segunda-feira, outubro 31, 2005

Eram assim as nossas refeições mais íntimas...


Enquanto almoçávamos, ela, a Justine-Juju, saltava para cima da mesa!
Ao princípio, ainda procurámos impor alguma disciplina, mas ela insistia: queria estar perto de nós, pronto. E nós fomos cedendo.
Pois ontem, a conversar com amigos sobre os "nossos bichos", fomos buscar fotografias (tinha de ser) e apareceu-nos esta. Foi posta de parte para vermos melhor, quando estivéssemos sózinhos.
E ficámos, a Zé e eu, a olhar para a foto e os nossos olhos humedeceram. A Juju!
As patitas sobre o meu braço. Aqueles olhitos, aquela ternura de olhar! Um verdadeiro namoro. Como é que se podia resistir?!
Faz-nos falta, a Juju.

domingo, outubro 30, 2005

Um acordo sem qualquer vislumbre de diálogo

Pfig, na sua “cafeteira”, reagiu ao meu não-comentário aqui publicado.
E num ponto tem razão: quando diz que parece que tenho pejo em dizer o seu nome.
Assim poderá parecer…
Mas não tenho, e para não haver dúvidas sobre pejos e outras coisas, afirmo que o “não-comentário” que aqui escrevi resultava de uma passagem pelo blog de pfig, pela sua “cafeteira” e por um dos seus “posts”.
O seu a seu dono, ou a cada pfig a sua “cafeteira” e o que por lá ponha a ferver.

E por aqui me fico! Porque não comento o que pfig escreve!
Posso, de vez em quando, sentir a necessidade (minha, por uma questão de higiene intelectual) de escrever algo que contrarie o que pfig escreve… mas não o comento porque dou ao comentário a dimensão de diálogo e o fanatismo que ele demonstra impede qualquer diálogo implícito em troca de comentários.

sábado, outubro 29, 2005

Uma fotografia "especial"

Foi há quase 40 anos!
No domingo anterior, fora inaugurado o "Estádio (municipal?) da Caridade", com um encontro entre o Clube Atlético Oureense e a Casa de Ourém. Para este domingo, organizou-se um jogo entre a "selecção" das duas equipas oureenses e uma equipa de glórias do futebol português que ainda jogavam (e bem!) nos torneios do Clube Internacional de Futebol.
Pela "selecção oureense" reconheço, da Casa de Ourém, Amadeu, Reina, Diamantino, de pé, e Rui Neves da Silva e Sérgio Ribeiro, agachados, do Atlético, TóZé, Rui Costa, de pé, e Carlos Pintassilgo, Carlos Taíto e Elói, agachados.
Pelos "convidados", reconheço Fernandes (do Benfica), de pé, Rosário (Benfica), Vasques (Sporting), Bastos (Benfica), Rogério (Benfica), Sérgio (Sporting) e Artur (Benfica) ajoelhados. Julgo que todos internacionais, mas o Vasques e o Rogério foram verdadeiras "craques", tendo o Rogério chegado a jogar no Brasil, no Botafogo!
Procurava esta fotografia há anos.
Obrigado, Nuno Abreu! Esta foto merecia estar no OurémOutrora e muito agradeço a dispensa, em primeira mão, para este blog.
S.R.

´Não-comentário a manifestações de fanatismo

Nas navegações pela blogosfera, por vezes encontram-se “pérolas”, por vezes fica-se espantado perante algumas manifestações de verdadeira cegueira ideológica, de fanatismo, de anticomunismo primário.
Li, num desses locais “de informação e de reflexão”, que “as experiências nos paraísos socialistas do século xx causaram dezenas de milhões de mortos e centenas de milhões de vidas miseráveis; no que resta hoje desses paraísos, continuam a viver-se vidas miseráveis (os que não morrem), sem o mínimo direito a seja o que fôr, sem as mais básicas liberdades individuais.”

Ora, nas “experiências socialistas do século xx” muita coisa teria corrido mal, mas o que hoje somos, como hoje vivemos, deve-se, em grande parte, ao que levou a essas experiências e ao que elas foram.
A começar pelo decreto nº 1 da “primeira experiência”, de 8 de Novembro de 1917, que decidiu unilateralmente o termo da guerra que vinha desde 1914, e adoptou um princípio – o princípio da coexistência pacífica – que nunca se conseguiu levar totalmente à prática porque, desde o início, se fez uma luta de morte à “experiência” – Churchil, então jovem deputado, afirmou, alto e bom som, que era preciso “matar o monstro no berço”.
Se, para a ideia/ideal do socialismo, a paz e a coexistência pacífica são indispensáveis à construção de uma sociedade mais humana, não é o caso dos interesses que entre manteiga e canhões produzem… o que der lucro e as armas são a mercadoria mais rentável porque, ao consumirem-se, destróem e criam novas necessidades…

