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sexta-feira, fevereiro 10, 2017

terça-feira, setembro 15, 2015

Brasil e... Grécia

 De Aloísio Barroso recebemos este seu artigo que estimamos valer a pena divulgar:
«Frias Filho e o último trem de horror
Por A.Sérgio Barroso
 
Enfim, infindáveis meses de conspirata antipovo, a aliança do consórcio oposicionista (mídia golpista+ sistema financeiro internacional+ FHC e PSDB et caterva) aninhou-se no editorial de domingo (13/9) da Folha de S. Paulo.

Porta-voz credenciada de uma renitente facção bastarda e apátrida da burguesia, a declaração foi sancionada e autorizada por Otavio Frias Filho, diretor de redação do jornal. Sim, o mesmo que buscou humilhar o presidente Lula inquirindo-lhe como ele faria sendo um presidente da República que não sabia falar inglês. Diz-se que Lula levantou-se ato contínuo da fracassada reunião.
Jornal conhecido no mundo inteiro por nos “anos de chumbo” ter determinado suas camionetas transportar presos (as) políticos (as) para serem levados (as) clandestinamente à tortura e à morte nos porões fétidos da OBAN, a Folha defendeu de público derrogar os direitos e liquidar as políticas sociais conquistadas por nosso povo, e especialmente sustentadas contra a devastação neoliberal – sempre por ela apoiada.
Acusa ali o jornal, covardemente, todos os partidos apoiadores de Lula e Dilma promotores do “desmantelamento ético”. Prepotente, ameaça os integrantes do Congresso Nacional fazedores de “provocações e a chantagem”; diz também que os deputados e senadores “não podem se eximir das suas responsabilidades”, evidentemente as do interesse ideológico e programático do jornal.
A conclamação reacionária exige cortar gastos sociais com uma “radicalidade sem precedentes”; cobra a “desobrigação parcial e temporária dos gastos compulsórios com saúde e educação”, bem como desmontar a “perdulária Previdência Social” em nome de supostas razões demográficas. Mentindo e manipulando como milita via de regra, escreve existir no Brasil uma “inflação descontrolada”. Ora, já foi oficializado: a própria recessão motivou recentemente sua desaceleração e haverá evidente queda da inflação daqui em diante.
Trem de horror para Atenas
Eis o verdadeiro “ajuste” com que sonha impor esse sabujo porta-voz da reação golpista e de círculos financistas! Trata-se duma similar receita “grega” ou de políticas ultraliberais que devastaram social e economicamente aquele país, hoje sem qualquer horizonte social e econômico; e que necessitam universalizar. Enfiados no pântano da crise capitalista, essa é a fórmula mágica da salvação ansiosamente perseguida pela bruxaria neoliberal da “nova mediocridade”. Uma burguesia amedrontada agora pelo acicate dos “refugiados”.
De acordo com estudo recente divulgado pela BBC londrina, comprovadamente, o “ajuste” dos banqueiros europeus (principalmente alemães, franceses e espanhóis) decretado sobre a Grécia levou o país a: 1) 25% de queda do PIB nos últimos sete anos. 2) 52% dos jovens não têm emprego; o desemprego triplicou, alcançando 26% da força de trabalho; três quartos dos desempregados estão há 12 meses ou mais sem trabalhar. 3) 45% dos aposentados são pobres e muitos pensionistas vivem abaixo da linha de pobreza. 4) 40% das crianças estão sob a linha de pobreza (Unicef constatara 597 mil crianças vivendo abaixo da linha de pobreza em 2013).      5) 200 mil funcionários públicos a menos, desde 2009.
Mais ainda: além da dívida pública grega ter passado de quase 100% do PIB para 174% do PIB, entre 2008 e 2014, a “muamba” grega vem simultaneamente cevando o crescimento de correntes nazistas na desaparecidas na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Intitulado de “Última chance”, o editorial - sentença repleta de hipocrisia e bafejada a neofascismo -, conclui: se a Presidenta (eleita, empossada e governante) Dilma Rousseff não cumprir essas medidas só lhe restaria “senão abandonar suas responsabilidades” – isto é, a renúncia.
Ora, o jornal, sua mídia e os que assim exortam, precisam ser repudiados, vigorosamente denunciados e acusada definitivamente de apologia e incitamento à saída da Presidenta da República de suas funções legais e legítimas. Porque agem à margem dos órgãos constitucionais detentores de prerrogativas intransferíveis. Porque querem a derrocada nacional para erigir uma nova e imensa sanzala!»

