«Álvaro ainda quer ir à Madeira
por Mário Tebas (SOL)
22 de Julho, 2013
Ninguém, nem o próprio, sabe se Álvaro Santos Pereira fica ou não no Governo. Mas o ministro da Economia mantém intacta a sua agenda de deslocações, ignorando a crise política à sua volta.
A próxima deslocação, depois da ida a Angola da semana passada, está marcada
para a Madeira. Será na ressaca da festa anual do PSD no Chão da Lagoa, a 28 de
Julho. A deslocação à Região está acertada desde Maio, altura em que o ministro
esteve no arquipélago. Para já, na Madeira, a visita é dada como certa. E os
preparativos estão em marcha.
Nas quase três semanas de crise política, Santos Pereira tem resistido a
falar sobre a sua situação dentro do Governo. Sabendo das notícias da sua
pretensa substituição por Pires de Lima, do CDS, deixou apenas escapar aos
jornalistas que haveria "tempo" para falar desse assunto, depois da tempestade
passar. Isso, porém, foi antes do discurso do Presidente da República, que
suspendeu a remodelação.
Mas na Horta Seca não houve ordem para arrumar papéis. Com a natural tensão
provocada pelas notícias, Álvaro Santos Pereira teve várias conversas com os
seus secretários de Estado e membros do gabinete, denotando irritação com o que
entende ter sido um ‘golpe palaciano’ de Portas para o tirar da Economia. Mas
nem por isso deixou de manter o silêncio, nem tão pouco colocou em causa a sua
boa relação com Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo indicado
pelo CDS.
Álvaro e a independência
Para a deslocação de três dias, o governante conta levar na comitiva todos os
cinco secretários de Estado para discutir temas como o emprego, a construção
civil e obras públicas, a energia, o turismo e os fundos comunitários.
Antes de ser ministro, em 2007, Santos Pereira escreveu o livro Os
Mitos da Economia Portuguesa. Onde perguntou: "A independência da
Madeira é viável e benéfica para o país?". E "a resposta é claramente positiva:
se a Madeira quiser, um dia poderá tornar-se independente. Afinal, se Malta,
Chipre, e até Timor-Leste conseguem ser independentes, porque é que os
madeirenses não poderão sonhar com uma autonomia total de Portugal?". E concluiu
que "uma desunião não traria vantagens para nenhum dos lados".
6 comentários:
Se calhar, fica por lá e muda-se para o Governo Regional...
E ainda a TV enche a boca com a grande coesão dos partidos da coligação!!1
Um beijo.
Ainda vai ser rei das selvagens.
É... a "desunião dos lados" é sempre uma maçada! :-)
Abraço.
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