sexta-feira, março 13, 2015

Reflexões lentas - quais 4 meses!

Há quem esteja cansado de ouvir falar da Grécia! Paciência.
A questão é que o abanão que o povo grego provocou foi realmente muito forte e é difícil de recuperar... ou de passar de abanão a mudança real e extensível.
Os eleitos - pela democracia que vivemos, com as configurações próprias de cada Estado-membro de uma chamada União Europeia - como representantes de um povo em carne viva, sangrado pelo capital financeiro e suas artes e manhas, têm um compromisso com esse povo que os escolheu, nas condições em que o fez. 
Já afirmei que, se grego fosse, com a informação de que que dispunha, não teria escolhido esses que escolhidos foram, o que não me impede que seja solidário com eles e com todos os seus esforços para que o compromisso seja respeitado, apesar de todas as armadilhas que os próceres do capital financeiro, com todo o seu poder (mais aparente que real), lhes estendem e de que os cercam.
Num dado passo deste imbrincado processo, a minha reflexão atirou-me para a expectativa de final de Junho, no final de 4 “meses de carência” (diga-se assim...), em que os Euro-agrupados recuperariam do abanão falaciosamente adiando as grandes decisões para altura mais propício, e em que os eleitos pelo povo grego procurariam respirar e ganhar novas forças para o inevitável e adiado confronto.
O exemplo da negociação continuar, mas não entre os governantes gregos e uma chamada troika mas sim com as "instituições", pareceu-me uma prova dessa vontade mútua de adiar. Para o melhor e para o pior, segundo as valorações de cada lado, e de cada um de nós (observadores atentos e nunca desistindo de intervir…nem que só com reflexões em blogs pouco lidos).
Mas o tempo não está para esperas, para tréguas... ou o que se lhes queira chamar. Até a odiada designação de troika voltou ao léxico dito negocial! A modos de provocação...

Quais 4 meses! Os euro-agrupados estão aí, e a Grécia também (e o povo grego aí está). Não há folgas. 
     

1 comentário:

Olinda disse...

Estamos atentos ao desenrolar do processo,atê porque,nos diz muito mais respeito,do que se imagina.

Bjo