Todo o século xx foi atravessado pelo cerco e pela guerra contra as “experiências socialistas”.
Os fascismo, o nacional-socialismo, o nazismo, são “respostas” à interpretação de que a história é feita pela luta de classes, enquanto classes houver, "respostas" que negam que haja classes e, ao mesmo tempo, dizem – como o fazia o Estatuto do Trabalho Nacional, tradução portuguesa de outros documentos – que, no caso de haver conflito entre as classes (que não existiriam…) deve ser resolvido a favor da classe patronal porque esta é a criadora da riqueza!!!
De 1917 à primeira metade dos anos 40, as armas estão apontadas a tudo quanto é, ou pareça poder vir a ser, socialismo, e só a miragem louca e hegemónica da Alemanha nazi, personificada em Hitler, levou a uma reacção “aliada”, depois de se ter esperado que tal loucura destruísse a União Soviética, o que não conseguiu porque houve a resistência a essa invasão bárbara de um povo, com os seus 20 milhões de mortos (este sim é um número histórico, verdadeiro na sua dimensão!).
Logo que terminada a guerra houve quem quisesse continuá-la para leste, para alcançar o que Hitler não conseguira, mas tal não foi possível até porque, por exemplo, Churchil perdeu as primeiras eleições depois da guerra na Grã-Bretanha.
No entanto, não se desistiu, e a guerra fria, e o mac-cartismo, e muitas outras manifestações não tiveram outra finalidade que não fosse a de travar o que era a continuação das “experiências”, com os trabalhadores, com os povos, a procurarem concretizar novas “experiências”…
O facto é que muito do que hoje vivemos, por mais controverso que seja conjunturalmente, foram direitos sociais que os trabalhadores conquistaram porque houve essas “experiências” e/ou porque a elas se tinha de responder com cedências para evitar que houvesse rupturas.

Depois, em resposta a um comentário, o bloguista que tal afirmou sobre as dezenas de milhões de mortos e as centenas de milhões de vidas miseráveis - de que não põe em dúvida o seu convencimento mas que são tudo menos factos, tudo menos “dados rigorosos” - escreveu que “se há nesta história alguns cruzados em tudo iguais a fanáticos religiosos, são os comunistas”.
Ora isto seria ridículo se não fosse demasiado sério e revelador de um fanatismo que se esconde no fanatismo de que se acusa os outros.
Na verdade, pode ler-se a história de mais do que de uma maneira, mas só fanáticos podem atirar, assim, com dezenas de milhões de mortos e centenas de milhões de vidas miseráveis como sendo o fruto de umas “experiências nos paraísos socialistas”, quando factos e dados (estes rigorosos) nos mostram como crescem as desigualdades, a pobreza, a miséria fora e contra essas “experiências”, quando é evidente que a destruição de um sistema social – que tinha, evidentemente, erros – provocou e está a provocar um dos maiores desastres sociais em populações que tinham direitos, como à educação e à saúde, e hoje fogem à miséria e à ignomínia que lhes provocaram.
E só pode estar completamente dominado pelo fanatismo quem desafia quem discorda das suas “leituras” exigindo-lhes que corrijam números (como? dizendo que os milhões são milhares ou dezenas?) e de imediato torna dispensável essa “correcção” porque “não me parece que os factos sejam coisas que preocupem muito os fanáticos religiosos”. Como é o seu caso!

Este é, afirmo-o!, um não-comentário. Há coisas que não se comentam. Mas é uma reflexão sobre fanatismo e suas manifestações.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Histórias de lição e exemplo - 1A

Joaquim Pires Jorge
desenho de Álvaro Cunhal recuperado de um pedaço de papel
(a história destes desenhos será uma das próximas de lição e exemplo)

Histórias de lição e exemplo - 1

Íamos conversando naturalmente quando ele me interrompeu, com alguma severidade na bonomia muito sua:

“‘Pera aí! Outra vez essa história! Pára com isso! Não penses, camarada, que pelo facto de seres comunista és melhor que os outros. Não somos nem melhores nem piores do que os outros, do que os que não são comunistas.
Todos tivemos (e temos!) as nossas fraquezas, as nossas hesitações, os nossos erros. Todos temos, cá por dentro, coisas boas e coisas más.
A nossa obrigação de comunistas é a de pôr as coisas que, a nosso critério, de acordo com os nossos valores e princípios, são as coisas boas ao de cima, bem por riba das coisas más que por cá também andam.
E, ó camarada, o que correu mal não é para esquecer, mas também não é para ser ferida em que de tanto se mexer se transforme em chaga… é para cicatrizar!
Depois, não faz mal nenhum passar por lá o dedo de vez em quando. Mas só de vez em quando!”

Foi há bem mais de uns 30 anos, Joaquim Pires Jorge!
Não teriam sido exactamente estas as palavras.
Mas foi esta a lição nunca esquecido.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Admiração e respeito

Acabado o almoço, bebido um golito de vinho cá do nosso, para acamar o bocadito de pão com queijo da Serra que tão bem soube, apetece-me escrever isto:

Andam por’í uns cromos oureenses a dizer que têm muita admiração pelo c’roa por aquilo que ele foi.
Pois o dito trocaria toda essa afirmada admiração pelo que ele teria sido por algum respeito por aquilo que ele é. Ou melhor: pelo que ele continua a ser.

