquer referência exterior ao fundo, paredes meias com o Deutsche Bank
Quem são os abutres que rondam o Novo Banco?
A Lone Star Funds foi criada entre 1995 e 1996, mas o seu fundador e presidente, John Grayken, já vinha acumulando fortuna através da compra de «activos tóxicos» à banca – no essencial, crédito à habitação de cobrança difícil –, vendendo posteriormente com lucros na ordem das centenas de milhões de euros.
Quando o sector imobiliário voltou a estar em alta nos EUA, a Lone Star virou-se para o Japão, em 1998, e depois para a Europa. O termo flipping é regularmente usado para descrever a estratégia destes fundos: comprar barato para, ao fim de poucos anos, vender com lucro. Mas como é possível comprar activos desvalorizados e transformá-los numa «galinha dos ovos de ouro» num espaço de dois ou três anos?
Quando se trata de crédito à habitação, a prática da Lone Star é simples: se o devedor não paga, executa a hipoteca e vende o imóvel o mais rápido possível. Os lucros são conseguidos à custa de despejos massivos, seja na baixa de Nova Iorque, no Japão, na Coreia do Sul ou no Leste da Alemanha.
Lone Star Funds: comprar barato, vender caro e depressa
Se a sua especialidade começou por ser o imobiliário, a crise asiática do final do século XX proporcionou novos negócios, entrando no sector financeiro. Em 2003 adquire uma participação maioritária num banco coreano, que tenta vender passados três anos com um lucro superior a 4,5 mil milhões de dólares, 250% do valor pago.
Suspeitas de manipulação bolsista abortaram o negócio, levaram à prisão do representante da Lone Star na Coreia do Sul e de um funcionário que desviou 11 milhões de dólares para o fundo norte-americano. Mas a venda acabou por se concretizar em 2012, com um lucro de 3,5 mil milhões de dólares.
Porém, a receita aplicada no banco Korea Exchange Bank (KEB) logo após a compra não deixou boas memórias aos seus trabalhadores, com uma reestruturação agressiva, fusão de unidades e despedimentos. Mas o ritmo não agradava ao «fundo abutre», levando mesmo à substituição do presidente do banco em 2005.
O presidente da Lone Star Funds à saída de um interrogatório judicial em Seul, confrontado com manifestantes pela manipulação do valor pago pelo KEB. 11 de Janeiro de 2008 


No Japão, o fundo aproveitou a falência de um banco para criar o Tokyo Star Bank, em 2001, depois de pagar 340 milhões de dólares ao governo nipónico. Depois de seis anos de mais uma «reestruturação agressiva», o banco é vendido. Quando, em 2011, no auge da crise financeira, os novos donos não conseguem sustentar os 2,2 mil milhões de dólares de dívida assumida para comprar o Tokyo Star Bank, a Lone Star recupera o controlo do banco.
Em 2014, o banco japonês é vendido pelo fundo norte-americano – pela segunda vez em menos de uma década – por 510 milhões de dólares a um banco sedeado na Ilha de Taiwan.

Se o cartão de visita da Lone Star na gestão bancária é negro, as práticas fiscais não são melhores. O fundador renunciou mesmo à cidadania norte-americana, passando a ser cidadão irlandês e beneficiando do regime fiscal que permite não pagar impostos, já que detém a participação no fundo norte-americano na Bermuda, um paraíso fiscal.

