1. Há partidos que são do Poder e partidos que o não são?
2. Não é o PCP um partido do poder?
.....a. Este PCP (O Partido com paredes de vidro)… e não outro
3. O Poder aparente e o real Poder
4. A governabilidade como Poder aparente ao serviço do Poder real
5. Ser Poder no Poder Local não conota como poder?
6. Partido e Poder – lutar contra a promiscuidade
.....a. Os maus exemplos
..........i. Dos outros – hoje, aqui: PS no Poder Central/PSD no Local
..........ii. Dos "nossos" – o mau exemplo dos últimos anos da URSS
7. O XIII Congresso (Extraordinário) 1990 – a lição que mais retive
.....a. A coragem e a lucidez
.....b. Uma das causas – Partido/Poder
Será da boa técnica da propaganda, encontrar uma frase, uma ideia simples, um mote, um estribilho, e fazer delas (frase, ideia simples) ou deles (mote, estribilho) o cerne da comunicação, a trave-mestra de tudo o que se quer transmitir, repetindo-as(os) em variadas e até subliminares versões, modas, glosas.
No limite, jálmestre Goebbels dizia, no auge do nazismo, que uma mentira muitas vezes repetida se transforma em verdade.
Essa táctica ganhou crescente maior importância por o avanço da Humanidade, até nas técnicas de comunicação, ir impedindo as formas usadas, e denunciadas, e vencidas, de controlo da comunicação, por vias várias, desde a censura e outras limitações da comunicação até à pura e simples proibição.
Assim se tornou mais necessária a manipulação da informação, ao serviço dos interesses dominantes. E não se façam confusões, fruto dessa manipulação, para assemelhar a indispensável limitação à libertinagem dita liberdade de expressão que outra coisa não faz que não seja promover ou facilitar a limitação às reais liberdades, estas sempre evidentemente condicionadas por vivermos em sociedade.
Mas o que quero adiantar é que um dos estribilhos da actualidade é o da governabilidade - sobre que adiante reflectirei -, e para ele contribui a ideia de que há partidos... e há partidos. O que é certo, mas aquilo que se pretende inculcar que é que uns são partidos do poder e outros não. Com base em outra ideia simples de que o Poder é uma coisa. É uma coisa que existe, assim a modos de um poleiro, a que uns têm acesso e outros não têm, e que se dêem por muito felizes por poder(em) cacarejar...
Em Portugal, o PS e o PSD seriam os partidos do poder, susceptíveis de terem de recorrer a outros partidos para os acolitarem no dito poder - como exemplifica o CDS-PP em circunstâncias já históricas, ora com um ora com outro -, qual bengala de um manco que apenas servisse para quando as forças faltam numa ou nas duas pernas, e ainda haveria uns outros - ou um outro!... - que nada mais seriam que os recalcitrantes que não servem para nada por nada poder(em), ou apenas servem para serem os contra(-o-)poder.