De antologia

Quando vieres
Encontrarás tudo como quando partiste.
A mãe bordará a um canto da sala...
Apenas os cabelos mais brancos
E o olhar mais cansado.
O pai fumará o seu cigarro depois do jantar
E lerá o jornal.
Quando vieres
Só não encontrarás aquela menina de saias curtas
E cabelos entrançados
Que deixaste um dia.
Mas os meus filhos brincarão nos teus joelhos
Como se te tivessem sempre conhecido.
Quando vieres
Nenhum de nós dirá nada
Mas a mãe largará o bordado
O pai largará o jornal
As crianças os brinquedos
E abriremos para ti os nossos corações.
Pois quando vieres,
Não és só tu que vens
É todo um mundo novo que despontará lá fora
Quando vieres.

Maria Eugénia Cunhal, in Silêncio de Vidro, Editorial Escritor
Poema dedicado ao irmão, Álvaro Cunhal, então preso nas masmorras fascistas

(do blog Vale a pena lutar!)

terça-feira, outubro 25, 2005

A pedido (ou talvez não...)

Dado o "êxito" da anterior fotografia, não resisto a publicar a segunda que o Armando me emprestou, e em que nós, garbosos oureenses, confraternizamos com os nossos adversários leirienses.
Do resultado do jogo não falo. Não me lembro... ou esqueci-o logo a seguir!

segunda-feira, outubro 24, 2005

Que alegria!


Andava há anos (que digo eu? há décadas!) atrás desta fotografia.
Sabia dela mas só uma vez a vira num stand do Atlético na Feirourém (se me não engano).
Agora apareceu-me num gesto amigo do Armando.
Porquê dava tanta importância a esta fotografia?
Porque foi na homenagem ao Toná!
Porque, depois do discurso oficial de homenagem, me convidaram a equipar-me e a jogar também.
Porque estão lá o Fernando, o Rui, eu (já fui assim!), o Carlos, em baixo, e o Fernando, o Júlio, o Toná, o Melo e o Armando, em cima.

Tantas saudades!

sábado, outubro 22, 2005

Excertáveis e enxertáveis

(excertos de uma espécie de diário que aqui enxerto)


Questões da ética e da sua compartimentação

Falta de ética na política?

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Nem será bem o caso.

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Alguns dos protagonistas que a tal comentário levam até se arrogam de guardiões da ética!

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São mais questões de ética e da sua compartimentação!

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O caso é que, em politica, parece que a ética é outra.

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Mais ou menos assim: "Respeito-te como pessoa mas, como político, ou és cá dos meus ou não tens lugar neste jogo… estás a mais. Ou sais-me da frente (ou do lado), ou procurarei, não importa como, eliminar-te!".

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O problema - e sobretudo para esses protagonistas - é que as pessoas são todas políticas e, quando "fazem política", continuam a ser pessoas... e a merecer respeito.

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Aliás, um problema grave é que, em vez de se levar para o "fazer política" a ética que se apregoa e pratica na dita "vida cívil", se traz para esta a falta de ética - ou a outra ética...- que se pratica na que chamam "vida política".

Excertáveis e enxertáveis

(ou excertos de uma espécie de diário aqui enxertáveis)

(...)
É inevitável, diria que é… recorrente.

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Nas conversas, nos posts, nos comentários, eles aí estão: os cães e os gatos.

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E eu contribuo.

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Mas ‘inda agora - no duche, claro...- saltou-me uma reflexão.

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Bem ensaboada, a reflexão foi-se entranhando e resistiu ao enxugar do corpo.

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Vamos lá a ver:

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Os animais, os nossos animais de estimação, são - ou estão a tornar-se - uma “pedra de toque” da nossa afectividade, dos nossos sentimentos, da nossa humanidade… ou da nossa humanização.

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Eu sei que nos meios em que me movo e vivo nenhuma dessas “conversas”, dessas mostras e trocas de fotografias, desses relatos de cenas e casos, tem a intenção de exibir o que quer que seja de tal humanização nossa… mas, de repente, vi-me a pedir(-me/nos) moderação… ou modera…cão, ou mais recato ou… mais re…gato.

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“Pedra de toque” são! Não merece discussão (ou discu…cão): não concebo um homem ou uma mulher bem formados, com tudo que define humana e social condição no sítio, a maltratar animais.

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Mas já conheço o inverso: sei de homens e de mulheres mal formados, ou seja, capazes das maiores patifarias “humanas” mas muito amigos, ternurentos para com os seus bichinhos de estimação.

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Aliás, como a idade já é muita, ainda “beneficiei” dos materiais da propaganda nazi em que os próceres do nazismo, como Hitler, Goebbels e outros carrascos, apareciam em fotos enternecedoras na companhia dos seus cães e gatos, em família alargada e exemplarmente ariana, enquanto ordenavam a dizimação de seres humanos.