sexta-feira, agosto 21, 2015

A Grécia

Os gregos - um povo a quem se exige tudo, a quem se pede tudo, de quem se espera tudo. No meio de jogadas sobre jogadas de quem parece fazer da política um jogo. 
Que também o é... mas de interesses. Pessoais e de classes. Em luta. 

terça-feira, julho 14, 2015

A Grécia e a U.E no Le Monde du 14 juillet

Na primeira página do clássico Le Monde de hoje, 14 de Julho (tomada  da Bastilha e não só...):
obrigado, 
Manuela P.!

Uma nota de imprensa que se valoriza e que será, naturalmente..., desvalorizada e/ou desvirtuada

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP, LISBOA

Sobre 

as decisões anunciadas 

pela Cimeira do Euro 

sobre a Grécia

1. Face às decisões da Cimeira do Euro visando o início das negociações de um novo «memorando» para a Grécia, o PCP reafirma a sua condenação do processo de chantagem, de desestabilização e de asfixia financeira promovido pela União Europeia e o FMI visando impor ao povo grego a continuação do endividamento, da exploração, do empobrecimento e da submissão.
Um processo de ingerência e chantagem que não deixando de tirar partido de incoerências, contradições e cedências do Governo grego, e tendo tido contornos ainda mais graves nos últimos dias, revela a natureza política e objectivos do processo de integração capitalista na Europa e a profunda crise com que se debate. Um processo que evidencia que a União Europeia da solidariedade e da coesão não existe.
2. O PCP condena a actuação do Governo português e do Presidente da República de alinhamento com as imposições da União Europeia e do seu directório de potências. Uma actuação que, contando com a cumplicidade do PS, põe em causa o interesse nacional, e denuncia o objectivo de prosseguimento, em Portugal, da política de exploração, de empobrecimento e de submissão do País aos ditames do grande capital, da União Europeia e do FMI.
3. Independentemente de ulteriores análises e desenvolvimentos, as decisões agora anunciadas são profundamente contrárias às aspirações e interesses dos trabalhadores e do povo grego e à vontade de mudança de política expressa nas eleições de 25 de Janeiro e no referendo de 5 de Julho, representando a continuação e aprofundamento do caminho que levou a Grécia à actual situação de catástrofe social e económica e de delapidação dos seus recursos, património e riquezas, e que a mantém amarrada aos constrangimentos e condicionalismos do “Mecanismo de Estabilização Europeia”, do Euro, do Tratado Orçamental, da Governação Económica e do FMI.
O PCP regista que, perante a dimensão e natureza de dívidas insustentáveis, sejam as próprias instituições da UE a ter de admitir a possibilidade de alterar prazos e juros. Mas o PCP salienta e reafirma que a renegociação da dívida deve ser concretizada em favor dos trabalhadores e do povo e integrada numa política de crescimento económico, resposta a direitos sociais e desenvolvimento soberano e não a favor dos credores e usada como moeda de troca para mais exploração e empobrecimento.
4. O que o processo relativo à Grécia demonstra e o método e conclusões da Cimeira do Euro comprovam é que uma política verdadeiramente comprometida com os valores da justiça e progresso social, do desenvolvimento soberano e da democracia, exige a ruptura com os constrangimentos e condicionalismos do Euro e da UEM, ditados pelos interesses do grande capital financeiro e do directório de potências da União Europeia e profundamente atentatórios da soberania.
Um processo que demonstra não a inevitabilidade de uma postura de submissão perante as imposições e chantagens da União Europeia, mas sim a necessidade da resistência e da luta pela ruptura com políticas assentes nas desigualdades e no retrocesso económico e social.
5. O PCP expressa a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo grego e à sua luta contra as políticas de exploração, empobrecimento e submissão que lhe são impostas pela União Europeia e o FMI e por sucessivos governos ao serviço do grande capital.
6. A evolução da situação na União Europeia e o processo em torno da Grécia comprovam a validade e justeza da análise e das propostas do PCP, nomeadamente quanto à urgência de uma renegociação da dívida portuguesa nos seus prazos, montantes e juros (agora reconhecida por muitos como inevitável) e quanto à necessidade do estudo e preparação para a libertação do País da submissão ao Euro, de modo a resistir a processos de chantagem e a garantir a soberania monetária, orçamental e económica.
Em Portugal, só uma política patriótica e de esquerda pode assegurar o desenvolvimento e o progresso económico e social e romper com o caminho de declínio e de abdicação nacional que PS, PSD e CDS querem continuar. É esse caminho de afirmação soberana, sustentado na vontade, intervenção e força do povo português, que o PCP está determinado a trilhar assumindo todas as responsabilidades que o povo lhe entenda atribuir.
O PCP, confiando na força do povo português, e dos demais povos da Europa, tem a profunda convicção de que será possível construir uma Europa de cooperação entre Estados soberanos e iguais em direitos, de progresso, liberdade e de paz, assente nos valores da solidariedade, da justiça social, da democracia e do respeito mútuo.

