Há coisas que parecem tão básicas que nos são difíceis de explicar. Ou de argumentar sobre elas. E há outras tão transcendentes que as reconhecemos impossíveis - no nosso actual estádio de conhecimento - de as discutir. E compreendamos que haja quem as envie para a área do metafísico,
Agora fazer do básico transcendente e transformar o evidente em milagroso parece-nos francamente abusivo. Um abuso da e desrespeito pela inteligência dos outros.
Custa a crer que possa ser escrito, por alguém, que até pouco crente se diz, que remete para a área dos milagres que se lute contra os excessos da exploração, contra o alargar dos riscos de pobreza e de indignidade e, simultaneamente, se lute por uma transformação do mundo, por uma sociedade onde não haja exploradores e explorados, se lute pela paz onde quer que esteja a ser agredida e se lute, ao mesmo tempo, pela extinção de organizações criadas para e fautoras de agressões contínuas contra a paz. Para mais com o impossível desconhecimento de que, sem se lutar por uma coisa chamada "poder", se não hesitou em fazer alianças com quem também estivesse contra o fascismo e a guerra colonial, independentemente de posições ideológicas ou de credo religioso.
Na perturbação e barafunda que vai pelos mercados e serventuários temos lido coisas inacreditáveis. Até por serem, ou mesmo sendo publicadas onde são.
É certo que a coluna de Daniel Bessa "nos entrou em casa" - ou nas vizinhanças uma vez que vivemos à beira de Fátima... -, e talvez por isso, se tivéssemos de dar um prémio da cretinice a uma das "resmas" de "opiniões" sobre o momento que atravessamos, escolheríamos o seu text(icul)o o milagre, no Expresso de sábado. Como é possível tal chorrilho?
Arquivamo-lo como antológico que é.
2 comentários:
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