domingo, janeiro 08, 2017

como pôr fim ao banksterismo

O caderno Economia do semanário Expresso, como toda a panóplia de veículos de comunicação deste grupo, ilustra a complexa frente ideológica da luta de classes. 
Não é por acaso que "o fundador" (e fundidor!) do grupo é "o português do Clube Bilderberg". Em doses bem medidas (e à medida do tempo em que se joga), a equipa é uma selecção que vai da direita mais "caceteira" (ideologicamente, claro) ao esquerdismo mais verbal, passando pelas tendências várias da social-democracia e por um keyneseanismo que, evidentemente, não é só económico, apenas ficando de fora quem é, claramente, do outro lado da luta... embora um convite esporádico e espúrio possa aparecer por manifesta oportunidade ou para dar alguma cor ao pluralismo.
Por este caderno e seus alimentadores me perco ao fim de semana (e, por vezes, pelo meio da semana), sempre com proveito, embora irregular. Particularmente na página 5, onde até posso ganhar uns quartos de página de bem escolhida poesia.
Vem isto a propósito deste sábado - como já veio em muito outros apropósitos -, em que Nicolau Santos aborda o "sarilho no Novo Banco" e diz que ele "tem um nome", embora não diga qual ele seja.
Nomes próprios refere alguns (Carlos Costa, Vitor Bento, Stock da Cunha, Sérgio Monteiro, António Ramalho), e muitos ficam por referir, embora citados noutras oportunidades, como Maria Luís Albuquerque, e deixa dois nomes não de pessoas mas ajudando à caracterização do "sarilho" - BNP Paribas (com uma estranha assessoria de €15 milhões) e Lone Star (um dito "fundo de investimento" para que o apodo de abutre é carinhoso). 
Em resumo, sarilho há. E pesado em euros! Eram 4,4 mil milhões de € em "resolução" (que é feito do fundo da dita?), que se propõe "resolverem-se" com 750 mil (que, com uma estranha garantia de 2,5 mil, se podem transformar em - 1,750 mil milhões!), através de uma venda a privados, talvez a conselho de assessorias a custo de mais de 15 milhões de euros (qual o papel do dr. Sérgio Monteiro nestas operações banco-cirúrgicas?), pagando administrações precárias em SOS e, decerto..., não remuneradas ao nível do salário mínimo. E quem confiou, e manteve a sua confiança, no "banco bom" e... Novo?!, o que é que sabe e pensa? 
Nome tem o sarilho! Mas NS não diz qual escolheria (seria Carlos Costa?) porque, se o dissesse, talvez tivesse de ir mais além, de ir ao fundo das questões e não pudesse, "perante o actual cenário...", pedir para "...se continuar a reestruturar o banco e negociar com Bruxelas mais tempo para vender a instituição."
Capitalismo, não lhe dirá nada?, e nacionalização?, e negociação com Bruxelas (e credores) bem para além de apenas tempo para se entregar mais um pedaço nosso a privados em condições menos... "vexatórias"? 

voltarei a esta página 5          

Um entre muitos, perante o escândalo

Ano novo, velho banco

(João Quadros, in Jornal de Negócios, 06/01/2017)
quadros
No momento em que escrevo esta crónica (01.30 de quinta-feira), o destino do Novo Banco ainda é uma incógnita. Segundo fontes próximas do Banco de Portugal (o astrólogo do Doutor Carlos Costa), “a Lone Star é a mais bem colocada para ficar com Novo Banco”. A proposta da Lone Star, que visa a compra de 100% do Novo Banco, é de 750 milhões de euros, citando a mesma notícia. Eu tenho a teoria de que isto ainda acaba com o Novo Banco vendido à Padaria Portuguesa.
Recordo que a 5 de Agosto de 2014 (ver artigo neste jornal www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca—financas/detalhe/novo_banco_vale_44_mil_milhoes) a questão discutida pelos analistas era se o Novo Banco valia ou não… 4,4 mil milhões de euros? E havia gente dividida…
Em dois anos, passámos da possibilidade de obter 4,4 mil milhões, pela venda, para 750 milhões (mais um fim-de-semana para duas pessoas em Benidorm). Não quero ser advogado do diabo, mas será que o Salgado não fazia melhor que o Stock da Cunha? 750 milhões pelo Novo Banco? Aposto que a Remax fazia melhor que o Sérgio Monteiro. Não podemos vender o Novo banco aos vistos gold? Ou aproveitar os balcões para fazer uns hostels?
Como se não bastasse, a proposta da Lone Star, segundo se diz, é em torno dos 750 milhões, mas a garantia pedida ao Estado é de 2,5 mil milhões de euros. Isto não é vender o Novo Banco, isto é ter de pagar pelo dote da mais nova. Perante estes números, eu não imagino que tipo de pessoas é que ainda têm conta no Novo Banco mas calculo que amanhã de manhã sejam menos de metade. Convém não esquecer que o BES foi dividido em BES bom e BES mau, e que o BES bom era este.
Mas a novela não acaba aqui, porque, no mesmo dia em que se fala da Lone Star, Mário Centeno não exclui possibilidade de nacionalização do Novo Banco. Talvez seja a melhor ideia se a colecção de obras de arte estiver ao nível do BPN. Esta possibilidade deixa-me uma dúvida: se o Novo Banco não for vendido e o Sérgio Monteiro foi pago para o vender, será que ele devolve a massa que lhe deram? Sempre é mais ou menos meio milhão que se poupa.
Acho que é chegada a altura de assumir que, finalmente, acertámos no grande desígnio de Portugal: somos uma nação que salva bancos. O primeiro país a abolir a pena de morte e a ter uma complacência infinita para com os banqueiros. Merecíamos um Luís de Camões capaz de narrar esta nova epopeia. Vistas bem as coisas, já gastámos mais dinheiro a salvar bancos que nos Descobrimentos.