24.12.2013
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Vim aqui dizer umas
coisas…
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Quanto mais ondas de pó
e do mar (letais, e muito lamento solidário com quem sofre as perdas), quanto maior parece a confusão, quanto mais a
“coligação à direita" está descoligada e (se) procura a bengala do PS, com o
Paulinho a fazer asneiras cheio de prosápia e o Pedrinho a dizer baboseiras e
ver se embrulha tudo (e todos) em nome dos que mandam… quanto mais tudo isso, esta aparente confusão, mais necessário é o Bloco, e manifestos a 3D, e o Mário Soares e o Carvalho da Silva, e o Rui Tavares (Livre e pesporreico), e a "esquerda" sem o PCP, isto é, tudo (pode ficar) cada vez mais claro.
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Claro!
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Há que fazer – sempre!
– uma leitura da História, sobretudo quando estamos a ser nós a fazê-la… ainda
que sejam só alguns/outros a escrevê-la formal e adequadamente.
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Formal e adequadamente
aos interesses (e à ideologia) da classe dominante.
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Como ouvi ontem, por mero acaso, quatro jovens (já pelos quarentas) - um "socialista" sempre disponível para a discussão política. um "revolucionário" a saltitar de partido em movimento (ou vice-versa), um "social-democrata" disciplinado PSD mas resmungante, e mais um que não fiquei a saber (se calhar nem ele) - em amena cavaqueira tu-cá-tu-lá, a porem todos os pontos nos is, como se os is já não os tivessem...
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Em resumo, a classe que, na nossa leitura de História, queremos ser – a classe operária (e de todos os
trabalhadores) – é uma, tem a sua vanguarda organizada (tal-qual seria
desejável é outra questão… e nossa!) e não há esquerda sem ela.
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Tudo o resto,
incluindo essa amálgama informe, conveniente,"bem cheirosa", incluindo «a esquerda sem
“eles”, isto é, nós», serve ao capital (imperial, financeiro e transnacional)
para fazer a sua parte da luta de classes.
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E pronto… por mais que digamos,
e decidamos, que este é um dia igual aos outros não conseguimos que o seja.
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Porque os outros… somos
nós!
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Fechamo-nos em casa, ouvindo o tamborilar e os pingos da chuva nos recipientes que aparam os que sobram lá de
cima, das claraboias e das telhas, mas não é isso que torna o dia diferente.
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O que torna 24 de Dezembro
um dia diferente são os outros que somos nós.
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São os telefonemas (de amigos e não só), são os vizinhos (alguns amigos mas não só)… quais dia igual aos outros?!
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E é a chuva, insistentemente,
a cair lá de cima e a alastrar até aos CDs e à secretária, e à impressora, e são
mais uns apagõezitos… um verdadeiro inferninho molhado e não em chamas como nas gravuras.
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Só agora – olho o relógio:
16:46 – é que vou (tentar) voltar à preparação para a reunião da AM.
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2 comentários:
Bom dia Sérgio. Tenho andado um bocado afastada do computador. Dias de muito cansaço, trabalho doméstico e arrelias. O Natal provoca-me sempre angústia e depressão.
Tanto se fala em Paz, Alegria, Fraternidade, os meios de comunicação tanto apregoam loas e loas a um mundo de Amizade e cooperação e cada vez mais vemos triunfar o egoismo, a hipocrisia, a, pelo menos aparente, ascensão do imperialismo, o que nos provoca uma falta de esperança e uma tristeza imensa. Mas felizmente há quem não se conforme e lute, lute por esse mundo tão apregoado no Natal.E entre esses estão "ELES". os "repudiados" mas os que organizados, corajosos, combatentes, são os obreiros do Mundo tão falado durante esta época de Natal.
Desabafei um pouco sobre o que considero a hipocrisia do Natal e, como sempre, gostei muito do que escreveste.
Um beijo.
Apesar da arrelia de teres a visita, indesejável, da chuva a entrar no escritório, escreveste um post belíssimo e certeiro,"na mouche"(como se diz que dizem os franceses).
Campaniça
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