quarta-feira, setembro 07, 2005

PASSEIOS À VOLTA DA CASA E DA MEMÓRIA - Itinerário 1 - 2

(continuação)

Um “bom dia, vizinho” atirado para o longe, onde chegou a voz que o tractor (ainda) não abafou e de onde veio a resposta, a saudação, o sinal da convivência.



À direita do nosso caminho, a pequena encosta e mata do Malhão que, há muitos anos, foi lugar de mistérios para mim, e onde os pirilampos acendem luzes quando voltamos do Xico Santo Amaro.


Mas à esquerda, lá ao fundo, está uma das minhas referências. Uma das “herdades” onde o meu pai me levava nas suas “voltas de proprietário”.


Era a mais pequena de todas, a Ruçadita, onde – dizia o meu pai a brincar – um burro deitado ficaria com o rabo de fora. Ficava, a terra que nossa era, mesmo ao pé do ribeiro que ali passa e vai alimentar, quando água leva, a ribeira de Seiça, depois de a outras se ir juntando, depois o Nabão, depois o Zêzere até ao Tejo e ao mar, se a geografia não está de todo esquecida.

Em frente, como tinha de ser, os Castelos. Lá ao longe, como de quase todos os lados… menos das vistas da casa.

Chegamos à primeira encruzilhada. E é nelas que se tomam decisões.

(continua)

6 comentários:

André Silva disse...

Com os cumprimentos de conterrâneo da Freguesia e admirador da sua pessoa...quando poder visite http://atouguia.blogspot.com/

Sérgio Ribeiro disse...

Lá vou já.
Obrigado pelo convite.

Elvira disse...

Um cantinho encantador, que resiste no meio da fúria das casas de emigrantes e dos empreiteiros locais...

Anónimo disse...

Os locais são como as pessoas, uns são fotogénicos, outros não. Estes lugares à volta da casa, nas fotos, parecem mais amplos,mais luminosos.
Ou então é ao contrário: são as fotos que des-cobrem coisas que os olhos, no olhar de todos os dias, não conseguem ver.

Anónimo disse...

Tanta paz, tanto verde, tanta beleza!
Local de passeios retrospectivos, onde se pode meditar, conversar, conviver com tranquilidade!
Onde as horas passam, sem atropelos!
Onde os pássaros se fazem ouvir e as cigarras á noite nos embalam!

Conseguisse eu estar dois dias, assim!
Mas o betão, a confusão, a poluição, as horas que fogem, fazem-me falta!Muita falta!
Pobres daqueles (eu) que já não sabem o que é qualidade de vida!

GR

Sérgio Ribeiro disse...

O convite não foi só para visitares o blog.
Temos de combinar outro tipo de visita.
Até já!