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Cada vez gosto mais dos animais. Há uma empatia que se vai apurando, e sinto que, com a humanização, a sociabilização, cada vez mais deles gostamos, que melhor sentimos o imperativo (que raio de palavra kanteano/cavaquista!...) de conviver com a natureza, a começar pelos bichos… que também somos.

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E de afectos se trata.

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Mas… atenção!

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Cheira-me a hipocrisia a preocupação – e discussão de horas como aconteceu no Parlamento Europeu – sobre as condições de transporte e conforto do gado que vai para abate e se conhecia e fazia por esquecer que as vacas ficaram loucas por terem sido alimentadas a rações cujo único objectivo era o de aumentar produtividades ainda que fazendo as pobres loucas e a nós-humanos "ricos" de mais umas doenças para o catálogo.

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Tudo bem… este meu gato é amoroso e muitas satisfações afectivas me proporciona, tenho emocionada saudade das gatinhas que atropeladas foram. Tudo isto será uma “pedra de toque”, mas nunca poderá ser – o que sinto por ele e os seus companheiros de fortuna – a “pedra de toque”, minha ou de outros.

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Isto é só uma reflexão que não foi pelo esgoto do duche abaixo.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Aviso à navegação...

Neste blog, como em certos locais, não se fala de futebol (pelo menos, enquanto alguns resultados não mudarem), nem de religião (pelo menos, nada nem nenhum nome se invocará em vão), nem de política (pelo menos da local). Pelo menos nem sempre...
Para os temas de política local, quem quiser dar-se ao descuido de conhecer as posições com que se identifica o aqui morador, deve navegar, por favor, pelo vizinho CDUporOURÉM. Que continua aberto e muito gostaria de recolher alguns comentários ao longo destes próximos tempos de nova vida. Na certeza de que não está desactivado à espera de 2009!

A Pátria está salva...

Depois de um falso suspense, de uma operação de marketing com todos os matadouros, o salvador disse. E foi-se. Mas voltará para cumprir a missão...
O eco, que tão bem preparado foi, também cumpriu a missão que sua é. Até se ouviu que a declaração do professor foi à sua maneira, rigorosa, pragmática, "sem estados de espírito". Palavra que não percebo... então "imperativo de consciência" não é um "estado de espírito"?
Como se constroem as imagens, como se vendem os produtos!
Já agora: quem reparou que "o professor" não teve um pensamento explícito, não disse uma palavra sobre o povo, os trabalhadores, o social?
Mas isso existe - essas coisas... - ou é um mero "estado de espírito"? E quem impera na consciência do professor para que o imperativo mais ordene?

quinta-feira, outubro 20, 2005

De um texto a 2 dedos e 8 patas


Depois de ler o janelvira de ontem e hoje, não resisto a trazer-vos esta fotografia, que foi capa de um caderno publicado há quase 5 anos na Som da Tinta, e de que transcrevo o final:

"... Claro que a calma não se poderia prolongar muito, até porque a sua irrequietude, sobretudo do Mountolive, tem de se manifestar. E começou por lambiçocas na “partennaire”, depois dentadinhas, e vai-se instalando, sobre as minhas pernas, um espaço de brincadeiras, algumas com certo grau de ambiguidade a que espero que o local seja totalmente estranho. O facto é que já começam a transbordar para a beira da secretária, já há patitas que chegam ao teclado, e isto está a tornar-se difícil.
Escrever com dez dedos não é para todos, mas escrever com os dedos com que somos capazes e “ajudados” por oito patas é quase impossível, COMEÇO A estar cansado de emendar qbihbrqbj wª W w wmksc cskl 2002434WºÇP2


Sérgio Ribeiro & companhia
Zambujal, Novembro de 2000 "

Ela era a Justine I, viva e atrevida, que foi atropelada aqui em frente de casa, como também aconteceu com a Justine II... e tanta vez nos lembramos das duas. Ele, bem, ele é o Mountolive que connosco vive há cinco anos, embora só apareça quando lhe a apetece, às vezes a horas pouco próprias..., para pedir (pedir? exigir!) que lhe mudemos a comida que, a seu critério, já não estará suficientemente fresca, ou para lhe enxugar o pelo da chuva que lhe caiu em cima durante as suas deambulações.

Há utopias e utopias

A minha "utopia" do dia:

Ver o dinheiro recuperar a sua essência-função de instrumento, de meio no meio das coisas que os homens e as mulheres produzem e de que precisam para satisfazerem as suas necessidades. E os homens e as mulheres regressarem à consciência dessa função-essência do dinheiro.

De(a)ntologia

Deontologia é a ciência dos deveres a cumprir. Diz o dicionário.
Entre os deveres a cumprir por todos está (deontologicamente) o respeito pelos direitos dos outros; entre os deveres a cumprir pelos eleitos está (deontologicamente) nunca esquecer que apenas (!) estão em serviço de representação dos outros, e não ao seu próprio serviço, função ou profissão.
Isto deveria ser de(a)ontológico porque de referência antológica. Quotidiana.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Dito de outra forma (bela...)

