terça-feira, setembro 15, 2015

Reflexões lentas - como quem espreme uma borbulha

Quando num dos saltos da História de Humanidade, pulado no final do século 18, a classe burguesa, proprietária dos meios de produção, se tornou dominante da sociedade, criou uma outra classe, proprietária da sua força de trabalho, e fez desta uma mercadoria. Assim é a história contada (ou contável), e teve o seu centro em França, e de França começou a alastrar. Então, para essa história que se conta (e que conta) a França era o centro da História, embora a base material desse salto estivesse mais ao lado, na "revolução industrial em Inglaterra. 
Depois, os trabalhadores, na forma parida pela burguesia, começou a formar-se como classe e, não sendo eles a mercadoria, começaram a tomar consciência de que, pelo uso da mercadoria sua propriedade, estavam a ser explorados. Deram, a uns seus, a tarefa de redigirem um manifesto, e o Manifesto do Partido Comunista foi escrito e tem por consigna Proletários de todo o mundo, uni-vos
Desde então se fez um aparentemente longo caminho de luta entre estas classes... mas foi apenas há uns 167 anos, apenas há um século e mais dois terços. Muito mudou sem alterar o essencial da relação social, o modo de produção.

Nessa luta, há, de um lado, os mandantes na sombra, na ribalta os "palhaços" (uns ricos, outros pobres) e os "faz-tudo", e, do outro lado, as vanguardas e as massas que, estando deste lado, de vez em quando (na história), caiem para o lado outro, e são elas que são o verdadeiro motor da História.
Entre todos, entre os "faz-tudo", há os "rafeiros". Que, como os seus semelhantes canídeos que são atacados de raiva e sofrem de hidrofobia, sofrem de uma outra espécie de fobia, a comunistofobia. Que se revela, em toda a sua expressão, sob a forma de baba excressiva ou escrita em livros, artigos e panfletos, quando os comunistas (brrr!, resmungam eles...), no seu permanente e aturado esforço para se mostrarem como são e não como a caricatura que deles fazem, conseguem ter alguma aceitação entre as massas agredidas dura e continuamente pela exporação.
Os comunistofobos aproveitam qualquer oportunidade - motivo, facto, deturpado ou inventado - e empolam até aos limites... quando não os ultrapassam e se tornam, a eles próprios, ridículos. No entanto, não se podem menosprezar. Se, por um lado, são a prova de as coisas estão a correr bem para os tais comunistas, são perigosos porque podem passar a (ou incentivar) fases de violência! De que não faltam exemplos na História 
É precisa muita atenção!   


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