quinta-feira, agosto 19, 2010

O caso do caos anunciado...

... e meticulosamente preparado!
O encerramento, agora anunciado e confirmado, de 701 escolas no País (aqui, no concelho de Ourém, a somar às já encerradas, serão mais 15-escolas-15!) faz prever uma abertura de ano esolar que será caótico.
As autarquias, como associação e de per-si, estão a reagir.
E há aqui um pormenor curioso (salvo seja...): as dificuldades e as reacções de protesto das autarquias, que irão (iriam) ter de suportar a parcela muitíssimo onerosa dos transportes, a partir de uma decisão unilateral, para que não meteram nem prego nem estopa nem opinião deram, ainda - se calhar... - vão ficar com o odioso e esconder a impossibilidade prática de estarem as instalações em condições de acolherem os estudantes cujo transporte será/seria da responsabilidade das ditas autarquias.
Isto promete... e não é coisa boa!

11 comentários:

Unknown disse...

E eu recordo que há um argumento falso, mas muito usado: dizem que os alunos são deslocados para escolas com melhores condições, mas isso não é verdade. São deslocados para escolas mais distantes e com condições idênticas às das escolas encerradas. Isto pelo que eu conheço.

Luís Neves disse...

"As autarquias estão a reagir" - algumas! Em Ourém a autarquia está sem reacção! Existirá?!

Fernando Samuel disse...

Não é coisa boa, não...

Um abraço.

Antuã disse...

Esta aventura na educação é uma desgraça.

cristiano ribeiro disse...

Em Mouriz, Paredes, o novo Centro Escolar, de formato assumidamente fabril, fica localizado num local com acessos medievais. Tendo em conta a concentração de alunos, de professores e outros funcionários que utilizarão carrinhas de transporte ou viaturas particulares, não se percebe como circularão. A Escola Modelo de Mouriz é um caso de estudo da insensibilidade e irresponsabilidade do governo e da autarquia. E o jornalismo que por lá anda (jornais, TV) cala o que vê por cobardia e por incompetência.

samuel disse...

Não vai ser bonito de ver!

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Fechar escolas é uma das causas da desertificação do país, além de afastar as crianças das suas vivências, traumatizá-las,criar sofrimento aos pais, enfim é mais um dos crimes deste governo.

Um beijo.

Mário disse...

aos que não podem retirar a possibilidade de estudar, por falta pseudo-argumento para fechar uma unidade onde o número de estudantes necessitados funciona como potencial denúncia, promovem um percurso meteórico, sem exigência académica. No resto do país, a estratégia não dista por aí além da utilizada pelo fascismo de antes de 74, reduzindo o critério dos futuros trabalhadores por restricção do horizonte de conhecimentos. Uma conhecida aposta pela implementação de carácteres subservientes, por condições de vida pautadas pelas margens de um rio que só, só, leva o futuro.

Sabuja sacanice!

Maria disse...

Vem borrasca, como se diz na ilha, e vai ser da forte...


Um beijo.

Unknown disse...

Mas não me parece que as populações estejam muito preocupadas com o assunto. Com promessas fáceis de futuros complexos escolares (com papas e bolos se enganam os tolos), se iludem os pais das crianças que acham que estão a ser levados para o progresso. Afinal estão a ser levados em vagões para uma nova era industrial.

Mário disse...

aos que não podem retirar a possibilidade de estudar, por falta pseudo-argumento para fechar uma unidade onde o número de estudantes necessitados funciona como potencial denúncia, promovem um percurso meteórico, sem exigência académica. No resto do país, a estratégia não dista por aí além da utilizada pelo fascismo de antes de 74, reduzindo o critério dos futuros trabalhadores por restricção do horizonte de conhecimentos. Uma conhecida aposta pela implementação de carácteres subservientes, por condições de vida determinadas pelas margens de um rio que só, só, leva o futuro.

Sabuja sacanice!