Para o Nobel da economia,
O euro é “um erro”
13/12/2016
Se a União Europeia quer sobreviver e prosperar, deveria lançar um processo
de descentralização e deixar os Estados decidir mais, diz Oliver Hart, prémio
Nobel de economia. Um artigo de EurActiv Espagne (Carmen Rodriguez).
No dia 9 de Dezembro, Oliver Hart e o
sue colega Bengt Holmström receberam o prémio Nobel pelos seus trabalhos sobre
a teoria dos contratos, que vai da privatização aos salários dos PDG.
Para o economista britânico, Bruxelas foi
demasiado longe e a palavra de ordem da economia europeia deveria ser «descentralização».
Se a UE abandonar a sua tendência para a centralização, poderia sobreviver e
prosperar, de outro modo correrá para a queda, segundo ele.
Este professor de Harvard insiste também
na falta de «homogeneidade » entre os Estados-membros, impede que a UE seja
considerada como uma entidade única. Assim, designa como «erro» a tentativa de
criar uma união única.
As inquietações dos Estados-membros
quanto à centralização dos poderes e dos processos de decisão deveriam ser, por
isso, segundo Oliver Hart, reguladas atribuindo competências às respectivas
capitais.
No entanto, o prémio Nobel admite que a UE
deve guardar o controlo de «certos domínios importantes», como as livres trocas
e a liberdade de circulação de trabalhadores. Reforça pessoalmente esta última
questão, acrescentando que «compreende
apesar disso os problemas políticos que a envolvem»,.
Bengt Holmström também referiu que a UE
devia «redefinir as suas prioridades,
limitar as suas actividades e o pendor regulamentar, a fim de se concentrar no
que possa fazer em domínios essenciais».
Este economista finlandês, que ensina no
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), declarou que Bruxelas deveria reestruturar
o seu sistema de governança e as suas regras de base, para as tornar «mais claras e mais simples».
Oliver Hart considera igualmente que «o euro
é um erro», opinião que defende desde a introdução da moeda única. Ele acha, assim,
que a UE deveria abandonar a sua moeda, e que Londres foi «manhosa» ao não
aderir a ela.
Além disso, o economista é crítico dos
projectos de Donald Trump, e preocupa-se particularmente com a política de
desregulamentação financeira prevista pelo futuro presidente.
Tanta questão!,
sem se pôr em questão
o que está na génese e no seio
das questões
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