quarta-feira, março 01, 2006

Um suponhamos...

Suponhamos alguém que detém meios líquidos (não importa, agora, como lhe teriam chegado às mãos), e/ou que dispõe de crédito (não importa, agora, por quais razões).
Entre outras, terá, eventualmente, quatro hipóteses-cenários para aplicação:
i) associar-se com outros em iguais circunstâncias para formarem uma empresa que produza ou torne acessíveis produtos que satisfaçam necessidades dos concidadãos, por exemplo, pão ou livros, e que se preveja dê uma rendibilidade ao capital investido de 10%/ano;
ii) associar-se com outros em iguais circunstâncias para formarem uma empresa que produza ou torne acessíveis produtos que estimulem ou criem necessidades aos concidadãos, por exemplo, telemóveis que substituam telemóveis ou produtos de luxo e ostentação, e que se preveja dê uma rendibilidade ao capital investido de 15%/ano;
iii) sózinho, ou associado com outros, entrar em especulação (bolsista, por exemplo) de que, embora com algum risco, possa resultar acumulação do capital investido acima de 25%/ano;
iv) responder positivamente a uma proposta de uns “amigos” para contribuir, com esses meios, para uma “rede” de tráfico que disponibilize, a clientes certos, droga ou armas, e que, apesar do risco existente, pode possibilitar uma acumulação do capital ao nível de duplicação (ou mais) rápida.

Qual a opção desse alguém?
Claro que depende do que é e do que quer ser…

4 comentários:

Lobo Sentado disse...

Rejeito a iii) e a iv), mas relativamente às duas primeiras, onde me parecem claras as tuas simpatias, há algo mais: e se essa colaboração tiver a forma de uma relação salarial?
Porque há necessidades técnicas diferentes em termos de trabalho que possivelmente só poderão ser satisfeitas nesses moldes. Do pão ao telemóvel há outros bens pelo meio como o computador, o automóvel...

Sérgio Ribeiro disse...

As minhas simpatias?!
As minhas simpatias concretizam-se e em cenários diferentes, em que a parte final dos pressupostos não existem. Noo entanto, numa das empresas em que investi, por uma questão de amizade e companheirismo, tem havido resultados positivos que temos procurado partilhar com os trabalhadores da empresa... e também alguns sócios o são; noutra, à falta de resultados positivos, que seriam reinvestidos, cá vou investindo... sem contrapartidas que não sejam as de uma grande satisfação por estar a fazer o que gosto e o que penso dever fazer!

Anónimo disse...

Claro!
Outro suponhamos:
Dos resultados financeiros gerados pelas empresas cerca de 50% são para o Estado, os quais vemos ser esbanjados, mal aplicados, mal distribuidos, etc.
Como em teoria tudo é possivel (e podemos teorizar para varios lados), porque não obrigar as empresas a usarem esses 50% em beneficio das pessoas que as constituem, das areas em que se inserem, etc.
PS: Estranho, sobre isto, o silencio de SF: estará o danado ainda danado?

Anónimo disse...

DIVIDAS E DUVIDAS
Felizmente tenho dividas, e para com o nosso 'patrão' tenho pelo menos duas: um jantar com conversa, bem reg(r)ado e o reconhecimento de uma vida de luta honesta e leal por ideais e valores fundamentais.
Infelizmente tenho duvidas: No 'suponhamos' apresentado pelo 'patrão' há um desses valores pelos quais sempre lutou: o direiro à escolha: LIBERDADE.
Num estado puramente marxista-leninista teria, como no 'suponhamos' esse direito? Tenho duvidas.