terça-feira, junho 30, 2020

Com os dias/séculos contados...


Começar o dia com um mail destes, é pouco agradável... mas é bom porque acorda para a luta:
«Segundo o Relatório da Segurança Social relativo a Maio de 2020 verifica-se que o Covid-19 está a custar à Segurança Social até 31/05/2020 – 1.237,7 milhões de euros, sem contar com a diminuição da receita efectiva.
         O saldo global do subsetor da Segurança Social atingiu, em Maio (de 2019), o valor de 1.824,4 milhões de euros, superior ao registado no período homólogo (de 2018) em 336,4 milhões de euros.
·         O saldo global do subsetor da Segurança Social atingiu, em Maio (de 2020), o valor de 634,9 milhões de euros inferior ao registado no período homólogo (de 2019) em 1.189,5 milhões de euros.
Este resultado teve como base o facto de o aumento da receita efectiva, que se cifrou em 48,2 milhões de euros, ter sido inferior ao aumento da despesa efectiva, que foi de 1.237,7 milhões de euros. Como sempre e em todo o mundo capitalista em caso de crise são os Fundos dos Trabalhadores os primeiros a avançar. É na Segurança Social e nos Fundos de Pensões que compram os prejuízos derivados da baixa de cotações das empresas em bolsa.
Segundo o "Foicebook ...desde os primeiros alertas do Financial Times no início de 2019, 1,9 bilhão de euros desapareceram pura e simplesmente (porque nunca existiram) e 3,5 bilhões de reivindicações provavelmente farão o mesmo. Ninguém se orgulha de estar entre os perdedores, mas sabemos que os bancos franceses BNP Paribas, Crédit Mutuel, Société Générale e Crédit Agricole estão nas fileiras. Nesse sistema financeiro interconectado - diz-se que é sistémico a partir de agora - sempre há vencedores e perdedores, os primeiros se gabam disso, os outros ficam calados. 
Estes últimos foram vítimas notáveis de um desses acordos financeiros de que tanto gostam, aos bons cuidados do Credit Suisse. Após uma parceria com a Wirecard, o japonês SoftBank investiu 900 milhões de euros na empresa na forma de acções conversíveis, que agora não valem nada. Mas estes foram imediatamente vendidos, em particular aos fundos de pensão do BNP Paribas e do Crédit Mutuel, segundo o Wall Street Journal. Boas finanças e nada ilegal, mas parece furiosamente o jogo da batata quente, esse investimento ocorrido após o alerta ter sido dado! Quanto ao Crédit Agricole, ele participou de um pool bancário que abriu um crédito rotativo para o Wirecard de 1,75 bilhões de euros, segundo Agefi."
Nunca o sistema capitalista esteve tão próximo do seu fim e na enxurrada querem levar os trabalhadores à frente.»
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Talvez... sem comentários!
 mas ainda se dirá que,
como tudo que é perecível,
o capitalismo tem os dias contados

(ou os séculos, como diz Avelãs Nunes)


3 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Sei que não sou minimamente uma entendida, mas... apontaria para as décadas.

Abraço

Sérgio Ribeiro disse...

Bom dia. Já vai no 3º. Chegaria... mas.
Saudações

Olinda disse...

O capitalismo é uma hidra ,cujas cabeças estão sempre aclimatadas ao habitad de putrefacção para a sua sobrevivência.O problema maior é quando se sentem sufocadas,podem acabar com a humanidade e o próprio planeta.Felizmente,que a humanidade,vai encontrando formas de luta para travar as ambições da besta.Bjo