Não basta quereres
para teres a lua

Mas não há outra forma
de um dia ela ser tua

Mário Castrim

Há utopias e utopias




A "utopia" do dia (por plágio e com agradecimento amigo ao Nuno Abreu)

Se outros conseguiram, porque não havemos de conseguir também?

segunda-feira, outubro 17, 2005

Isto dos blogs...

... passa um fulano anos a fio a dizer que tem uma saúde de ferro, que nunca se constipa, que mais isto e mais aquilo. O que nem sempre é verdade porque uma constipaçãozita não há quem não tenha. Mas sempre se pode disfarçar e dizer que... mais isto e mais aquilo. Aquelas mentiritas vaidosas de trazer por casa e que não fazem mal a ninguém!
Até que o tal sobredito fulano se mete nisto dos blogs e lá se vai toda a privacidade. Como é que um fulano a pingar do nariz, ou a tossir, ou chateado que nem um constipado (na versão lusa e não na francófona!), pode ter utopias do dia, ou dias com utopias?
Ele bem avisou que uma dessas suas apelidadas utopias seria a de as ditas constipações acabarem antes de começarem... mas foi tarde. Já tinha começado!, e agravou-se com as idas aos Castelos e às exposições chichorras (que coisa linda! Vão ver... mas não se constipem!).
Em suma, interrompi essa coisa das "utopias do dia" porque não vinha agora dizer que a "utopia" do dia seria a das constipações acabarem depois de terem começado. É a única que me vem à cabeça (coitadita... não está nada boa), e não fazia sentido, desvalorizando a sequência utópica ou o utópico folhetim que é preciso manter com algum nível (Aquele dos serviços mínimos de que o governo tanto gosta com todos os srs. ministros esquecidos de quando andavam metidos em greves académicas e outras).
Adiante que comecei a desconversar, mas confesso que com um ou dois desses fulanos gostaria de ter umas conversinhas, só para lhes lembrar o que eles diziam daqueles que, ontem, faziam o que eles hoje fazem e dizem.
Bom. Isto há-de passar.
E as "utopias" seguirão dentro de momentos.
Quanto à UTOPIA... essa resiste a todas as constipações e males bem maiores. Como esse da idade e de outras doenças que atacam alguns outros fulanos a que me referi linhas atrás e de que não quero falar mais.

Mas isto também só é uma maneira de estar para aqui a conversar comigo. Não me liguem que a febre não é alta... se é que estou com febre.

sábado, outubro 15, 2005

(De) antologia

Lápide e dar. Tente-se o detalhe. O que significa a vitória eleitoral da senhora dr.ª Fátima Felgueiras? Os significados são vários e simultâneos, quase nenhum abonando em favor da salubridade da pátria. Mas há um significado que é lisonjeiro. No plano jurídico há o princípio da presunção da inocência. O princípio é estúpido - como quase todos os princípios tendem a ser -, mas é preferível ao princípio antípode, perfilhado tanto pela generalidade da ralé quanto pelos jacobinos com vestimentas ornamentadas com folhos e rendas e que, consonante o caso ou o pormenor, entendem nisso ter conveniência. Pelo que, não obstante as quantas almas indignadas e que julgam ter acontecido a desgraça, certo é que o povo de Felgueiras demonstrou uma virtude salomónica, celebrando tempestiva, no tempo que é devido, e politicamente a ainda inocência da dita fulana. Seja como for, em termos políticos, o espectáculo de alcandorar novamente a mencionada criatura na honra de senhora presidente da Câmara Municipal foi pungente. A lapidação teria sido mais bonita. Mas o povo, como cordeiro que mais ordena, decidiu dar-se ao seu destino. Não demorará a recomeçar a balir e a clamar ó da guarda! É essa, a desilusão, a única constante nos gentios. Nicky Florentino.

(de Albergue dos danados)

sexta-feira, outubro 14, 2005

A despropósito de definições

Um cretino é sempre um cretino... tenha o que tiver vestido!

Há utopias e utopias

A minha "utopia" do dia?

Acabarem as constipações antes de começarem!

(desculpem o espirro e obrigado pelo "santinho")

quinta-feira, outubro 13, 2005

Há utopias e utopias

A minha "utopia" do dia:

Acordar em Ourém numa outra Ourém!

É inacreditável!

