sexta-feira, dezembro 06, 2013

Mandela - 1

Não quero ser mais uma voz a juntar-se a um imenso coro a que não pertenço. Mas, se a minha voz se não calaria se fossem poucos a falar de Mandela, não é por isso que deixarei de a fazer ouvir.Mesmo que sejam muito poucos a ouvi-la, ou melhor, a lê-la.
Morreu Mandela. Mas não terminou o seu contributo para o Longo caminho para a Liberdade

Hoje, queria ser capaz de vencer as cinco dificuldades para escrever a verdade de que fala Brecht, e ter a coragem, a inteligência, a arte, o discernimento e a habilidade para contar, aos que não viveram o dia 11 de Fevereiro de 1990, tudo o que senti quando, na televisão, me foi dado ver a saída de Nelson Mandela da prisão de Victor Verster, na cidade do Cabo, após 27 anos de prisão. 
Quando, na pequena Europa, parecia ruir tanto em que tantos acreditávamos, quando muitos eram arrastados nessa queda, ver aquele homem sair da prisão onde a luta o levara e vê-lo sair para a luta, para continuar a luta de que era um símbolo e afirmando-se apenas mais um, foi inapagável na minha vida e, decerto, na de muitos outros.
Mas, hoje, depois desta noite em que refolheei a sua autobiografia, vou transcrever breves trechos que vieram -com muitos outros e o exemplo de uma vida - dar força à vontade de também ser caminho, cada um à sua medida de ser humano. 

3 comentários:

Justine disse...

Um símbolo. Um exemplo. Um homem cuja vida foi um contínuo acto de coragem, integridade e coerência. Vai ficar sempre como um caminho.

Olinda disse...

Mandela ê, indiscutivelmemte,uma referencia de coragem e de lutador incansâvel de longos anos,pela liberdade .Mas,deixa-me muito confusa,as homenagens vindas de quem nunca ousariam prestâ-las ao Mandela jovem,lutador e revolucionârio.Como se passa de terrorista a prêmio Nobel,cuja atribuicao ê sempre duvidosa?Quanto ê preciso ceder,para se estar de bem com deus e o diabo?

Um beijo

Graciete Rietsch disse...

Um exemplo.
Nunca desistir da luta. Sem lutar, se nos conformarmos, seremos cúmplices.

Um beijo.