quarta-feira, julho 08, 2015

Nota e comentário (curtos) de acompanhamento

de Expresso curto:


«(...)
- Hoje, a Grécia deverá apresentar o pedido de um empréstimo de curto prazo para acudir às insuficiências financeiras imediatas. Este pedido terá de ser acompanhado de medidas concretas que abram a porta a um novo resgate. 
(...)»
__________________________

Pois...
Ah!, os gregos disseram NÃO (e enorme!)?
... então, os "contabilistas" exigem 
que o governo grego peça um novo empréstimo,
e se abram as portas a novo resgate!
Em que condições?
No mínimo, nas que "eles" exigiam e reiteram!
Para quê? 
Para que a Grécia pague empréstimos anteriores.
A quem?
A quem exige, pelos seus "contabilistas", 
que a Grécia peça o novo empréestimo,
em condições por "eles" impostas!

Se isto não é um circo (infernal),
é, no mínimo, uma palhaçada,
e não faltam "palhaços pobres" (ou bobos) 
a fazerem de figurante ridículos
face às facécias dos "palhaços ricos".

segunda-feira, julho 06, 2015

Como se também tivesse abusado do vinho retsina (houve quem o tivesse feito)

Estamos todos de ressaca. 
O que aconteceu ontem, ali para o Mar Egeu, teve o efeito de uma bebedeira. De retsina. E se no vinho está a verdade, com aquela dose de bom vinho grego as verdades têm de vir ao de cima. E mostram, de uns, a miséria moral, a falta de um pingo de vergonha, enquanto que, a alguns outros, vem ao de cima a euforia desmedida, o "já está!" quando "ainda nem está a começar"... 
No meu caso pessoal, em vez do momento de pausa e descontracção de um "sudoku", deu-me para abrir o "excel" e entreter-me com uns números.

Disseram "eles", e disso fizeram uma arma da manipulação e da chantagem, que a coisa estava muito renhida, que havia empate técnico com ligeira vantagem para o sim, Repetiu-se a distribuição 44-43-12 que, com as aproximações, queria dizer que os 100% que iriam votar o fariam com 44% decididos ao SIM, 43% ao NÃO, estando 12% indecisos; estes iriam repartir-se pelo sim ou pelo não ou pelo voto nulo (ou branco). Isto com base, claro..., em sondagens cientifiquissimas!
Afinal, a repartição foi 36,45% de sins, 57,75% de nãos e de 5,80% de votos nulos ou brancos. 
Ou seja, arredondando para mais fácil comparação, nem com os tais 12% de indecisos a terem-se todos decidido pelo não se remendaria a erradíssima (e nada inocente!) informação pois daria 44-55-0.
Mas há, aqui, um pequeno pormenor na correcção a fazer. A insistente referência aos 38,69% de sins versus 61,31% de nãos ou deixa de fora 5,80% de votos nulos (ou brancos) ou soma 105,80%... pelo que a correcta distribuição é 36-58-6 (indecisos -ou não - que se decidiram pelo voto nulo ou branco)
Ora, parecendo isto ser mero preciosismo, não o é. Politicamente, pode interpretar-se os 5,80% (pelo menos grande parte) como a representação de um discutível duplo NÃO (não ao sim e não àquela formulação do não) que redundaria em voto nulo. O que, nesta interpretação, não teria feito grande falta ao NÃO ao SIM mas o tornaria ainda mais relevante. Passaria de mais de 61% de NÃOs relativamenteo aos SIMs (58% relativamente a 36%, 22 pontos percentuais) para mais 78% (64% relativamente a 36%).

