O mundo às avessas ou a informação em pino

Há que acompanhar com a maior atenção a Cimeira das Américas. E, também, acompanhar como é acompanhada esta importante reunião...

Os pre(a)núncios da Cimeira na comunicação social mostram a sua importância mas, ao mesmo tempo, pervertem-na ou escondem o que deveria ser mostrado ou sublinhado, revelando uma informação que, por vezes, parece em pino.

É evidente que importa relevar a participação de Cuba na reunião, mas não como se o significativo fosse a posição de Obana e o aperto de mão a Raul Castro. 

Não é escamoteável a intenção de fazer passar a mensagem da boa vontade do presidente dos Estados Unidos, na mesma linha da posição em relação ao Irão. Parece necessário lembrar que, se há (a haver) uma mudança de posição dos EUA relativamente a situações de bloqueio e de conflito, essas situações foram criadas por quem agora recuaria ou teria alterado a estratégia por força pelas circunstâncias.

E há, também, que sublinhar a importância que terá esta Cimeira para a correlação de forças relativamente à Venezuela com o apoio que se espera que venha a ter na reunião, e que, surpreendentemente, parece surpreender os Estados Unidos e o seu presidente e "staff".