O Presidente da República Portuguesa passou a maior parte do seu aguardado tempo de antena a explicar aos portugueses porque não fazia aquilo que o Presidente da República Portuguesa deveria fazer face à situação. O PdaRP não negou a situação provocada nos portugueses pela governação saída da maioria parlamentar de há dois anos. Maioria que já não tem qualquer base de apoio social, político, eleitoral.
O Presidente da República Portuguesa veio justificar porque, sendo Presidente da República Portuguesa, não fazia o que o Presidente da República Portuguesa tinha de fazer. Veio dizer que há um compromisso tomado por três partidos que tem de ser cumprido pelos portugueses. Compromisso para com entidades estrangeiras que impuseram uma estratégia que, no seu obediente cumprimento, apenas agravou a situação, acresceu a dívida, destruiu o que restava da economia produtiva portuguesa, diminuiu brutalmente o nível de vida dos portugueses, fez os portugueses que trabalham (ou trabalhavam...) pagarem todos os desvarios de uma especulação e ganância desvairada. Que continua!
Tudo visto, todos ouvidos, tudo e todos reconhecendo o que chamam erros e falhanço - até os próprios autores e executores da estratégia -, o Presidente da República Portuguesa recusou dar a palavra ao povo. No resto do discurso, sempre com os sacrossantos mercados a sobreporem-se a qualquer consideração sobre a necessidade de se rever e negociar o que foi um desastre económico e social, o PdaRP juntou à assumpção da cumplicidade do que aconteceu a proposta-ordem de que os três partidos da "troika", únicos existentes para ele, se entendam numa "salvação nacional" que leve até ao fim o que tem sido a "destruição nacional".
Portugal ainda existe! E os portugueses têm de o provar.
1 comentário:
Cavaco é um ser execrável.
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