Euromoney
«Nos círculos de elite
em Lisboa, o colapso de Salgado é referido como o Madoff de Portugal"*,
lê-se no artigo, referindo que "à medida que alegações de fraude, evasão
fiscal e lavagem de dinheiro redemoinham em torno de Salgado e do seu agora
defunto império, há poucas lágrimas sobre a sua remoção súbita da banca
portuguesa»
* - se o "Madoff de Portugal" tiver a "sorte" do dos EUA,
leva com ele os "seguranças"?...
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«(...) O que me inquieta verdadeiramente nesta história é a desfaçatez com que
nos mentiram. Sabiam que havia riscos, mas mesmo assim preferiram contar ao
país apenas a parte da história em que o caçador mata o lobo mau. Esquecendo-se
de que, antes disso, o bicho já tinha engolido a avozinha e o Capuchinho
Vermelho.»
Eles mentem.
Uma e outra BES
13.10.2014
PEDRO IVO CARVALHO
Jornal de Notícias
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«(...) Ora, o ministro da Economia dedicou-se a essa tão estranha quanto arrebatadora arte de matar o morto. Em declarações ao "Expresso", Pires de Lima disse de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, sem nunca citar os seus nomes (coisa pouco recomendável do ponto de vista da ética), o que Maomé nunca se atreveu a dizer do toucinho.
Gestores "com estatuto de inimputabilidade especialistas na compra de prémios internacionais"; "apresentados como gurus da gestão" sem nunca terem dado provas; "um exemplo chocante de destruição de valor"; empresa "capturada por interesses particulares de um acionista" e "submissão a interferências políticas". Resumindo: um caos, um tremendo caos. Mas um caos apenas agora descoberto.
Nunca é bonito ver os fortes a baterem nos fracos. Pires de Lima podia, com a experiência política que tem, ter falado deste assunto com a delicadeza que ele reclama. Bastava-lhe, por exemplo, ter citado o fantástico Ambrose Bierce e dito que Bava e Granadeiro fazem parte, na opinião do ministro, da categoria dos "conhecidos": aqueles que conhecemos suficientemente bem para pedir emprestado, mas não suficientemente para emprestar. Estava tudo dito. Mas não: Pires de Lima quis pisar e repisar a campa do morto, tentando com isso exorcizar todos os pecados cometidos e, ao mesmo tempo, avisar os restantes gestores de topo. Só não percebeu que, ao fazê-lo, deu mais uma pancada na PT, ou no que dela resta. A empresa vale ainda menos depois das declarações do ministro.(...)»
A bela arte de matar o morto*
12.10.2014
Paulo ferreira
JORNAL DE NOTÍCIAS
JORNAL DE NOTÍCIAS
* rico morto!...
2 comentários:
Depois de ler tudo,sô me ocorre a palavra:podridao.Ê tudo tao sôrdido e tao assustador...
Um bjo.
O crime está impune.
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