Andava-se, aqui por casa e pela Som da Tinta, numa azáfama por causa da exposição do Roberto Chichorro na Galeria Municipal, até com a satisfação de o termos por cá a "arrumar" o espaço, quando o carteiro nos trouxe o correio do dia e, nele, o Ourém-informação de Setembro, "informação municipal".
Folheámo-lo e detivémo-nos na penúltima página, no título "Programa Cultural 2005-Outubro".
Três acontecimentos para Outubro:
Feira de Antiguidades - a inciativa que tem a colaboração da "Livraria Saber Antigo" (com o que me congratulo...);
I Rota dos Pinheiros - uma simpática organização do BTT Clube dos Pinheiros;
XVI Festival de Bandas de Ourém - organização da Academia de Música de Ourém, que já coloquei na preenchida agenda.
É tudo!
Então... então e a abertura da exposição do pintor Roberto Chichorro, um nome maior das artes em Portugal (e não só, como dizem alguns), no dia 15 de Outubro, na Galeria Municipal, mantendo-se aberta até ao fim do mês? Como é possível que este acontecimento, que é um acontecimento cultural da maior relevância, não seja referido? Ainda se fosse no espaço Som da Tinta se poderia compreender, embora se não aceitasse... mas na Galeria Municipal, cedida pela Câmara, é absolutamente incompreensível e inaceitável!




Roberto Chichorro a descer da Galeria Municipal, depois de lá ter posto os seus quadros, a treinar para ir participar no acto cultural da Rota dos Pinheiros...

quarta-feira, outubro 12, 2005

Obrigado, Roberto

Há utopias e utopias

A minha "utopia" do dia:

Acordar cada manhã com uma utopia para o dia e para a vida... e ter tempo de a passar para aqui (se não, algumas perdem-se!)

segunda-feira, outubro 10, 2005

Há utopias e utopias

A minha "utopia" do dia:

Ser presidente da Assembleia Municipal de Ourém! (não eu mas o eleito da CDU que sou eu... o que é igual mas não é o mesmo, ou vice-versa)

Ainda as eleições... na Alemanha

Dois recortes (talvez) oportunos:

"O Partido de Esquerda é tratado como uma espécie de leproso
a que ninguém se quer aliar"
(Expresso de 24.09.2005)


"No rescaldo eleitoral, o partido "A Esquerda" reafirmou a sua recusa em formar governo com o SPD, devido à orientação neo-liberal, sublinhando que esta posição de princípio manter-se-á até serem revogadas as contestadas reformas dos sistemas de protecção social."
(Avante de 22.09.2005)

Quem são os "leprosos"?

Consequências de eleições

Oiço a rádio e parece que, na Alemanha, os dois partidos ao centro, os mais votados no conjunto do País, fizeram a partilha do "poder".
A juntar a outros factos mais próximos, sinto a cidadania agredida.
É este "poder" (político, delegado pelo povo ao escolher os seus representantes) a ser manipulado pelo verdadeiro poder. Assimilando democracia a capitalismo.
Na parte leste da Alemanha, onde o partido "a esquerda" foi o segundo em votação, com 25% dos votos, e no conjunto do país conseguiu 54 deputados, foi tratado como se "lepra" tivesse.
E tem! Tem a "lepra" de não ser deste sistema a que nos querem obrigar. É preciso lembrar que pelo menos 25% dos eleitores votaram contra esse sistema... apesar de estarem numa parte do país onde se viveu, com todos os erros e dificuldades, a verdadeira alternativa ao sistema e se quer fazer crer que foi "o inferno" e que "já deu o que tinha a dar".
Parece que não!

CDU - Objectivo alcançado!

O objectivo afirmado desde o primeiro dia foi alcançado: a CDU recuperou o seu mandato na Assembleia Municipal. E conseguiu-o folgadamente. Elegeu o 15º deputado municipal, só depois dele tendo sido eleitos 4 PSD e 2 PS. O CDS-PP perdeu um mandato. A AM ficou composta por 27 PSD (12 directos + 15 presidentes de junta), 10 PS (7 directos + 3 presidentes de junta), 1 CDS-PP e 1 CDU.A CDU obteve 5,73%, quando em 2001 teve 3,75%.Para a Câmara, a CDU teve 664 votos e 2,84%, quando em 2001 tivera 3,43% mas´sublinha-se que em 1997 tivera 1,51%. Comentários ficam para amanhã. Por agora, apenas uma calorosa saudação a todos os candidatos e a quem tanto trabalhou para este resultado ser possível, contribuindo para o resultado nacional que se releva.

(do blog CDUporOURÉM)

domingo, outubro 09, 2005


Já agora... uma confissão!

Ontem, gostei de ser o presidente da direcção (ainda não empossada) do Juventude Ouriense!
Pela equipa directiva que somos (seremos), por aqueles que nos proporcionaram um excelente espectáculo desportivo de hóquei naquele pavilhão da nossa vergonha, pelos "meus" "putos do hóquei" no Entroncamento, pelo comportamento dos assistentes (entusiático mas auto-controlado), pelo ambiente de amizade e convívio que vivemos os que foram ao Xico Santo Amaro confraternizar.
Assim gosto.

Há utopias e utopias

A minha "utopia" do dia:

Que o que eu ando dizendo aos meus vizinhos, por estes meios ou em encontros onde as nossas estradas se cruzam, tenha sido ouvido e entendido com a intenção e o compromisso com que dito foi. E feito será se.

