quinta-feira, outubro 18, 2007

Será isto jornalismo?

Primeiro, foi a fotografia. De um amigo.
Depois, claro, o assunto.
Logo, o título.
Saltei sobre a notícia-entrevista.
Estranhando o título, para mais entre aspas, o que queria dizer que o Pedro teria dito aquilo assim.

Afinal, não.

O que o Pedro disse, segundo o texto publicado abaixo daquele título, e em resposta à pergunta "E como vê o alerta de Cavaco Silva para apressar este processo relacionado com as mais recentes denúncias na Casa Pia?", foi "A minha única esperança é que o Presidente da República possa exercer a sua influência de forma a que este processo não seja abafado. Outra vez."

É bem diferente!

Será isto jornalismo?

5 comentários:

Justine disse...

Não, não é, é manipulação descarada, arrogância pacóvia e intencional falta de respeito pelos outros.
E é este infelizmente o retrato de uma boa parte dos nossos jornalistas.

Anónimo disse...

De acordo contigo em 99%.
O 1% que falta é porque substituiria jornalistas por jornais ou comunicação social.
Aliás, os títulos podem não ser da responsabilidade do jornalista...

samuel disse...

Infelizmente, é! Porque cada vez mais é o que há...
até que já seja tanto "assim" que convencionemos chamar-lhe outra coisa qualquer e então voltarmos a ter verdadeiros jornais e jornalistas...
Mas isto sou eu já a sonhar!

Maria disse...

De jornalismo tem apenas o papel do jornal onde ficou impresso. Isto é manipulação!!!!! Descarada!
Abraço

Sal e Pimenta disse...

Temos com certeza ideias diferentes sobre alguns dos temas aqui abordados. Mas neste estamos inteiramente de acordo: Não é jornalismo! É manipulação.

Quanto ao que aparece escrito nos jornais eu costumo dar um desconto pois lembro que "basta um escrever para um milhão ler". E pode ser a maior barbaridade. E muinto boa gente ainda acha que só porque qualquer notícia apareceu na comunicação social, então é exactamente verdade.

Uma ideia interessante é observar regularmente o que distintos órgãos de comunicação social dizem sobre um mesmo acontecimento, supostamente sem margens para dúvidas na sua interpretação.

Há gente para tudo mas a culpa também é nossa na medida em que continuamos a ver, ler ou ouvir os meios de comunicação que têm este tipo de atitudes.