quinta-feira, agosto 25, 2005

O tempo

Contar os anos
por décadas

Viver os segundos
como eternidades

(26.12.2002)

8 comentários:

Anónimo disse...

Descobrir de repente a passagem dos anos, porque descubro uma foto antiga de vinte anos onde não me reconheço...tão estranho

Anónimo disse...

Às vezes digo que não tenho tempo para nada. Passam-se os dias e as rotinas instaladas. Paro. Sento-me um pouco e mergulho terra dentro como água que escorre e não seguro.
Então de uma assentada dou um murro ao relógio, mastigo-o a custo e engulo. Mais tarde, como as vacas, deito tudo fora e mastigo novamente.

Anónimo disse...

"Foi ontem, e o mesmo é dizermos, Foi há mil anos, o tempo não é uma corda que se possa medir nó a nó, o tempo é uma superfície oblíqua e ondulante que só a memória é capaz de fazer mover e aproximar"
José Saramago (Evagelho sgundo Jesus Cristo)

Sérgio Ribeiro disse...

Ó meus queridos comentadores...
vocês estão a puxar por mim!

Logo logo colocarei outro post ao jeito deste para tentar suscitar comentários como os estes.

Se vocês soubessem o bem que me fazem...

Unknown disse...

"L'amore fa passare il tempo. Il tempo fa passare l'amore".

Vivamos então apaixonadamente cada segundo como se não houvesse amanhã.

Anónimo disse...

A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo.
Victor Marie Hugo

Unknown disse...

O melhor do tempo que passa, inexorável, é descobrirmos, tantos anos depois, que aquele rosto, apesar de sulcado pelas rugas, permanece inalterável na fisionomia da dignidade. Quando se olha um ser humano honrado, o que menos conta são as alterações físicas. És tu companheiro, ainda podemos caminhar juntos, partilhar convicções, continuar a empunhar a digna bandeira que descobrimos há uma imensidão de tempo. Quero lá saber que contes por décadas a tua existência, se a mão que me estendes é tão juvenil, se o teu sorriso confiante no devir me faz tão bem. Se o teu exemplo posso mostrar, sabendo que me vai trazer novos rostos solidários, orgulhosos por seres tão nosso.
Obrigado por do tempo teres feito coerência. Por teres ficado onde estás, avançando sempre. Por não teres perdido, e tantos pretextos invocam os que no tempo se esvaiem, as referências que te moldaram o carácter.

Sérgio Ribeiro disse...

Ó Pedro... não me faças corar!
Gostei particularmente, pela forma e porque gostaria de estar "à altura", dessa de "por teres ficado onde estás, avançando sempre".
Vale a pena lutar!
Grande abraço