sexta-feira, julho 05, 2013

Dias de agora (e "de brasa")

Nestes "dias de brasa", muito se teve de ouvir e ler, muita informação se cruzou e enredou. Do que viemos acompanhando, retiram-se excertos de uma espécie de diário, "dias de agora":

05.07.2013
Tendo dormido mal, pelo calor (...), não vou deixar que elas (preocupações) se sobreponham e apaguem as que vieram ontem com o acordar.
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São notas que considero de não se perderem neste vendaval de informações e contra-informações.
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De tudo o que vi e ouvi, e muito foi, guardei pedaços da entrevista com Adriano Moreira como se tivesse assistindo a algo insólito.
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Não ouvi e reouvi os nomes mais que badalados, mas ouvi ideias e considerações sobre o que é Portugal hoje, o que poderia ser e o que poderá vir a ser.
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Com relevância para a questão da plataforma continental e posição estratégica de Portugal, para o espaço da CPLP desafunilando da “Europa” e do Atlântico Norte.
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Adriano Moreira continua, lá para os 90 anos, lúcido, culto, inteligente, com dimensão de “homem de Estado” (queira isto dizer o que se queira).
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E não posso deixar de lamentar que o CV deste homem me faça lembrar que foi ele que assinou, como ministro do fascismo, abertura do Tarrafal, do "campo da morte lenta".
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Mas foi o único comentador, entre aqueles muitos que ouvi (não sei se escreva que consegui ouvir, ou que tive de ouvir) de que quero deixar aqui registo.
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Por outro lado, anoto o que considero “acasos” ou coincidências curiosas.
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No Expresso que antecedeu a semana da saída de Vitor Gaspar, e toda a “campanha” para a sua substituição por Paulo Macedo, a capa da Revista e a sua entrevista central com este ministro da saúde, não pode ser um mero acaso…

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Como não o terá sido a escolha deste mesmo ministro para representar o governo no debate parlamentar de ontem sobre questões financeiras.
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Assim como não é mero acaso, decerto, o roda-pé televisivo e a 1ª página do Correio da Manhã com a notícia do desemprego-demissão do marido da tão polémica ministra das finanças, depois de ter sido empregue na EDP, em que cuja privatização a respectiva esposa teve protagonismo.
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Retive, também, a informação de uma refeição em que os participantes teriam sido, Relvas, Macedo e Salgado, um dos banqueiros que tomaram posição clara (como confederações patronais), embora não muito mediatizada, contra a realização de eleições… e a defenderem a estabilidade política que tão mal se descortina.

2 comentários:

Olinda disse...

Lâ me vou informando com estas preciosas notas acrescidas de algum comentârio a que jâ me habituei.Obrigada,camarada.

Um beijo

Graciete Rietsch disse...

Estas informações são preciosas. Sobre o Adriano Moreira não quero ter opinião. Lembra-me muito o fascismo!!!

Um beijo