sexta-feira, novembro 20, 2015

Também lá, nos EUA

- Edição Nº2190  -  19-11-2015


Luta em centenas de cidades dos EUA
Pelo salário mínimo
Milhares de trabalhadores norte-americanos reclamaram, dia 10, com iniciativas em centenas de cidades, o estabelecimento de um salário mínimo de 15 dólares por hora.


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As acções reivindicativas ocorridas fez anteontem uma semana superaram em número o inicialmente previsto. A Lusa noticiou, dia 10, que os protestos estavam anunciados para mais de 270 cidades, mas o semanário Workers Wolrd (WW) reportou, posteriormente, que foram realizadas iniciativas em quase meio milhar de cidades de costa a costa.
Para além da expressão de massas de um protesto que aconteceu sob diversos figurinos – greves parciais ou totais, concentrações frente a empresas, manifestações de rua –, a luta revelou amplitude e disponibilidade reivindicativa em vários sectores, fazendo desta a maior iniciativa do género nos últimos anos no país.
A exigência do estabelecimento de um salário mínimo nos Estados Unidos reganhou centralidade em 2012 quando trabalhadores de cadeias de comida rápida de Nova Iorque abandonaram os locais de trabalho contra os salários de miséria. O movimento adquiriu força e este ano penetrou em áreas de actividade como a assistência médica e cuidados paliativos, a educação, mas também outros serviços públicos, ou no comércio a retalho, assegura igualmente o WW.
O jornal informa ainda que muitas das acções terminaram frente às sedes administrativas municipais ou estaduais, colocando nos órgãos e eleitos a pressão de legislarem no sentido reclamado: nunca menos de 15 dólares por hora.
A agência de notícias portuguesa, por seu lado, adiantava que o autarca de Pittsburg (Pensilvânia), e o governador de Nova Iorque já propuseram consagrar o mínimo salarial nos serviços sob sua tutela, apontando prazos para alcançar tal objectivo.
Os baixos salários são um flagelo nos EUA atingindo parte considerável dos trabalhadores federais, dos estados ou das autarquias. Mesmo após décadas de serviço, por norma os funcionários não auferem mais de 12,25 dólares por hora.

O protesto realizado dia 10 em todo o território norte-americano surge no contexto de uma vaga reivindicativa na qual se inclui a exigência do cancelamento das dívidas contraídas pelos estudantes do Ensino Superior e a garantia do fim das propinas (luta que recentemente obteve mobilização em mais de uma centena de universidades, notando-se que o total dos valores devidos pelos alunos duplicou de 600 mil milhões para 1,2 biliões de dólares desde 2006); contra o racismo e a segregação, caso da greve na Universidade do Missouri e das manifestações de solidariedade para com aquela luta em instituições frequentadas por jovens oriundos das camadas populares; ou da luta dos profissionais da Universidade da Cidade de Nova Iorque, em defesa de aumentos salariais, devidos desde 2009, e no contexto da qual 53 trabalhadores foram presos, no passado dia 4, durante uma concentração no centro da cidade.

2 comentários:

Olinda disse...

O capitalismo,vive da mais valia e à medida que esta aumenta ,as massas adquirem consciencia,até nas entranhas do "paraíso"!bjo

Justine disse...

Por onde andam estas informações? Quem as esconde? Quem nos manipula? A resposta não é muito difícil...