sábado, agosto 29, 2009

Reflexões lentas... à procura da ética política - 2

Nas viagens de informação “à toa”, clicando sem bússola, há sempre encontros. Alguns maus… são os maus encontros. Mas todos úteis. Como os votos.
Ora um dos maus encontros foi onde não o queria ter. Mas… paciência! E pergunto-me: terei sido demasiado agressivo para, indirectamente, me/nos agredirem? Desta maneira!
Recapitulando. Sobre o dr. Mário Soares, estamos conversados. Tenho do senhor uma opinião, que ele não se cansa de confirmar, de reforçar. É um trafulha. É um pragmático no pior sentido, por total desrespeito pela coerência. É ferozmente individualista, egocêntrico. O seu percurso político, o que tem escrito e dito (e feito) comprovam-no. Vir, agora, tirar Marx do purgatório (!) não é para se servir de Marx, da sua caracterização do capitalismo e da sua contribuição para o socialismo, mas sim para dar a achega para a continuidade do que Marx escalpelizou como efémero (ah!, o tempo histórico) e do que estigmatizou por desumano. Não se trata de opiniões diferentes. Trata-se de total falta de ética em política. Da escola do “vale tudo… é política”. Além de insuportável, o senhor é incurável e recidivo.
Sobre o dr. Augusto Santos Silva, também não de trata de ter opiniões diferentes. Se aquela é a opinião dele, que a defenda, que lute por ela. Que lute para que o PS tenha a maioria absoluta e, no caso de não a ter, que tudo faça para que funcione como se a tivesse, não discutindo políticas porque as “suas” são, indiscutivelmente, as melhores, as únicas. Agora o inaceitável é a argumentação caceteira, sempre “a malhar”, a agredir, a não admitir (mas quem é ele?!) que possa haver outras opiniões. Outras opiniões que, aliás, das mais variadas formas e exaustivamente, provam que há aritméticas que estão erradas na fundamentação da opinião (se opinião é) do dr. Santos Silva.
Estamos perante dois casos em que a agressão é clara e intencional, que pretende reduzir uma linha de pensamento e interpretação que se atreve a subsistir (e a ganhar forças novas) a menoridade porque não se pode exterminá-la. Depois, há quem venha tomar por suas as dores a que quem agride é insensível e venha agredir, com redobrada violência, quem se atreveu a gritar que aqueles (e outros) reizinhos vão nus.
Já volto… que esta manhã estou para isto.

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