quarta-feira, março 08, 2006

Hoje, 8 de Março, dei-te um poema...

... como se fosse uma rosa, ou um cravo ou uma qualquer outra flor.
E, agora, com dia no fim, outro poema te dou...
na tua...

Ausência

Mal te deixo (ou tu me deixas...),
continuas em mim,
cristalina ou trémula,
ou inquieta,
de mim mesmo ferida (ou só ausente...)
ou cumulada de amor, (e logo logo de saudade...)
como quando os teus olhos
se fecham sobre o dom da vida
que sem cessar te entrego.

Meu amor, encontrámo-nos,
sedentos,
e bebemos
toda a nossa água e todo o nosso sangue,
encontrámo-nos,
com fome,
e mordemo-nos
como o fogo morde,
deixando-nos em ferida. (só por vezes... raras)

Mas espera-me.
Guarda a tua doçura. (gosto mais de ternura...)
Eu te darei uma rosa!

(sobre (!!) um poema de Neruda, em Os Versos do Capitão)

6 comentários:

Anónimo disse...

Belíssimo!
Neruda,Sempre!

GR

Tanita disse...

Sérgio, vim ao anónimo primeiro, depois fui ao legendas e fotos ou vice-versa...
Obrigada!
Sobre o Xico, eu não sabia... Os meu sinceros sentimentos... Dói muito perder um amigo...

Anónimo disse...

Vim nparte no site como faço quase todos os dias e assim se sabem noticias da nossa terra .Hoje foi com grande tristeza que sube da morte do Xico Santamaro.
Da minha parte assim como dos meus pais e irmãs ,os nossos sinceros Sentimetos à familia e
amigos. Amélia Pereira

Anónimo disse...

O Xico é uma perda que entristece e deixa a saudade que será sempre renovada quando lá voltamos.
O poema é lindo, Sérgio. Obrigada.

Anónimo disse...

Melhor que o Neruda, só tu...
Obrigada, na ausência também

Sérgio Ribeiro disse...

'inté me fizeste corar!