15.07.2013
Acordei a lembrar-me de duas estórias de futebol…
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I – “Não inventa, não inventa!”
No tempo em que o futebol (o de 1ª divisão) era jogado, em Portugal, por nativos treinados por uns senhores estrangeiros, havia um destes que, ao que eu me lembro, berrava muito nos treinos: “não inventa, não inventa…”.
Queria ele dizer, no seu linguajar, que os por ele treinados não deveriam complicar as coisas, que tinham de aprender a jogar simples, bola recebida, bola passada, quanto muito um driblezito e jogo colectivo.
Porque é que me lembrei dito, hoje, que nativos são os treinadores e os treinados formam equipas que são verdadeiras sociedades das nações, em que a nação menos representada é a portuguesa, e tudo são negócios?
Por causa do Cavaco! Inventou! Tinha três saídas:
- 1. Dava posse ao governo PCoelho-PPortas recauchutado, isto é, “siga a dança” mais uns mesitos;
- 2. Demitia o governo, isto é, dissolvia a Assembleia da República e marcava eleições;
- 3. Não aceitava o governo recauchutado mas adiava eleições, isto é, arranjava uma fórmula de propor à AR um outro 1º ministro e seu governo.
Não tomou nenhuma delas e suas variantes. Inventou. Inventou uma “salvação nacional” escavacada, isto é, embrulhou tudo ainda mais, com gravíssimos prejuízos para a democracia, a verdadeira, aquela que ele não suporta.
Como sempre às ordens dos mercados...
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II – Quando não se é capaz
de colocar a bola a 30/40 metros…
O senhor Cândido de Oliveira era… um senhor.

A estória é do futebol (ou do que quer que seja) como obra colectiva, é da forma de fazer uma grande equipa de futebol (ou do que for) sem ter grandes jogadores.
Dizia Mestre Cândido “quando não se tem jogadores que coloquem a bola a 30/40 metros, usa-se o passe curto e a progressão lenta, toma lá-dá cá, com mudanças de velocidade...” *
Pode servir-se frio, morno ou quente. E na luta de classes… do lado das massas.
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* - em "Económicas", em 1957, usámos esta "táctica" e fomos campeões universitários!
4 comentários:
Tal e qual. Pequenos e firmes passos fazem o caminho, principalmente se distribuidos por muitos animados das mesmas intenções. E eu não percebo nada de futebol, de política mesmo,pouco. Mas tenho um enorme ideal.
Um beijo.
Ele estava mesmo a falar de futebol?! :-) :-) :-)
Abraço.
... são parábolas... ou pára as bolas!
Abreijos
Mestre Cândido sabia o que dizia.
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