Confesso alguma perturbação desde que soube da novidade. Saltou-me logo a tampa da caneta (é como quem diz...), mas travei.
Li e ouvi melhor. À primeira impressão fiquei com a ideia que o homem derrapara. Embalado por um aparente protagonismo na "crise grega", todo impante por ser o parceiro do directório mai-la D. Ângela, o homem tinha embalado em "la grandeur française", derrapara e estampara-se.
No meio de toda a confusão "europeia", com a U.E. a 29, o Eurogrupo a 19 (ou 19 - 1 = a 18, como diria o outro), com os directórios (em refeições ocasionais) de emergência, com a imagem do funcionamento democrático absolutamente de pantanas, era lá possível! Ali também deveria haver mãozinha germânica.
Afinal...
Afinal, parece que não (parece...). O François pôs-se a pensar (ai! balha-me deus...), duplamente em desespero, ou desesperado ao quadrado. Com o futuro da "Europa" e com o papel da França na Europa e no mundo. Terá pensado (ai! balha-me deus...): "tenho de encontrar uma solução e tem de ser françoise!" .
E vai daí... um orçamento para o Eurogrupo que vier a sobrar deste terramoto, um parlamento para 6 Estados (ou menos), um governo monetário de 6 (ou menos), um Banco Central para 6 (ou menos), tudo sob o comando dos 6 (ou menos, ou dos dois, ou de um... o francês).
O resto (a Europa, enfin!...) a cumprir, perifericamente, as directivas dos 6 (ou menos... porque a Itália...).
Quando eu andava na escola, a receber e a transmitir conhecimentos sobre uma matéria chamada integração económica falava-se muito dos 6 do Tratado de Roma, antes do 1º alargamento (1972) houve um plano Werner que até 1980 criaria - a 6! - a moeda única, mas ficou tudo no tinteiro, com esse primeiro e outros alargamentos e outros planos, tal o do sr. Tindemans (de 1975) que projectava o núcleo super-integrado (com os 6 e - talvez - o Reimo Unido) e a criação de uma periferia, e duas velocidades (ou mais).
E por aí se tem avançado. Às apalpadelas. Com resistências, com lutas, com revezes: Com irresistível tomada de consciência. Apesar da intoxicação ideológica.
Agora por esta de se vir fazer batota com o conta-quilómetros para vender como a sair do stand o carro escavacado (não é piada...) é que não esperava. E não escrevo mais porque se faz tarde.
2 comentários:
Estes furúnculos tornaram-se virais na UE, há que lhes extirpar o carnicão.
Escavacado estâ este projecto europeu!Bjo
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