Esmagador, não?!

Os credores vêem-se gregos...

os "credores" vêem-se gregos 
para os entenderem
agitam a cabeça para os lados a dizer «né» 
que é sim
abanam a cabeça para cima ou para baixo a dizer «okhi» 
que é não

obrigado,
GR7

NÃO à manipulação!

Grave-se para memória futura/para um futuro próximo:

a campanha mediática
de vergonhosa manipulação
convergindo numa previsão
num empate técnico
ou numa ligeira vantagem do sim
transformou-se
numa vantagem
de 23 pontos percentuais
do NÃO 

domingo, julho 05, 2015

RESULTADOS

Os resultados estão a chegar, a antecipar-se pelas sondagens à boca  das urnas, a fazerem ganhar consistência a vitória do NÃO.
Outros que fazeres (teatrais...) e demoras no arranque do computador impedem que estas notas sejam passadas "a limpo" quando e como foi desejado. Antes de se saberem os resultados ou de haver previsões consistentes...
 
Quaisquer que venham a ser os resultados, este referendo veio, mais uma vez mas com toda a clareza, pôr em causa a União Económica e Monetária e a União Europeia.
Importa lembrar que não é a primeira vez que os povos dizem (ou podem dizer) NÃO aos caminhos de integração que nos trouxeram a esta situação (ou situações). Os noruegueses, os dinamarqueses, os franceses, os holandeses, os irlandeses fizeram-no. O que também importa lembrar é que não faltaram artifícios e manobras e criação de casos particulares ("opting outs") para se continuar a avançar... apesar desses "nãos".
Mais uma vez há que pôr em causa a UEM, o euro e o BCE,  a própria União Europeia. União Europeia que, insiste-se mais uma vez, não é a Europa.

Com estes resultados, que estão a surpreender pela resposta à chantagem e à ingerência, tudo está posto em causa!

sexta-feira, julho 03, 2015

Opinião informada... por isso, comentário fundamentado

Ora aqui está... informação!

- Edição Nº2170  -  2-7-2015

Governo grego apela à rejeição
do diktat dos credores
Contra ingerência e chantagem

O parlamento grego aprovou, na madrugada de dia 28, a realização de um referendo no próximo domingo, para que o povo se pronuncie sobre as propostas dos credores.

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A proposta de consulta foi anunciada já perto da meia-noite de sábado, 27, numa alocução televisiva de Alexei Tsipras.
O chefe do governo grego afirmou que «ao fim de cinco meses de negociações, os nossos parceiros europeus apresentaram-nos um ultimato», que previa medidas de desregulação laboral, cortes nas pensões e nos salários dos funcionários públicos e aumento do IVA sobre os produtos alimentares.
«O objectivo de alguns dos nossos parceiros não era senão a humilhação de todo o povo grego», referiu o primeiro-ministro grego, considerando que perante tais propostas de «austeridade crua» e «autocrática» o povo deve «responder com democracia, compostura e determinação».
Tsipras mostrou-se seguro de que a votação de domingo «honrará a história do nosso país e enviará uma mensagem de dignidade ao mundo inteiro».
Aos gregos será colocada a seguinte pergunta: «Deverá ser aceite o projeto de acordo que foi apresentado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional no Eurogrupo de 25.06.2015 e que consiste em duas partes, que constituem a sua proposta unificada? O primeiro documento intitula-se “Reformas para a Conclusão do Presente Programa e Mais Além” e o segundo “Análise Preliminar à Sustentabilidade da Dívida”.»
A realização do referendo foi aprovada por 170 votos a favor (Syriza, Gregos Independentes e Aurora Dourada) e 120 contra (Nova Democracia, Pasok, Potami e Partido Comunista da Grécia).
No debate parlamentar, o Partido Comunista da Grécia apresentou uma contraproposta de referendo. Na sua formulação, o povo deveria pronunciar-se tanto sobre as propostas dos credores como sobre as propostas de compromisso do governo grego, e ainda sobre a desvinculação da União Europeia e a revogação do memorando.
No contexto actual, o Partido Comunista da Grécia apela ao povo para que utilize o referendo colocando nas urnas a sua proposta, conduzindo ao voto nulo.

