Pode parecer estultícia estar para aqui a publicar reflexões pessoais (e lentas) a modos de quem anda a falar sozinho a julgar pela ausência de reacções ou comentários, como nos revelam os roda-pés.
Quando se me põe essa questão, e porque estulto não quero ser enquanto lúcido me avalio, logo me recupero ao ter, com frequência, sinais de que alguém leu e comigo quer reflectir (para apoio ou desacordo...), e quando espreito o número de visualizações, como por exemplo o do último "post", que não provocou um único comentário mas teve (por agora...) 40 visualizações (a muitas léguas de lonjura da audio-vsualização das "comentadores de serviço" ou de alguns "facebooks"... mas animadoras). Por isso, o continuo.
Quando se me põe essa questão, e porque estulto não quero ser enquanto lúcido me avalio, logo me recupero ao ter, com frequência, sinais de que alguém leu e comigo quer reflectir (para apoio ou desacordo...), e quando espreito o número de visualizações, como por exemplo o do último "post", que não provocou um único comentário mas teve (por agora...) 40 visualizações (a muitas léguas de lonjura da audio-vsualização das "comentadores de serviço" ou de alguns "facebooks"... mas animadoras). Por isso, o continuo.
Dizia eu, então - ontem, por esta hora - alinhando reflexões que me vieram a servir de base para uma"aula" (muito viva e interessante... enão por mérito meu) na USOurém, que "sobre a utilidade dos votos e suas consequências, na perspectiva da luta de massas, tratarei, comentando, em próximas reflexões..."
E, embalado pelo pendor aritmético das anteriores, estas de hoje podem seguir a trilha. Com a diferente composição e consequências que teriam o número de deputados se outros tivessem sido os nossos votos (de todos nós) e ps não-votos (também nossos).
Perante um situação e evolução económica e social objectivas, em contínua degradação, pobreza e riscos de pobreza (em desempregados mas, também!, em empregados), com procura na emigração de saídas pessoais e familiares, com uma comunicação social invasora que, apesar de todos os esforços, não conseguia esconder a crescente falta de credibilidade (as mentiras!) dos que tinham o encargo de governar, à convergência de tanta coisa negativa juntam-se as campanhas "passa-culpas" sendo todos os partidos igualmente responsáveis e todos os políticos iguais a não quererem senão poder,"tacho", corrupção (culpa da democracia, enfim!), como se não houvesse troikas (externa e interna) e quem combatesse as malfeitorias com capa austeritária e procurasse esclarecer e mobilizar as massas
Assim, as condições subjectivas das massas têm de estar desajustadas das condições objectivas, particularmente pelos resistentes e sempre alimentados preconceitos anticomunistas, deformações e desinformações das posições das organizações partidárias e sindicais de classe. E tem-se verificado, em momentos cruciais do processo histórico, o aparecimento de grupos, partidos, movimentos que desviam as massas da mobilização e tomada de consciência para posições que, tendo por base as condições objectivas, são de desespero, de imediatismos, de demagogia. Nem todos (grupos, partidos, movimentos) com boas intenções... todos atrasando a indispensável tomada de consciência.
Passemos, de novo e em passagem ilustradora, ao concreto próximo.
Só o enorme trabalho colectivo, a luta contínua com as massas, terá possibilitado o "cenário" que se verifica em Portugal e impedido outros como, por exemplo, a de ainda maior crescimento do BE que possibilitasse (com o os deputados do PS) uma maioria absoluta (86+30, 95+21 ou qualquer outra combinação "a dois" que somasse 116) pelo que, para essa maioria deixariam de ser necessários os deputados do PCP. Quão diferente seria a situação objectiva institucional, por via do modo como as massas, votando, disseram do seu estado subjectivo.
São os dados a ter em conta. Nas reflexões e nas interpretações das acções que decorrem das eleições de 4 de Outubro. Demonstrando a necessidade de (sempre e ainda mais!) informar e esclarecer as massas (que somos todos nós). Como tarefa fundamental de quem quer ajudar a transformar o mundo. E se é necessário!... vital!
1 comentário:
È certo,que houve muito trabalho colectivo,para contrariar a desinformação e todas as intervenções ao serviço dos de cima.O resultado está à vista,e não outro,como dizes.Mas,também,dadas as condições objectivas,poderia ter sido muito melhor...Teríamos muito "pano para mangas",mas o post,mais uma vez,fez-me reflectir.Obrigada.Bjo
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