(...)
Para
começar, achei interessante a maneira como Ana Leonardo (leitura já desta madrugada)
“pega” na passagem de número de ano, de 2017 para 2018, coincidente, ou quase, como
a que a que eu fiz por aqui,
[(…)
Porque assim foi convencionado que se datasse.
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Aqui.
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Sim, porque em muito lado, e para milhares de
milhões de gente, está convencionado que seja tudo (dias, horas, anos) de
outra(s) maneira(s).
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Depende dos fusos, e não só, cujos são, também,
convenções.
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Tudo igual, ou que já foi ou que ainda não ou que
nem será ou que será diferente em função calendária determinada por outras convenções
(e rituais) completamente diversas destas que a nós respeitam ou que nos fazem
respeitar.(…)]
(…)
particularmente aquela referência aos “milhares de milhões” de que ela (e eu…) se lembrou, bem como à paciência dos chineses e outros povos asiáticos
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Ainda
procurando não perder tudo o que merece ficar guardado, registo mais este TVisto
do Correia da Fonseca sobre a Lei de Financiamento dos Partidos e a manipulação
da comunicação social de que me ocupei e me preocupa como sinal de que nos não
podemos distrair
- Edição Nº2301 - 4-1-2018
O pretexto e o vírus
Foi por volta do Natal, o que aliás foi generalizadamente
considerado como circunstância agravante ainda que por razões alheias à
religiosidade que foram aprovadas as alterações à da Lei de Financiamento dos Partidos
Políticos. A iniciativa dos deputados teve imediatas consequências que muito se
pareceram com alarme social, bem se podendo dizer que num certo sentido
incendiou o País e que as chamas da indignação se propagaram por todo o lado
com o prestimoso sopro que lhe foi dado pela comunicação social em geral e pela
televisão em especial. Não surpreende: no nosso País está desde há muito
generalizada a aversão ao deputado quase sempre integrada na mais geral aversão
a «os políticos» que faz parte da herança ideológica deixada pelo fascismo sem
que ninguém tenha tomado em mãos a tarefa cívica e higiénica de a desmontar e
desmentir. É sabido que o doutor Salazar odiava «os políticos», gente
antipatriótica geralmente paga por Moscovo que alimentava condenáveis sonhos de
liberdade e democracia, e por isso ordenava ao seu aparelho propagandístico que
os bombardeasse com detracções e calúnias. Metamorfoseada em vírus de
actividade permanente, essa estratégia foi herdada por boa parte dos media
posteriores a Abril que lhe dão bom uso quando a situação é propícia e até
quando não o é. Este caso da alteração à Lei do Financiamento dos Partidos foi
para eles um presente dos deuses decerto movidos pelo espírito do ditador de
Santa Comba.
Emboscado
É possível e até provável que as repercussões deste episódio sejam limitadas e se dissipem rapidamente, dele sobrando para o sentimento colectivo um agravamento da imagem dos deputados na avaliação da chamada opinião pública. Neste aspecto cabe dizer, naturalmente que com a devida vénia e todo o respeito, que os senhores deputados há muito que deveriam ter adoptado estratégias de autodefesa da sua reputação e de desmentido de calúnias explícitas ou implícitas que contra eles sejam disparados. É que não se trata apenas deles mas também e sobretudo da democracia. Talvez mereça ser recordado que uma boa parte dos golpes de direita que regularmente vão acontecendo por esse mundo fora se «legitima» invocando o combate à «corrupção». Dir-se-á que o nosso País está ao abrigo de algum risco desse género, mas nem assim é saudável que a reputação pública de «os políticos» seja abandonada às manobras dos que são caluniadores por uma vocação reforçada por encomendas de raiz fascizante. E aqui chegamos talvez ao âmago da questão: é de fascismo que se trata ou, no mínimo, de um caminho para ele que, nunca o esqueçamos, já não usa fardas nem braços estendidos mas subsiste no afecto e até já nos comportamentos de muita gente, e que agora serviram para a disseminação e reforço do vírus que está sempre por aí, emboscado. E utilizável.
Emboscado
É possível e até provável que as repercussões deste episódio sejam limitadas e se dissipem rapidamente, dele sobrando para o sentimento colectivo um agravamento da imagem dos deputados na avaliação da chamada opinião pública. Neste aspecto cabe dizer, naturalmente que com a devida vénia e todo o respeito, que os senhores deputados há muito que deveriam ter adoptado estratégias de autodefesa da sua reputação e de desmentido de calúnias explícitas ou implícitas que contra eles sejam disparados. É que não se trata apenas deles mas também e sobretudo da democracia. Talvez mereça ser recordado que uma boa parte dos golpes de direita que regularmente vão acontecendo por esse mundo fora se «legitima» invocando o combate à «corrupção». Dir-se-á que o nosso País está ao abrigo de algum risco desse género, mas nem assim é saudável que a reputação pública de «os políticos» seja abandonada às manobras dos que são caluniadores por uma vocação reforçada por encomendas de raiz fascizante. E aqui chegamos talvez ao âmago da questão: é de fascismo que se trata ou, no mínimo, de um caminho para ele que, nunca o esqueçamos, já não usa fardas nem braços estendidos mas subsiste no afecto e até já nos comportamentos de muita gente, e que agora serviram para a disseminação e reforço do vírus que está sempre por aí, emboscado. E utilizável.
Correia
da Fonseca
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1 comentário:
As sementes do fascismo brotam por todo o lado.Começa a ser menos subtil,para quem está atento.Bjo
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