domingo, dezembro 11, 2011

Reflexão lenta - em continuidade directa da anterior sobre o não do Reino Unido

Continuando a reflexão, tudo isto tem muito mais que se lhe diga.
Em breve apontamento, face ao voto negativo do Reino Unido ao que os tratantes inter-governamentais trataram, pergunta-se que aconteceria se esse voto tivesse sido positivo, e tivesse dado a unanimidade que os próceres (aparentes ou reais) deste estado em que estamos lamentam não ter acontecido?
O sr. Cameron regressava ao Reino Unido, apanhava em cima com os da sua oposição parlamentar e também de muitos dos colegas do seu partido conhecidos por "euro-cépticos" (ele o que será?), e - o que seria bem pior! - teria que se haver com os ingleses todos, indignados (ainda que alguns calados) por ter havido obediência aos do continente, ao eixo alemão-francês, abdicando-se da soberania de que são tão britishmente ciosos!
Daqui poderia resultar uma situação muito complicada, em que um eventual (e muito possível) cenário seria a concretização do referendo, que vem sendo reivindicado, sobre a permanência do Reino Unido na U.E., apesar de todos os opting-outs* (que com o sim ao tratado intergovernamental pouco ou nada valeriam).
E que daria um referendo nestas condições? Se noutras, o não à continuidade seria mais que provável, nestas sê-lo-ia muito mais.
Não será que o não do sr. Cameron veio evitar ser provocada uma situação… que ficou adiada?
E de adiamento em adiamento se vai fugindo para a frente, enquanto não houver força para pôr um travão a estes tratantes que assinam tratados e que - nem pensar…- não os colocam em ratificação popular. E como será a ratificação parlamentar? Se o "tratado" é intergovernamental, estará dispensada?
E chama-se a isto democracia, ainda por cima a democracia que é a deles!
___________________
* - isto é, opção de ficar de fora

7 comentários:

samuel disse...

Já nem uma razoável imitação de democracia conseguem produzir...

Abraço.

Olinda disse...

Mas com tantas contradiçoes no seio desta europa-civilizada,mais cedo do que tarde,"a coisa"tem que implodir,digo eu.

Graciete Rietsch disse...

Já estou mis esclarecida sobre o não do reino unido. Tinha interpretado de uma maneira um bocadinho diferente(não muito).
Obrigada.
Um beijo.

Graciete Rietsch disse...

Já estou mis esclarecida sobre o não do reino unido. Tinha interpretado de uma maneira um bocadinho diferente(não muito).
Obrigada.
Um beijo.

Sérgio Ribeiro disse...

Samuel - Razoável? Tens razão!

Olinda - O problema é que a implosão da "coisa" pode ser a implosão da Humanidade? Quer isto dizer que temos de suportar "coisa"? De modo nenhum! Temos de lutar para dominar o "bicho" (ou a "coisa"). E temos força para isso. O problema é não sabermos e/ou não a sabermos usar.

Graciete - Claro que não muito. Aliás, neste momento (histórico) certas certas só as certezas...
Que temos!

Abraços e beijos

GR disse...

Como é possível o Continente Europeu se cingir a dois países? Os ingleses dizem Não e os outros?
O Referendo neste momento parece o daquele polícia; primeiro mata, só depois pergunta o nome.
Raio de confusão politica, económica e social em que nos meteram (e o povo na época aplaudiu).

BJS,

GR

J Eduardo Brissos disse...

Nem com a ameaça de novos U2 a Inglaterra ia aceitar interferências da Alemanha/Bruxelas no seu Orçamento. É malta que só presta vassalagem aos States.

E nem sequer pensar na hipótese de permitir qualquer beliscadela ao regulamento Casino (City).