terça-feira, junho 19, 2012

Afeganistão - o Pico Karl Marx

De vez em quando sabe bem ver e ouvir (sentir!) coisas destas:

«Assista a algumas cenas, com música de Ensemble Tengir, do Quirguistão, da viagem realizada pelo alpinista Samuel Mansfield pelo Corredor Wakhan, no nordeste do Afeganistão. Entre as aventuras está a escalada do Pico Karl Marx, com mais de 6.500 metros de altitude. A área, inacreditavelmente bonita, fica entre as cordilheiras de Pamir e Hindu Kush e faz fronteira com China, Tadjiquistão e Paquistão. As imagens contrastam com a imagem negativa que a imprensa mundial divulga sobre o país.


Além do Pico Karl Marx, outros revolucionários, como Engels, são homenageados ao longo da geografia do Corredor Wakhan.
O Wakhan foi concebido geograficamente para separar os impérios britânico e russo no século 19 e agora se destaca como uma das fronteiras internacionais mais obscuras. A discordância política, a mistura de viajantes que passam pela região e ambiente inóspito -- os invernos costumam ter neves espessas e temperaturas de até 15 graus negativos -- fizeram com que uma cultura e língua distinta se desenvolvesse na área.
Nas altitudes mais baixas estão os povos Wakhis, uma comunidade que depende da agricultura de subsistência, cultivando principalmente batata e trigo. Eles falam variedades da língua wakhi (onde dialetos da aldeia são muitas vezes indecifráveis ​​uns dos outros), derivados de várias línguas iranianas. Nas altitudes mais elevadas está a pastoral do Quirguistão, onde geralmente habitam sunitas que falam uma língua de origem turca.
Rota de comércio da antiguidade
O vale constituíu uma rota de comércio na aniguidade. Acredita-se que tanto Alexandre, o Grande, e Marco Polo a utilizaram em suas viagens. O português e padre jesuíta Bento de Goes, cruzou o Wakhan até a China entre 1602 e 1606. Em 1906, Sir Aurel Stein, relata que mais de 100 cargas de pônei e bens subiam anualmente o Wakhan até a China.
Até hoje caravanas de camelos ainda pode ser vistas percorrendo a rota e os restos de fortificações que existem na região.
Da redação, com agências»

(em vermelho)

2 comentários:

trepadeira disse...

Belo texto.

Um abraço,
mário

Graciete Rietsch disse...

Muito lindo. E as pessoas, em especial as crianças, mostram um ar feliz. Este video faz-me lembrar um filme que vi há tempos de que gostei muito."A história do camelo que chora". Creio ser esse o título.

Um beijo.