terça-feira, junho 07, 2011

Com textos e com sensos

Em leituras a des-horas, tropeço num texto de Pierre Rimbert, Crisis financiera, las seis etapas del desastre, e dele aproveito a imagem e reconstruo, "à minha maneira", um trecho:

Como o mar quando recua para a maré baixa, esta “crise” revelou a fragilidade de uma construção, a da União Europeia. A UE desde a sua origem se baseia na aposta da união aduaneira levar ao mercado interno, este à união monetária, esta ao federalismo e/ou à união política (não sendo iguais mas a mesma coisa), e a “maré baixa” está a deixa a descoberto todas as suas fragilidades.
Essa aposta está perdida, por mais milhões de euros que se mobilizem para tapar as misérias do financeirismo. Como seria historicamente inevitável, tal como funciona o capital enquanto relação social.
Poderá é durar muito tempo (meses, anos, décadas?) a concretizar-se o desfazer desta onda (ou tsunami), e haverá, sempre, custos sociais elevadíssimos. Só a luta pode tornar menores os custos e mais curto o tempo da consumação. 

4 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Reflectindo, lutando e sofrendo, vamos a pouco e pouco substituindo os castelos de areia levados pela maré, por cosntruções mais fortes que serão o alicerce do futuro.

Um beijo.

Antuã disse...

Esta União Europeia capitalista há-de estourar um dia!

Justine disse...

E cá estão os de sempre para pagar a factura...

Anónimo disse...

Tenho pena de não ser como as tartarugas que, segundo dizem, vivem 200 anos.

Campaniça