quarta-feira, janeiro 25, 2012

Renegociar? Quanto mais tarde e menos soberanamente, pior!

Notícia no Económico:

Dívida
Risco de Portugal em máximo com rumor de novo resgate

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Seguro contra a bancarrota de Portugal
já custa mais de 1,3 milhões de euros por ano,
 [por cada 10 milhões (13%!)] 

O preço dos credit default swaps (CDS) sobre Obrigações do Tesouro (OT) de Portugal a cinco anos, que funcionam como uma espécie de seguro que os investidores pagam para se protegerem de um cenário de incumprimento por parte de um país, está hoje a aumentar 22 pontos para 1.309 pontos, um máximo da era euro. Além disso, é a maior subida no mundo, segundo o monitor da Bloomberg, que analisa 59 países. Isto significa que é necessário pagar 1,309 milhões de euros por ano para segurar 10 milhões de euros de dívida soberana portuguesa.
Ontem, o Wall Street Journal colocou Portugal na mira dos mercados. Invocando a associação de credores que está a negociar a reestruturação grega, o diário norte-americano escreveu que "investidores, economistas e políticos estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de Portugal vir a precisar de um segundo pacote de ajuda e que não será capaz de regressar aos mercados em 2013". Em reacção, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu que Portugal não vai pedir um novo fundo de resgate à ‘troika'. Os mercados estão, contudo, a dar mais crédito à notícia do WSJ.
Mas não é só o valor dos CDS lusitanos que se agrava no dia de hoje. As 'yields' (rendimentos) das OT da República sobem em todos os prazos. A taxa a dez anos, por exemplo, avança até aos 14,604%. Pelo mesmo caminho seguem as ‘yields' das obrigações de Espanha, Itália e França, perante a falta de entendimento em relação aos termos da reestruturação grega. Os credores privados exigem um valor médio no cupão das novas obrigações gregas de 4%, mas os ministros das Finanças da zona euro só aceitam pagar 3,5%. Além disso, os credores, representados no IIF (o Instituto Internacional de Finança), querem que não apenas parte da dívida privada seja perdoada mas também a dívida detida pelo FMI e bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu (BCE), algo que tem estado protegido pelo estatuto preferencial.

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Só negócios!
Só dinheiro (falso) a "produzir" dinheiro (falso)!
A crescer e a multiplicar-se desvairadamente.
Valha-nos S. Tomás de Aquino, perdão,
valham-nos as massas que são gente!

6 comentários:

Olinda disse...

Valha-nos Santa Edviges,padroeira dos endividados.Nao sei se para casos de submissao e teimosia à extorsao dos mercados,a santa poderá fazer algum milagre.

pvnam disse...

Em vez de se andar a perder demasiado tempo com idiotas úteis... há, isso sim, é que abrir os olhos para isto: AMEAÇAS... era uma coisa já esperada...

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Sim, quem é que:
- andou a promover os defensores do endividamento irresponsável;
- andou a silenciar os anti-endividamento irresponsável???
{etc...}
Resposta: a alta finança (capital global).

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-> Sem dúvida que o objectivo final de tudo isto [Biliões para os banqueiros = Dívidas para as populações] é a implosão das soberanias!
-> A superclasse (alta finança internacional - capital global, e suas corporações) não só pretende conduzir os países à IMPLOSÃO da sua Identidade (dividir/dissolver identidades para reinar)... como também... pretende conduzir os países à IMPLOSÃO económica/financeira.
-> Só não vê quem não quer: está na forja um caos organizado por alguns - a superclasse: uma nova ordem a seguir ao caos... a superclasse ambiciona um neo-feudalismo.

Graciete Rietsch disse...

Agiotas!!!!!

Um beijo.

Graciete Rietsch disse...

Agiotas!!!!!

Um beijo.

Antuã disse...

Ladrões é o que mais nos aparece.

Ricardo O. disse...

Sobre a urgência e necessidade de negociar, com a soberania como referência central, é substancialmente diferente de negociar, mais tarde, com pouca ou nenhuma soberania.

Não estou a brincar com as palavras. Estou a alertar para a manobra que poderá estar em curso. Negociar a dívida é muito diferente de negociar o prolongamento do PAEF (pacto de agressão das troikas ao povo português). É que o prolongamento do pacto de agressão no tempo implica que todas as medidas de austeridade, ditas [por eles] excepcionais, resultará na institucionalização dos váruios roubos, transformando-os em hábitos. Tornando a cosnciencialização política dessas opções políticas muito mais difícil e complexa.