Na longa espera apenas começada

Apeteceu-me ir buscar, à estante, umas velhinhas Notícias do Bloqueio (de há perto de 50 anos...) e, já agora, reproduzir este poema - datado, datado - do Papiniano Carlos:

CAMINHEMOS SERENOS

Sob as estrelas, sob as bombas,
sob os turvos ódios e injustiças,
no frio corredor de lâminas eriçadas,
no meio do sangue, das lágrimas
caminhemos serenos.

De mãos dadas
através da última das ignomínias,
sob o negro mar das iniquidades
caminhemos seremos

Sob a fúria dos ventos desumanos,
sob a treva e os furacões de fogo
dos que nem com a morte podem vencer-nos
caminhemos serenos.

O que nos leva é indestrutível,
a luz que nos guia connosco vai.
E já que o cárcere é pequeno
para o sonho prisioneiro,
já que o cárcere não basta
para a ave inviolável,
que temer, ó minha querida?:
caminhemos serenos.

No pavor da floresta gelada,
através das torturas, através da morte,
em busca dos país da aurora,
de mãos dadas, querida, de mãos dadas
caminhemos seremos.

Eu escrevi que o poema do Papiniano Carlos era datado?
Pois escrevi. Está bem, confirmo:
09.10.2005

Não disse... mas digo!

Puta que os pariu!,
já uma vez disseram que eu disse
e nos jornais publicaram.

Mentira!, tal não disse!,
mas agora digo,
digo que esses que disseram que eu disse o que não disse
não merecem as mães que os pariram
e que putas não eram
mas putas se tornaram
por tais filhos da puta terem parido como filhos!
E disse!
Ou melhor: tenho dito!

Eu fichei-vos no meu arquivo pessoal e intransmissível

Eu fichei-vos
ó mil-folhas,
ó mil-falhas,
ó mil hafres.
Que 30 mil virgens se saciem
nas vossas 1001 noites de ejaculação
até à vossa impotência final!

Eu bem os vejo

Eu bem vos vejo
ó camaleões,
que ontem eram lagartos,
que hoje são lampeões
e amanhã dragões;
que ontem eram vermelhos,
que hoje são rosas
e amanhã laranjas
(mas com a “máscara rosa” na gaveta
… para depois de amanhã
ou para quando útil lhes for).
Mas sempre, ó leões desdentados!, com esse cheiro a cama,
a promíscuo,
a suor (dos outros),
a esperma (não de amor mas de punheta,
às vezes a dois que é a mais triste de todas)

Uma manhã que começa uma longa jornada para a noite

sexta-feira, outubro 07, 2005

Em toalha de papel

Foi no Xico Santo Amaro, enquanto comia só, como em muitos outros lugares tem sido.
Estava irritado. Sei-o pelo que fui escrevendo na toalha de papel. Tanto o estava que algumas das coisas que escrevinhei na toalha de papel não serão publicáveis, isto é, não serão tornáveis públicas. Estas ainda o são.
Ao procurar "utopias" para os dias que iriam seguir, comecei a brincar com as palavras e fui rabiscando:

Há os "utópicos" como há os sem-utopias,
e também há os sem peias que são a modos de cemtopeias.

&-----&-----&

Mas... eu topo-vos,
ó cemtopeias!
Com o vosso ser sem peias,
com o vosso sem pudor,
com a vossa sem vergonha
… em cada pata
das cem patas que tendes.

&-----&-----&

Eu encaro-vos
ó duas-caras
(ou com três ou mais).
Com o vosso descaramento,
com o vosso descarado mentir,
… em cada cara
das vossas muitas caras
está a caracatura de um homem
com vergonha na cara.

Há utopias e utopias

A minha "utopia" do dia:

O reino da liberdade, sendo esta a consciência da necessidade.

terça-feira, outubro 04, 2005

Noite mal dormida/prrosa em verso parida

Seriam os barões uns ladrões?
E os condes estariam estáveis?

Terão sido as armas e os barões assinalados
e os duques e os condes condestáveis
mas os bichos, os simões, os ribeiros, os vieiras
e muitos mais plebeus que tais,
que da risonha já vila nova partiram,
das plagas ocidentais oureanas abalaram,
alguns passando até as fronteiras pátrias,
ao fim de lustros voltaram (*),
uns certos ilustres, outros não, tendo tido sortes várias,
mas voltaram todos os que saudosos estavam,
e chorosos ficaram
ao verem o que tinham desfeito e feito
da terra querida e não esquecida.
Pois esses quais,
encontrando-a triste, acinzentada e acimentada,
logo, com muitos que por cá ficaram
e outros que entretanto nasceram,
levantaram alta a sua voz e preito:
querem a sua terra devolvida ao respeito,
ao que era o seu antigo trilho e o seu velho brilho,
que era o dos quintais e das ruas de antanho,
que eram os largos e ribeiras das brincadeiras,
querem, enfim, o regresso à ancestral grandeza.
E querem-no com um querer tamanho
que irão conseguir a empreza!

Quando?
O tempo o dirá, ele que tudo diz,
mas… porque não começar já a 9 de Outubro de 2005?



