domingo, fevereiro 20, 2011

Breve nota de reacção a uns tais 58,6% de baixa de défice nas contas públicas

Ontem, fomos todo o dia massacrados com a notícia sobre os números da execução orçamental de Janeiro de 2011, e os comentários vindos do governo. Na campanha a que Sócrates, acompanhado por uma coorte de ministros, deu início por Trás-os-Montes, esses números iam “em carteira” para serem glosados.
Mas, com franqueza, é preciso não exagerar.
Primeiro, tornar significativos os valores de execução orçamental do duodécimo de Janeiro é descaramento, depois, tornar estes, deste mês de Janeiro de 2011, num sinal é… forte descaramento.
Não foi em Janeiro de 2011 que começou a aplicar-se o novo IVA?, não foi em Janeiro de 2011 que entraram em vigor outras medidas para aumentar as receitas a todo o custo (social, sobretudo)?, não foi em Janeiro de 2011 que, do lado das despesas, começaram a ser aplicadas as medidas de contenção dirigidas aos trabalhadores, diminuindo os salários da função pública?, e etc.
Então, que significado pode ter comparar com Janeiro de 2010?! Há que impor limites a este tipo de informação em que os números, para terem credibilidade, até aparecem em percentagens com vírgulas e décimas ou centésimas.
Não vale abusar… tanto.

3 comentários:

José Rodrigues disse...

Fernando Nobre diz:" é uma excelente notícia"...as máscaras começam a cair,contraditoriamente,em tempo de Carnaval.Pulhas!

Abraço

Sérgio Ribeiro disse...

Deve ter sido depois da reuniãocom o Soares e o Sócrates... e devem estar todos muitosatisfeita com esta "iniciativa" facebook contra TODOS os partidos e TODOS os políticos. Dizes bem: pulhas!

Abraço

Graciete Rietsch disse...

Espertalheza saloia a deles

Um beijo.