um blog pessoal. com o que vier à "rede".
do Zambujal e arredores, isto é, sobre nós e os outros, sobre Ourém e o resto do Mundo.
quarta-feira, setembro 14, 2005
agora, agora, aqui, grito
agora, agora! aqui!, abomino o pragmatismo, o "realismo", o "faz-se o que se pode" (não me podam!).
Solenemente, declaro-me utópico, incuravelmente.
Chamem-nos loucos ... como aos poetas.
4 comentários:
Anónimo
disse...
Dias assim! Só os poetas os têm! Um sentimento profundo Um olhar imenso As palavras! Essas correm como gotas de água! E nós comuns mortais, realistas, pragmáticos, triviais! Encostamo-nos a um canto, Admirando a fantasia dos poetas!
Tu nem precisavas de gritar, Sérgio. Sabemos bem que jamais calçarás as pantufas do conformismo. Mas é bom o grito, o desabafo. Contra a inevitabilidade do sistema em que nos querem encerrar. Pessoalmente, vivo sabendo que defrontamos meios, pessoas, aparelhos e ideologias colossalmente mais fortes. E depois? Luto por necessidade fisiológica, como respiro. Por utopia, pois então. Não é utopia olhar um filho de 2 anos e desejar que seja feliz? Ou olhar uma flor e dar-lhe por destino o reflorir de novo, em Abril ou outro mês da nossa esperança, as ruas deste país pejadas de gente infame? A utopia é a seiva da nossa existência. Gritemos pois, o mais possível em uníssono, sabendo que a Revolução não está ali, ao dobrar da esquina; mas nem por isso deixa de aquecer tão intensamente os nosso corações. Hoje sinto uma vontade imensa de que todos os meus amigos te conheçam. Para perceberem a diferença, não por culto de personalidade, a que nós os comunistas somos tão adversos. Mas porque te admiro profundamente e sei que, conhecendo-te, fica mais fácil para as pessoas entenderem o que desejamos para esta pátria e este povo. E nem é assim tão complicado: mais "Som da Tinta"; mais paixão pelos amigos; pelos animais; mais aversão à iniquidade da exploração do ser humano; mais democracia, mais liberdade; mais futuro. Sim, afinal o grito é necessário, nem que seja para nos certificarmos de que estamos vivos.
Que seria do mundo e dos pragmáticos(mesmo bem intencionados, como eu)se não houvesse utópicos, como tu! E lá vou dizendo que a forma do "grito" está excelente(não abdico do meu papel de crítica...)
Meus caros amigos e minha querida, obrigado pelo eco que dão aos meus gritos. Grito porque, às vezes, não posso deixar de o fazer. E vocês aproveitam para me passarem "provas de vida", para me ajudarem muito... mas eu não tenho alternativa. Estou vivo. Assim, Abomino o pragmatismo, o que é bem diferente, enquanto ideologia, do critério da prática social, e também da eficiência e da "arrumação" que invejo e queria ver se "comprava" umas doses. Mas não se pode ser louco, poeta, utópico e ser, também, prático, eficiente, "arrumado"? Será pedir muito? Pragmático, realista, no colete de forças do possível, aderente de mudanças... de moscas?, isso é que não!
4 comentários:
Dias assim!
Só os poetas os têm!
Um sentimento profundo
Um olhar imenso
As palavras! Essas correm como gotas de água!
E nós comuns mortais,
realistas, pragmáticos, triviais!
Encostamo-nos a um canto,
Admirando a fantasia dos poetas!
GR
Tu nem precisavas de gritar, Sérgio. Sabemos bem que jamais calçarás as pantufas do conformismo. Mas é bom o grito, o desabafo. Contra a inevitabilidade do sistema em que nos querem encerrar. Pessoalmente, vivo sabendo que defrontamos meios, pessoas, aparelhos e ideologias colossalmente mais fortes. E depois? Luto por necessidade fisiológica, como respiro. Por utopia, pois então. Não é utopia olhar um filho de 2 anos e desejar que seja feliz? Ou olhar uma flor e dar-lhe por destino o reflorir de novo, em Abril ou outro mês da nossa esperança, as ruas deste país pejadas de gente infame?
A utopia é a seiva da nossa existência.
Gritemos pois, o mais possível em uníssono, sabendo que a Revolução não está ali, ao dobrar da esquina; mas nem por isso deixa de aquecer tão intensamente os nosso corações.
Hoje sinto uma vontade imensa de que todos os meus amigos te conheçam. Para perceberem a diferença, não por culto de personalidade, a que nós os comunistas somos tão adversos. Mas porque te admiro profundamente e sei que, conhecendo-te, fica mais fácil para as pessoas entenderem o que desejamos para esta pátria e este povo.
E nem é assim tão complicado: mais "Som da Tinta"; mais paixão pelos amigos; pelos animais; mais aversão à iniquidade da exploração do ser humano; mais democracia, mais liberdade; mais futuro.
Sim, afinal o grito é necessário, nem que seja para nos certificarmos de que estamos vivos.
Que seria do mundo e dos pragmáticos(mesmo bem intencionados, como eu)se não houvesse utópicos, como tu!
E lá vou dizendo que a forma do "grito" está excelente(não abdico do meu papel de crítica...)
Meus caros amigos e minha querida, obrigado pelo eco que dão aos meus gritos.
Grito porque, às vezes, não posso deixar de o fazer. E vocês aproveitam para me passarem "provas de vida", para me ajudarem muito... mas eu não tenho alternativa. Estou vivo. Assim,
Abomino o pragmatismo, o que é bem diferente, enquanto ideologia, do critério da prática social, e também da eficiência e da "arrumação" que invejo e queria ver se "comprava" umas doses.
Mas não se pode ser louco, poeta, utópico e ser, também, prático, eficiente, "arrumado"? Será pedir muito?
Pragmático, realista, no colete de forças do possível, aderente de mudanças... de moscas?, isso é que não!
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