terça-feira, agosto 24, 2010

Tomar partido! (formas materiais do capital)

Neste apontamento de hoje, apenas quero deixar um breve encadeado de observações que procuram sintetizar o resultado de algumas leituras e reflexões próximas (embora continuadamente repetidas e reformuladas que não revistas).
De acordo com a nossa base teórica, sendo o capital uma relação social de produção, ele materializa-se em capital-dinheiro (D), capital-mercadoria (M) e capital-produtivo, (… P …).
Essas formas materiais que toma a relação social passam por metamorfoses, de D a M e de M a D, como fases do processo de circulação do capital e, enquanto capital-produtivo, na esfera do processo produtivo (… P …), divide-se em capital constante, que é mercadorias-meios de produção - pano, linhas, botões, máquinas, energia -, e capital variável, que é mercadoria-força de trabalho - horas de trabalho, de que só algumas são trocadas pelos meios para a sua recomposição e (sobre)vivência do proprietário/trabalhador.
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D – M (…P…) M’ – D’
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Por este caminho, de que não me canso e em que descubro sempre “paisagens” novas, continuaria, mas só quero acrescentar que, ao longo do processo histórico, outras formas materiais do capital (da relação social de produção) foram aparecendo e/ou autonomizando-se, algumas delas vindas de modos de produção anteriores e/ou coexistentes, isto é, de outros estádios de relações sociais de produção, de anteriores fases do desenvolvimento das forças produtivas.
Refiro-me ao capital-comercial e ao capital-financeiro, inseridos nos circuitos de circulação do capital, e que foram tendo crescente autonomia e importação no circuito total de reprodução do capital.

1 comentário:

Maria disse...

É bom começar o dia (ou continuar a noite...) com uma lição de MH!

Bom trabalho!
Um beijo.