sexta-feira, fevereiro 06, 2009

O PCP e a "crise"

A “crise” está aí.
Como situação nova? Sim, na perspectiva de que todas as situações são novas.
Como situação grave? Sim, porque a dimensão dos problemas ultrapassa a “normalidade” da evolução do sistema económico e social que vive em crise, e só assim pode viver. Isto na “leitura” dos comunistas, que têm como base teórica o marxismo-leninismo.
A revista Seara Nova, nº 1706, edição de Inverno acabada de distribuir, publica um “dossier” Crise económica e financeira que reputo da maior importância pela diversidade e qualidade de textos, e em que me sinto muito honrado por incluído. Permito-me referir, apenas como exemplo, os textos de Manuela Silva, Desigualdades crescentes em tempo de crise financeira – um desafio para a ciência económica, e de António Simões Lopes, Crise: moral e ética – Irresponsabilidade.
Sendo três desses contributos de membros do PCP – Octávio Teixeira, Manuel Carvalho da Silva e eu próprio –, também me permito servir-me do meu para, sem me arrogar qualquer representatividade (apesar da responsabilidade de pertencer ao Comité Central), sublinhar que «talvez haja quem surpreso se afirme – em parelha com declarações inacreditáveis de inocência e de ignorância que não faltam -, mas só pode ser na dimensão e gravidade destas “tempestades” que não são em copos de água. Porque, quem tenha a informação mínima obrigatória para poder falar “destas coisas”, não pode de modo nenhum desconhecer textos em que se previa e prevenia o que vinha aí. Não com o anúncio de dia e hora, não com a dimensão da tormenta, não onde e como, mas como inevitabilidade da dinâmica do sistema de que havia e há fautores».
Por outro lado, os comunistas não têm, na sua “farmácia” privada, as “mezinhas” para as “saídas" da crise que assim interpretam e, malevolamente, as escondam procurando o “pior melhor”. Atacam o sistema, por fazer de todas as situações as vítimas dos costume e os beneficiados do costume, com concentração e centralização do capital, defendem o que sempre defenderam, o trabalho e os trabalhadores, a produção e a melhoria de vida das populações (que sim, é possível!).
Mas não deixam de, persistentemente, propor medidas urgentes de combate à crise, como na reunião do CC de 31.1/1.2, que são públicas… embora pouco publicadas! E que, evidentemente, os agentes e fautores da crise desconhecem, desvalorizam ou só aplicam tarde e a péssimas horas (veja-se, por exemplo, a questão do "défice orçamental"!, e do que foi a sua obsessão).
Nas áreas de






Valeria a pena ler (isto digo eu...).

6 comentários:

Anónimo disse...

E não nos venham dizer que não temos propostas.

Anónimo disse...

o que não nos falta é propostas. deixem-nas passar em rádios, televisões e jornais de grande tiragem.

samuel disse...

Ora aí está...

Anónimo disse...

Como Partido da Classe Operária temos propostas, claro que sim.
Faz parte da nossa natureza de Classe, para uma mudança em prol de quem trabalha, de combate ao Capital...
Mas claro que os Me(r)dia não nos dão tempo de antena... Era de esperar.
Por isso há que reforçar a nossa imprensa no seio das massas..

Cumps!

olga disse...

Me(r)dia acho uma definição fantástica. Ah!Ah!Ah!

Unknown disse...

Claro que temos propostas!E como os me(r)dia são o que são temos de utilizar todos os meios para as levar tão longe quanto possível.
Um abraço ao Sérgio