(*) – se nenhum a vila nova, e os castelos, as fátimas e freixiandas esquecerem, alguns nunca estas paragens perderam das vistas.

Frutos de insónia

I have a dream,
como dizia o outro, o Martin Luther King,
a propósito de direitos humanos que direitos humanos eram!

Há utopias e utopias

Duas "utopias" minhas do dia, para (me) compensar:

Uma máxima:

No dia 9 de Outubro, Luís Vieira presidente da Câmara de Ourém (e reparem que tenho a modéstia de não falar em maioria absoluta, até porque é coisa de que não gosto)
(A Assembleia Municipal, comigo a presidir, ficaria atenta e crítica)

Outra mínima (como os serviços em ocasiões de greves...):

No dia 9 de Outubro, PS e PSD cada um com 3 três eleitos para a Câmara, a CDU com 1!
(Seria giro. Eu, na Assembleia Geral, como presidente, claro, iria gozar à brava!)

PS(salvo seja...): se mandasse estas "utopias" para a janelvira, a Elvira votaria em nós?

segunda-feira, outubro 03, 2005

Tirado da gaveta - 3

Esta vai em intenção do Nuno Silva (obrigado!):

A freira
e o “expresso”

Ia p’ró “expresso” das 10 mas o das 9.45 estava a chegar.
Corri à bilheteira.
À minha frente, uma freira.
Queria ir para Coimbra. Perguntava horários entre as 14 e as 17, horas de chegada, se era melhor comprar já, e, e, e…
Ainda tossi mas desisti quando vi o autocarro ir-se.
Continuou… mais isto, mais aquilo…
Eu quase explodia quando resolveu. Nada!
Comprei, em cima da hora-certa, o bilhete para o das 10 que, chegado às 10.25, partiu depois da meia-hora.

Perdi a manhã por culpa daquela… freira.
Há penitência p’ró pecado do egoísmo?

Tirado da gaveta

Mais uma história em 100 palavras (contem-nas), esta dedicada ao Pedro Gonçalves que me desafiou, não para uma aposta mas para tirar mais coisas da gaveta:
Aposta perdida

O “Palito” é assim. Simpático, bem disposto. E em duas palavras que diz, saem três palavrões. Dos graúdos…
Não será por isso... mas é homem que dá trabalho aos advogados.
Naquele dia, ao entrar no escritório, a "secretária do senhor doutor", antes dos bons dias, desafiou-o:
“Ó senhor “Palito”, antes que abra a boca… se o senhor sair daqui sem dizer uma asneira, pago-lhe um almoço, aceita a aposta?”.
O “Palito” adiou o caloroso “bom dia”, sorriu e, com ar de homem calmo e controlado, abriu a boca:
“Humm, ‘tá bem… já se fodeu… vai pagar-me um almoço!”


(História (mais ou menos!) verdadeira... como todas as ficções.)

domingo, outubro 02, 2005

Tirado da gaveta

Um comentário da Raquel, e uma conversa ouvida e reproduzida, levou-me a desengavetar um dos texrtos de uma colecção pessoal e privada a que chamo "Cem palavras" que têm exactamente 100 palavras.
Foi um concurso do DN que me desafiou e em que entrei. E ficou como exercício.
Aqui vai o promeiro, com uma saudação especial para a Raquel:

A televisão,
a “irmã”
e a “epidemia de gripe”


Tinha-me deitado meio-engripado.
Com alguma preocupação, mas tranquilo porque, na televisão, o D-G da Saúde (e outros) tinham insistido em que não havia epidemia.
Assim me levantei e pus a caminho.
No cafézito da “Rodoviária”, tomava o galão-e-queque do pequeno-almoço quando entrou a freira.
Cumprimentos reverentes dos donos-da-loja à “irmã” (mas não deles).
Ela sentiu-se obrigada a retribuir “Então, sr. António!, está melhor da gripe?, veja lá, que ainda ontem, na televisão, eles bem avisaram: anda por aí uma epidemia!, valha-nos deus…”
E ámen!

Como ser pároco de uma freguesia destas?!





Há utopias e utopias

O querido comentador (e de que qualidade!) Cid Simões está a por-me problemas... Ele tem razão quando levanta reservas quanto à utilização da palavra/conceito (como todas são) utopia. Mas já procurei remendar dizendo que estas "minhas utopias" serão mais desejos pelos quais luto ou não luto, e a utilização da palavra/conceito, não respeitando rigorosamente Moore (o tal que Cavaco Silva julgava que era um futebolista ou coisa assim, não foi?), é no seu sentido popular, próximo do desejo inalcançável desde que não se procure alcançar o que impossível parece ou o que os outros, os que estão bem como estão, acham que impossível é.
Por isso, a minha "utopia de hoje":

Fazer-em perceber... mesmo - ou sobretudo - quando me explico mal.

Sem prejuizo de aceitar o desafio do Cid Simões.

sábado, outubro 01, 2005

Há utopias e utopias

A minha utopia do dia (ou da madrugada):

DORMIR!

Esta é só para o dia de hoje ou outros parecidos...