quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Hoje, na Assembleia da República

Notícia de 1ª página que as 1ªs. páginas de hoje não trazem. E que as de amanhã não trarão.

6 comentários:

Maria disse...

Estou a ver o debate.
Não deixa de ser curioso que o sapo tenha fechado este tema a comentários...

Anónimo disse...

Não me parece muito sério discutir a actual situação do País a pensar nas eleições.Nem sequer compreendo que a culpa da nossa crise doméstica seja só deste governo,muito menos que este governo seja o principal culpado pelas situações que a crise internacional está a provocar no nosso País,e no resto do Mundo.Já deixei de ver os debates porque me faz confusão o tempo que se perde a discutir as culpas e os erros em vez de discutir as soluções possíveis e realistas.Nunca votei no PS e não absolvo os erros que cometeu,mas a situação piora todos os dias e custa-me que os deputados do partido em que votei,que até é o seu,nada mais tenham para dar do que fazer oposição a tudo,ou apresentar propostas não quantificadas para avaliar da sua possibilidade de as levar á prática.Estou realmente muito desiludida que o partido em que votei escolha a posição mais comoda de ser oposição,como quem diz a culpa é vossa resolvam os problemas sózinhos.

Justine disse...

Claro que não trazem, estas notícias não são para divulgar...

samuel disse...

É... não tem interesse jornalístico.
Essa ostensiva ausência das notícias sobre as posições e propostas que durante anos vêm sendo feitas, resultam na criação deste "mito" da ausência de propostas e oposição cega a tudo.
Se tem o efeito que se vê em pessoas como a comentadora Ana Pereira, imagina no geral da população...
É um belo "numero de forças combinadas" entre os jornais, televisões e os seus donos.

Abraço

Anónimo disse...

Ana Pereira

Também votei no PCP.

Além de ter votado no PCP tenho estado atento. Atento às sete medidas que o PCP apresentou na AR em Junho de 2008, de resposta à crise, que, convém não esquecer, já se sentia em Portugal. (ver aqui)

Atento às propostas de alteração que o PCP fez ao código do trabalho, numa tentativa de, apesar do reaccionarismo do texto apresentado pelo PS, tentar evitar alguns dos retrocessos, já que um diploma minimamente progressista não estava, nem nunca esteve, nos objectivos do PS. (ver aqui)

Atento à quantidade de debates, à proposta de resolução política aprovada no congresso, à Conferência Nacional sobre Questões Económicas e Sociais, aos textos "A crise do Capitalismo: causas e resposta necessária".

Atento às novas medidas que vem propor, aqui.

Poder-se-á acusar o PCP de muita coisa, mas não de falta de reflexão e apresentação de alternativas. O que é preciso, sim, é estar atento, até porque não é segredo para ninguém que estas notícias quando não são omitidas, são relegadas para 2º plano pela comunicação social dominante.

Mas apesar de tudo, não é difícl acompanhar o trabalho do PCP: posições, alternativas, debates, intervenções na AR, mobilização na rua, na internet, etc.

Uma última coisa: se estas políticas têm sido gravosas, há culpados. Há-os. E os culpados têm de ser confrontados com esse facto, não porque nos dê algum prazer em especial, mas porque estas políticas têm uma intenção, não são obra do acaso nem da ignorância do governo, mas sim de uma posição de classe e de interesses claramente demarcada, que é preciso, é imperativo, denunciar. É necessário confrontar o governo com as suas próprias contradições.

De resto, basta não andar distraído que as alternativas estão lá e o PCP não tem feito outra coisa senão apresentá-las!


Sobre o post: estou a ver o video e está muito bom!

Boa noite

Sérgio Ribeiro disse...

Ao ler, agorinha, o comentário da Ana Pereira, logo me deu vontade de responder. Houve quem já o tivesse feito, e muito bem, na minha opinião. Acrescentaria, apenas, uma referência que tem de ser lembrada que é a da Conferência nacional do PCP sobre questões económicas e sociais, de que há uma publicação de 377 páginas - Outro Rumo, Nova Política - em que estão as maleitas do sistema e das opçoes políticas "domésticas", de acordo com a nossa discussão e trabalho de meses com centenas de camaradas e amigos, publicação que traz o que foi considerado, em Novembro de 2007!, como urgentes rupturas, entre elas, por exemplo, a da "obsessão" do défice orçamental.
Podem estar em desacordo connosvo, podem acusar-nos de muita coisa... agora de não fazermos propostas, de não apresentarmos alternativas... de fazermos oposição cómoda (nós? que optámos pela oposição mais incómoda que é a de classe, a que tem um fundamento ideológico?!)...
E quem é que está a pensar em eleições porque não pensa noutra coisa? Somos nós? Nós, os do PCP, pensamos em eleições, inevitavelmente, mas pensamos também que a política se faz todos os dias, todos os anos, em todas as circunstâncias (até as mais... incómodas), e a frente eleitoral é só, e apenas, uma frente de luta.
Saudações, e vote informada e onde, evidentemente, a sua consciência (informada!) lhe indicar.