«Larga maioria no Parlamento
dá o “sim” ao novo pacote de austeridade
Grécia aprova plano-chave
para garantir financiamento europeu
para garantir financiamento europeu
29.06.2011 - 14:12
por Pedro Crisóstomo
O “sim” de 155 deputados permitiu ao primeiro-ministro grego, George Papandreou, fazer aprovar as medidas de correcção orçamental que acordou com os responsáveis internacionais para encaixar 28 mil milhões de euros até 2015.
Um membro do PASOK (o partido liderado por Papandreou que tem, desde 2009, maioria absoluta no Parlamento precisamente com 155 votos) recusou votar favoravelmente o pacote, mas, em contra partida ao “não” do dissidente Panagiotis Kouroublis, houve um deputado da oposição que deu o “sim” ao plano de contenção.
Papandreou passou na prova-de-fogo, depois de três dias de duras discussões parlamentares com a oposição e no meio de contestação nas ruas e de uma greve geral de 48 horas. Mas, apesar de poder respirar fundo, o primeiro-ministro tem pela frente novos testes a enfrentar no Parlamento. A discussão em detalhe das medidas vai ser votada a partir de amanhã. E em causa estão pontos como o aumento da carga fiscal ou mais cortes salariais na função pública.
“Podemos escolher entre o défice e a prosperidade. Este [voto] é apenas uma forma de ganharmos tempo para fazer mudanças que precisamos de realizar”, dramatizava Papandreou antes de os deputados fazerem aprovar as medidas.
Para fazer passar o plano de contenção, bastava ao Governo o voto de 151 dos 300 deputados, mas as divisões internas no interior dos socialistas não dava garantias absolutas de que o plano fosse aprovado. Apenas havia a expectativa de ver repetido o sinal de “dever patriótico” (tão repetido por Papandreou) dos socialistas, que, com os seus votos, garantiram o sucesso da moção de confiança ao Governo.
Batalha campal na Syntagma
Em frente ao Parlamento, em Atenas, a praça Syntagma voltou a transformar-se numa verdadeira batalha campal, durante a madrugada, ainda a discussão parlamentar estava horas de começar. As agências internacionais descreveram violentos confrontos entre os manifestantes e a polícia. Procurando controlar os que tentavam abalroar as grades metálicas de segurança que limitam o acesso à escadaria do edifício parlamentar, as autoridades dispararam gás lacrimogéneo sobre os manifestantes.
Mercados antecipam voto positivo
Na Europa, já várias vozes tinham avisado não haver plano B para um eventual chumbo às medidas de austeridade adicionais que Bruxelas exige serem implementadas até 2015. Já a discussão parlamentar decorria, Jim O'Neill, economista-chefe do banco Goldman Sachs dizia à Bloomberg: “O plano B é rezar [para que o pacote passe]”.
Tal como na semana passada, quando os deputados votaram a moção de confiança ao executivo remodelado, os mercados reagiram por antecipação. Na expectativa de que a maioria socialista se unisse em torno da aprovação das medidas acordadas com Bruxelas, as bolsas de referência na Europa estavam ao início da tarde a reagir em alta.
Notícia actualizada às 14h37»
(quando 51,7%
- 155 em 300 - são
- 155 em 300 - são
uma "larga maioria"!)
5 comentários:
Depende da posição... se fosse na vertical, era alta...
Abraço.
Uma "larga maioria" imposta pelas ameaças.
Que seguimento terá este processo?
Um beijo.
Concordo que esta votação era mais que previsivel mas a questão é para onde caminha este país que já foi a pátria da democracia ?!
E como vão eles sair do tremendo buraco em que os enfiaram ?!
E a nós que nos estará reservado, se a nossa gente não vê o óbvio !
Notícias de pechisbeque! Podem até pensar que são donos da notícia mas as coisas estão de tal forma que me parecem mais crianças a trazer água do mar para encher um poço na areia. Largas maiorias, povo que não trabalha, agitadores, irrespondáveis, preguiçosos, delinquentes, anarquistas, comunistas -haverá gregos para tudo! Mas ninguém poderá esquecer o problema da aves que se juntam ao pôr do sol!
Um abraço até à madrugada
ouvi na antene 1 visao global, uma jornalista que se encontra em atenas referir que a badalada violencia na rua, é provocada por arruaceiros mascarados, poucos que foram vistos a serem escoltados e protegidos pela policia a entrarem no parlamento, as manifestaçoes são pacificas e feitas por gente pacifica e informada,e se assim é, então o que se pretende é desinformar a opinião pública, distai-la com a tal forjada violência, para que, com a desculpa de uma possivel guerra civil, se impor ao povo grego uma ditadura e assim evitar que haja uma revolução pacifica no pais, em que a nação tome conta de si propria e se recuse a ser vendida no mercado.
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