Exploração e empobrecimento
A situação dos trabalhadores e do povo grego agravou-se extraordinariamente.
Segundo declarou o ministro das Finanças, Ianis Varoufakis, na reunião do eurogrupo, de dia 18, (de acordo com a intervenção disponibilizada pelo próprio no seu blog pessoal), «do lado dos impostos, as posições estão realmente próximas, especialmente para 2015. Para 2016, o fosso restante representa 0,5 por cento do PIB».
Varoufakis lembrou que nos últimos anos a Grécia aplicou mais medidas de austeridade do que qualquer outro país em tempo de paz:
«O défice fiscal, estrutural ou ciclicamente ajustado do sector público passou a superavit à custa de um ajustamento de 20 por cento que bateu recordes mundiais; os salários caíram 37 por cento; as pensões foram reduzidas até 48 por cento; o número de funcionários públicos diminuiu em 30 por cento; o consumo caiu 33 por cento; até o crónico défice corrente do país caiu 16 por cento.»
Ao mesmo tempo, indicou ainda o ministro grego, «o PIB agregado real caiu 27 por cento, enquanto o PIB nominal continuou a cair trimestre sim, trimestre não, ao longo de 18 trimestres sem parar até hoje; o desemprego disparou para os 27 por cento; o trabalho não declarado atingiu os 34 por cento; a dívida pública ultrapassa os 180 por cento do PIB.
Desde que iniciou as negociações com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI, o novo governo grego fez cedências consecutivas para se aproximar das exigências dos credores.
Mas nada disto foi suficiente. Para as grandes potências da UE e o FMI, só a capitulação incondicional servia. A ruptura das negociações tornou-se inevitável.»


quinta-feira, julho 02, 2015

Não à ingerência - Não à chantagem

NÃO ao que as determina e delas beneficia. 
NÃO à ausência de solidariedade.
























5ªfeira, 2, e 6ªfeira, 3
Acção nacional de solidariedade
do PCP

quarta-feira, julho 01, 2015

Um referendo alternante

Sim, eu Não sou grego
Mas estou/estamos solidários com o povo grego. Que foi posto na difícil posição de escolher entre a "fome" e a "vontade de comer". Se é que vai acontecer o referendo..., se é que as coisas amanhã não vão ser de forma diferente do que como se diz hoje que vão ser.
Estou/estamos solidários como povo grego. Solidariedade que é, também, interdependência.
A opção perante que é posto o povo grego tem uma virtude. A de o pôr perante uma escolha, lhe porem nas mãos a prossibilidade de umaresposta sua. Mas a opção está envenenada, enquinada. Tem, também, a capciosa característica de não abrir verdadeira alternativa. É entre o NÃO que é escolher «o que se conseguiu "arrancar" aos "troikulentos" - porque não foi com outros, foi com eles -, amaciando ou estendendo a austeridade» e o SIM que é aceitar «mais exigências de quem não se satisfará enquanto não desmantelar tudo o que dificulte a exploração do trabalho e as conquistas sociais, e que, para isso, se serviu e serve da armadilha da dívida externa».
Sim, eu Não sou grego! Ou não me sinto suficientemente grego para dizer como votaria se fosse grego, e como um grego em colectivo de gregos: um NÃO ou um NÃO/NÃO (duas vezes não: não a este sim e não a estas perguntas...) que equivaleria a ser um voto nulo num referendo alternante por não apresentar alternativa.
Aos gregos de escolherem. 
Porque assim o impuseram... embora não fosse assim!

terça-feira, junho 30, 2015

segunda-feira, junho 29, 2015

Um caso exemplar de desinformação e manipulação de uma coisa chamada "opinião pública"

Logo logo a acompanhar o pequeno-almoço desta segunda-feira desta semana em que vem aí uma inundação de "casos exemplares", de todos os lados, em todas as línguas:

