Um partido político, antes desta "onda" de festivais anuais (e em locais cada vez mais diversos), começou a organizar uma Festa. Que vai na sua 39ª realização. E cada uma foi uma Festa.
Depois de ter andado com a "casa às costas", ano a ano montando e desmontando infraestruturas e tudo o resto, e sendo sucessivamente desalojada ou despejada, a Festa arranjou um local próprio e seu, e nele construiu uma cidade. Cidade que todos os anos vive três dias diferentes. De cidade em Festa, construída por centenas, milhares de militantes. Com música (da sinfónica, da de arraial, da todos os lugares do mundo), com espaço internacional para mostras de todo o tipo e solidariedade, com exposições, cinema, teatro, dança, debates por todo o lado, maratonas e outras actividades desportivas, com a maior diversidade gastronómica, com um lago e outros lugares de lazer... ou de não fazer nada a não ser conviver. De convívio de crianças, jovens, adultos, idosos, emigrantes e imigrantes,
E a comunicação social? Sempre ou silêncio ou um eco sumido e incalável.
Este ano foi mais uma, a 39ª. A maior e a melhor antes da 40ª.
Este ano, em que as presenças só se podem contar com 6-algarismos-6, na comunicação social a Festa veio ocupar inusitado espaço. Com o que foi e como foi? Não!
Assim foi porque o comentador-mor da televisão e putativo candidao presidencial quis lá ir mostrar-se, com o argumento de que ia para comentar devidamente informado... e, para isso, levou séquito e ocupou ainda mais tempo de antena com a sua pessoal campanha.
E mais. Porque 4 pessoas teriam feito queixa de violências perpetradas pelo "grupo de apoio à Festa" para que esta decorra como tem decorrido, no tempo e nas horas para de Festa serem para centenas de milhar de visitantes. Teriam feito queixa de agressões a deshoras 4-pessoas-4 que, para chegarem às 10-pessoas-10, aos dois algarismos, foram juntas às 6 queixas do ano passado. Assim se encheram, com texto e fotos, duas enormes páginas.
Querem branquear-se os excessos, a condenável violência que terá havido, e que está a ser avaliada onde é lugar para o ser? Não! Quer dimensionar-se tudo. E lembrar que, curiosamente..., este desmesurado e perverso interesse da comunicação social pela Festa acontece em ano de eleições às portas da Festa e quando a imagem desse Partido está em bem justificada (e malquista) melhoria junto das gentes!
1 comentário:
Comunicação social desonesta, serva e vendida...
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