domingo, agosto 01, 2010

Marx cortava as unhas dos pés!

Domingo de manhã!

Tempo de fazer coisas como cortar as unhas dos pés...

E de colocar uma "mensagem" como esta.

Em países como o que foi a República da Checoslováquia, integrados e a reforçar toda a campanha de mentiras históricas, de invenções e empolamentos desmesurados de crimes e erros (que os houve...) nos anos em que foram "países socialistas", experiências de que todos beneficiámos, e de que se fez brutal "inversão de marcha", apareceram umas coisas chamadas "museus do comunismo", tal como há "museus de cera" e "museus dos horrores" por todo o lado.

Em Praga há um, e do de Praga me trouxeram um "poster" em que - acho eu... - se pretende ridicularizar Karl Marx pondo-o a cortar as unhas dos pés.
Pois acho que, neste caso, os próceres do anti-comunismo falharam.
Marx tinha unhas (oh!, se tinha) e tocava excelentemente as "suas guitarras". Também tinha umhas nos pés e cortava-as de vez em quando. Como qualquer mortal.

7 comentários:

Justine disse...

Excelente post! Ridicularizas quem quer ridicularizar...l'arroseur arrosé:))))

Fernando Samuel disse...

Vejam bem o malandro!, até cortava as unhas dos pés, que horror!...

Um abraço.

Graciete Rietsch disse...

Que dizer então de quem não as corta?!!!!!!
Que ridículo deverá ser esse museu ao pretender ridicularizar um sistema que, mesmo com erros(de que ninguém está isento),nos permitiu, hoje, usufruir de tantos direitos!!!!!!

Um beijo.

Anónimo disse...

E tinha outro talento a analisar uma crise do capitalismo muito idêntica à actual. Na sua obra A Luta de Classes em França 1848-1850, sem sentimentalismos pequeno-burgueses, e com outra cultura intelectual afirma o seguinte: "Quem dominou sob Luís Bonaparte não foi a burguesia francesa mas uma fracção dela: os banqueiros, os reis da bolsa. (...). Ela ocupava o trono, ditava as leis nas câmaras e adjudicava os cargos públicos, desde os ministérios até aos arquivos.
(...). O déficit do Estado era precisamente o verdadeiro objecto das suas especulações financeiras e a sua principal fonte de enriquecimento. Cada ano, um novo déficit. Cada quatro ou cinco anos um novo empréstimo. E cada novo empréstimo oferecia à aristrocracia financeira uma nova ocasião de burlar um Estado mantido artificialmente à beira da bancarrota". Felizmente para a burguesia, hoje os trabalhadores não têm revolucionários como Marx ou Lenine. O revisionismo moderno é a charada do marxismo-leninismo...

Maria disse...

Delicioso post...
:))

Sérgio Ribeiro disse...

Justine - L'arroseur arrosé... intraduzível à letra! Uma adaptação à língua nossa: cuspir para o ar... Ora tomem!
Fernando Samuel - ... e o pior é que as unhas lhe cresciam outra vez, e outra vez, e outra vez... e sempre a tocarem melhor e a deixarem uma herança que nem o Carlos Paredes.
Graciete - É verdade. Muito do que, hoje, somos (e temos, hoje, como direitos) o devemos a uma luta que passa por esse trabalho e legado.
K. Marx - "Quem dominou sob Luís Bonaparte não foi a burguesia francesa mas uma fracção dela: os banqueiros, os reis da bolsa. (...). Ela ocupava o trono, ditava as leis nas câmaras e adjudicava os cargos públicos, desde os ministérios até aos arquivos.
(...). O déficit do Estado era precisamente o verdadeiro objecto das suas especulações financeiras e a sua principal fonte de enriquecimento. Cada ano, um novo déficit. Cada quatro ou cinco anos um novo empréstimo. E cada novo empréstimo oferecia à aristrocracia financeira uma nova ocasião de burlar um Estado mantido artificialmente à beira da bancarrota". PONTO FINAL!
Maria - Olá!

Abreijos

GR disse...

Afinal quando não há nada que se possa apontar, falam do trivial.
É ridículo!
E como tu fizeste mais um excelente post.

Bjs,

GR