domingo, março 26, 2006

De repente...


De repente... o relógio deu um salto.
Os ponteiros obedeceram a ordens que não as do tempo.
Apanharam-me distraído, e fugiram-me 60 minutos de vida.
Não há desculpas: estava acordado, de sono adiado...
Espero agarrar estes 60 minutos no próximo solstício!
Ajustaremos contas...

6 comentários:

Anónimo disse...

Na Primavera roubam-me uma hora!
No Outono devolvem-ma, mas sem juros!
Quero a minha hora!
Tiraram-me 60 minutos!

Ajusto contas com quem???

GR

Anónimo disse...

Sem prévio aviso, apanho-me a admirar peça (com laivos geniais) em que que um dos actores personifica (assume o papel) de São Tiago. E depois? Qual é novidade?
- O quê?
- O sr dr Sergio Ribeiro?
- São Tiago? - Não pode ser!
Bem, pensando melhor, São Tiago era pescador, e conhecido como o Justo devido à sua forte integridade e apego à igualdade humana.
Argumentava tambem: 'Aquele que se aplica atentamente a considerar a lei perfeita que é a lei da liberdade, e nela perseverar, sem ser um ouvinte que se esquece mas que efectivamente a cumpre, esse encontrará a felicidade no seu modo de viver'.
Ironias (ou talvez não).
Mas, quem não quer ser lobo não lhe vista a pele.

Sérgio Ribeiro disse...

Caro Mário
1º - uma crítica. Tendo eu muitas referências a Sâo Tiago e Santiago, de que guardo duas especiais - uma, a Santiago de Cabo Verde, outra, a Santiago de Compostela, onde estará o sepulcro do dito cujo - fico carente da referência bibliográfica à peça de que vocência se dispensou...
2º - uma dúvida sobre o final. Será São Tiago (e a sua fala) o lobo cuja pele eu (o dr. Sérgio Ribeiro!...) vestiria? Se assim é, lisonjeado me sinto com essa pele por ela trazer as qualidades da integridade e da igualdade humana, essa pele que desejo que minha se tenha tornado há meio século.
3º - sobre o que é um preconceito. O conceito de liberdade não me é estranho nem incoerente a sua defesa intransigente coincidente com a da solidariedade e a do privilégio do colectivo sobre o individual porque a liberdade não é um atributo individual, pessoal e intransmissível (posso eu ser considerar-me livre em tempo que há escravos por contumaz exploração do homem pelo homem?, posso eu não sentir fome quando há tantas crianças que de fome morrem por minha/nossa culpa/incúria?). Ainda sobre este conceito, no blog Foto&Legenda há um texto do exmo. senhor dr. sf que, numa outra perspectiva, considero de antologia, acrescentando que, nessoutra perspectiva, nunca me senti e sinto tão livre como quando luto contra a falta de liberdade-lei-perfeita, esteja eu preso ou não.
4º e último - sobre ser ouvinte e cumprir o que se ouve. Quando "político" fui, no meu explícito catálogo de auto-exigências estava a de ser um ouvinte, mais ouvinte que falante. Por isso, eu que, como todos, político sempre sou, ouço e não esqueço, e procuro cumprir essa lei da liberdade (e outras semelhantes), e só assim encontro a proximidade da felicidade no meu modo de viver.

Se bem interpretei a "surpresa" e a "novidade", aqui as devolvo, com um abraço amigo.

Sérgio Ribeiro disse...

A tempo (!):
fui informado (e informei-me) e corrijo o erro: as mudanças de hora são só nos equinócios, ou seja, agora e em Setembro.
A não ser que o Banco Central Europeu, ou similar instituição, seja aconselhado, pelos homens de negócios, a mudar a hora também no próximo solstício... ou a não a mudar no próximo equinócio.
De qualquer modo, as desculpas pelo erro (dada as actuais decisões quanto/contra o tempo) e a confirmação da vontade de o apanhar como se fosse uma borboleta (o tempo, não eu!)

Anónimo disse...

Caro sergio,
Não interprete estes comentarios como 'ataques' pessoais.
Uns são duvidas que tenho (ou não certezas), outros são meras 'farpas' ironicas e/ou brincadeiras.dEste refere-se a uma foto do Pedro sobre a ultima ceia.

Sérgio Ribeiro disse...

É pá, ó Mário, assentemos numa coisa: nada interpreto como ataques pessoais, particularmente quando as "farpas", as ironias, as citações, as provocações, vêm de quem tem boa fé (ah! a fé... a fé é que (n)os salva) como é, inequivocamente, o seu caso.
O que é imperdoável, da minha parte, é não ter associado o "papel" de São Tiago ao que "desempenhei" nessa "peça" de Pedro Gonçalves na última ceia (ah! foi a última?), por não visto que aquele lugar onde me sentaram era de tal apóstolo.
Deveria ter ido mais longe na investigação sobre a "novidade" e a "surpresa" a que deu tanta atenção.
Bem achado!... e obrigado pela citação em que me revejo, tirando o exagero da "perfeição" que não é nem dos humanos nem das humanas leis.
(esta última tirada cheirou-me a auto-rasteira... aproveite-a se quiser)
Vou trazer para o blog a dita ceia para partilharmos... não só o pão e o vinho. O trabalho do Pedro merece-o.