AVISO À NAVEGAÇÃO
Alto lá!
Aviso à
navegação!
Eu não
morri:
Estou
aqui
na ilha
sem nome,
sem
latitude nem longitude,
perdida
nos mapas,
perdida
no mar Tenebroso!
Sim, eu,
o perigo
para a navegação!
o dos
saques e das abordagens,
o capitão
da fragata
cem vezes
torpedeada,
cem vezes
afundada,
mas
sempre ressuscitada!
Eu que
aportei
com os
porões inundados,
as torres
desmoronadas,
os
mastros e os lemes quebrados
- mas
aportei!
Aviso à
navegação:
Não
espereis de mim a paz!
Que
quanto mais me afundo
maior é a
minha ânsia de salvar-me!
Que
quanto mais um golpe me decepa
maior é a
minha força de lutar!
Não
espereis de mim a paz!
Que na
guerra
só
conheço dois destinos:
ou vencer
– ai dos vencidos! –
ou morrer
sob os escombros
da luta
que alevantei!
- (Foi
jeito que me ficou
não me
sei desinteressar
Não
espereis de mim a paz,
aviso à
navegação!
Não
espereis de mim a paz
que vos
não sei perdoar!
1 comentário:
Gostei muito desta poesia de aviso ä navegacao,e nao sô!..
Bjo
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