Pecadilho de auto-citação? Que seja! É irresistível (ex-citação?)... após leituras interessantes e esclarecedoras sobre sair do euro ou não?
«A questão ser a favor ou contra o Mercado Comum não tem qualquer sentido, menos ainda do que a outra questão (...) que é a de se ser a favor ou contra a adesão ao Mercado Comum...
Não se é por ou contra o Mercado Comum!
(...)
Quase com solenidade afirmamos que há que se estar informado para tomar posição relativamente à relação a ter e a desenvolver com uma organização de espaço económico capitalista, como o é o Mercado Comum, tendo em atenção que ele mesmo está em permanente evolução. E com igual solenidade queremos afirmar que essa tomada de posição, qual ela seja, é uma tomada de posição que se insere na luta de classes, de que a integração economómica, as integrações económicas, são expressão, como respostas à internacionalização irreversível da actividade económica (...).
A questão não é ser por ou contra o Mercado Comum, tal como não é ser por ou contra a adesão ao Mercado Comum. A questão tem de ser localizada: a quem serve - hoje - esta forma de ligação a concretizar com este - de hoje - Mercado Comum?!»
(extractos do Posfácio, de Outubro de 1976, na contra-capa)
Não pretendo mais que reflectir. E contribuir para a reflexão. Com uma base teórica cada vez mais - cada dia mais - reflectindo (e reflectindo-se sobre) a realidade.
Fiz, para meu "consumo", um pequeno exercício: substitui "mercado comum" (de 1976) por "moeda única" (de 2011), a adesão (1976) pela "saída" (de 2011).
Foi... auto-pedagógico.
3 comentários:
A questão é,tão só,ser a favor deste sistema de pulhice,ou contra.
Um abraço,
mário
A resposta só pode ser uma: A moeda única, o euro (ou outro que seja o nome) serve ao grande capital, pois resulta do desenvolvimento capitalista na Europa, reflecta as relações sociais de exploração entre classes e a dominação colonial sobre os povos da periferia.
O importante é encontrar o caminho rumo ao socialismo.
Um beijo.
Enviar um comentário