"Queremos que os contribuintes dos outros países continuem a financiar o nosso modo e nível de vida? Esta é a pergunta a que os gregos gostavam de responder. Só que em política a mesma pergunta não se faz duas vezes. E já foi a esta pergunta que os gregos responderam quando elegeram o Syriza. Eles deram a maioria a um partido que lhes garantiu que ia mandar no dinheiro dos outros. E isso não é possível", Helena Matos, no 'Observador', embora não seja totalmente correto que os gregos tenham dado a maioria ao Syriza, apenas cerca de 36%, o que permite que as sondagens indiquem a derrota do Governo no próximo referendo. 

in Expresso curto 
(obrigadinho mas não tomo café...
faz-me subir a tensão)

Primeiro, começa-se por aproveitar a subliminar palavra contribuinte, imposta lenta e insidiosamente (cidadão > utente > cliente > contribuinte); segundo, não foi aquela a pergunta a que os gregos responderam (foi quem queriam que os representasse na situação dificil, grave, em que estavam, fruto do conluio de anteriores executivos com uma troika externa); terceiro, ninguém garantiu a ninguém que ia "mandar no dinheiro dos outros"... que é fórmula aberrante e que se repudia, até porque apaga a palavra negociação (bem ou mal conduzida, com boa ou má fé. é outra questão); ... e chega para esta amostra! 

sexta-feira, junho 26, 2015

Porque hoje é sábado e continua... a Grécia

Porque hoje é sábado e o último do mês de Junho... hoje é que é o dia decisivo de tantos e tantos dias decisivos (claro...).
Ontem, na televisão, "deu" o filme Zorba, o Grego. De 1964! Que memória, que recordações. E que oportunidade (ou, também, que oportunismo...),


A alegria de viver (de estar vivo!). Contra tudo (contra todos e contra si próprio).

Que vergonha sinto...

A "isto" chama-se marralhar (no sentido pejorativo... porque tem outros, simpáticos), ou encanar a perna à rã, até se conseguir o objectivo final: castigar o  povo gregos por ter dito (bem ou mal) BASTA. 

Mas outros povos o dirão!


Zona euro acena 

com 16 mil milhões à Grécia 

e alargamento do resgate

Alargamento do actual programa de ajuda até Novembro é uma das propostas preparadas para o Eurogrupo, que permitiria a Atenas pagar ao FMI.
Zona euro acena com 16 mil milhões à Grécia e alargamento do resgate
Uma das propostas dos credores europeus da Grécia que estará este sábado em cima da mesa dos ministros das Finanças da zona euro pode passara pela extensão, até Novembro, do actual programa de resgate a Atenas, acompanhado da libertação de 16,3 mil milhões de euros para que o país possa reembolsar os credores nos próximos meses. 
Uma nota das instituições, preparada para o Eurogrupo e citada pela Reuters, aponta que este valor seria alcançado através de 10.900 milhões de euros que actualmente existem para recapitalizar a banca grega, 1.800 remanescentes do fundo de resgate e 3.600 milhões de euros oriundos das mais-valias realizadas pelo BCE em 2014 e 2015 com a carteira de obrigações soberanas da Grécia.
Complementado pelo excedente primário orçamental grego, este valor seria suficiente, de acordo com o documento, para satisfazer o pagamento de 14,3 mil milhões de euros que o país terá de saldar até ao outono, explica a agência.
O valor seria dispensado em quatro tranches que dependeriam do cumprimento de reformas por parte de Atenas.
A primeira delas, de 1.800 milhões de euros, garantiria o pagamento mais imediato: 1.600 milhões de euros ao FMI, até ao fim do mês. Antes, o programa de reformas da Grécia e o acordo com os credores terá de ter luz verde do parlamento grego e tem de haver autorização para a alocação dos lucros do BCE a este fim.
A segunda tranche seria disponibilizada em meados de Julho - 4 mil milhões - depois das primeiras reformas cumpridas. No início de Agosto seriam entregues mais 4,7 mil milhões e 1,5 mil milhões em Outubro.
Também em Outubro, espera o plano do Eurogrupo, o FMI poderá contribuir com 3.500 milhões de euros, caso a Grécia tenha já aprovado todas as reformas e a zona euro assegure financiamento ao país para os 12 meses seguintes, e ainda sob condição de que o Fundo veja a dívida helénica como sustentável.

quinta-feira, junho 25, 2015

FMI "à Lagarde...re"

Olhem só a cara dela!