Esta reunião G20 não será "pacífica". Não se olhe para ela como "favas contadas"... O G8, ou seja o minigrupo formado pelos "poderosos", não pode contar com facilidades. Por várias razões que estão cheias de razão.
E se é um facto que os que se julgam "os maiores" procuram sempre preparar as decisões para que, depois, outros aprovem, e para isso fogem a Nações Unidas e a outras fórmulas quando elas possam perturbar. E procuram fazê-lo a 2 (veja-se o "eixo franco-alemão" na U.E.), quando não o podem fazer a 1 (como tanto gostam os E.U.A.), mas não é possível. Vivemos em interdependência... embora assimétrica!
Acontece é que, quando o "presidente" do Grupo é um país como a França, não se deixa de tentar marcar bem a influência presidencial.
Como na definição das priodidades da agência, que são, para a reunião que hoje começou, logo saltou pontos muito explícitos como "regular a finança", "assegurar um crescimento forte, durável e equilibrado", "financiar o desenvolvimento", "reformar o sistema monetário", "reduzir a volatilidade das matérias primas".
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Está cá tudo! Com as finanças e o sistema monetário à cabeça das prioridades.
Mas, como é evidente, há muitos outros países a participar, desde os chamados "emergentes", cada vez com maior influência e, ao que se denota, como pouca "maleabilidade" para aceitarem que isto continue como até aqui. 
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Como esta progressão dos activos bancários "não regulamentados" (banqueirismo na sombra, escondido), por exemplo:
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E, embora vá haver reuniões paralelas com os cinco bancos centrais dos "mais poderosos" (Estados Unidos, BCE, Reino Unido, Japão e China) sobre o tema "desequilíbrios mundiais e estabilidade financeira", sabe-se que não vai ser fácil. Por um lado, haverá países a colocarem "culpas" nos preços dos produtos agrícolas e matérias primas e querem gerir com "mão de ferro(ou de dólar ou de euro)" esses "mercados" tão importantes para os países em desevolvimento, e que a especulação tanto cobiça; por outro lado, também se sabe bem - embora haja quem faça por esquecer - como as reservas mundiais do sistema monetário (que nem sistema é) estão distribuídas, com a China a ter uma enorme superioridade sobre o segundo detentor de reservas, o Japão.
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Quando falamos de "poderosos", por vezes falamos de falsas aparências...
1 comentário:
Dada a complexidade da coisa... também no post (em adenda) já abri o meu leque hipóteses sobre a mesa... se é que as hipóteses vão dar por lá as caras... :-)))
Abraço.
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