páginas de um (quase-)diário:
17.12.2016
Queria escrever sobre mim e outras coisas, mas
sinto-me tão escandalizado que, momentaneamente, estou incapaz de fazer outras
coisas que não seja… desabafar.
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Por escrito, sucintamente.
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Aqui… que é onde estou.
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Acompanhando (ou querendo acompanhar, cidadamente) tudo, interessei-me
pela Síria e, agora, Alepo.
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Entre outras fontes de informação, consulto tudo o
que o Expresso, esse ícone da informação bem burguesmente informada (!), edita.
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Vi, de
raspão, algumas referências insinuantes e insidiosas, à “Asma de Assad” (Expresso
diário, de 15.12.2016 – Três presos políticos
portugueses na Venezuela. Football Leaks, num caso ainda mais singular. As
matrioscas de Temer e a Asma de Assad).
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Com a reincidência de hoje, passei do raspão ao tropeço
na referência, e cito:
“(sobre a Síria pode ler ainda o Arquivo Expresso que
publicámos esta quinta-feira, um artigo da Margarida Mota publicado originalmente
na Revista no qual a autora nos apresentava quem é e que vida (faustosa) tem a primeira-dama, Asma Assad)”
(em As escolhas do editor, de 17.12.2016)
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E do tropeção fui até à leitura de que “…vida (faustosa) tem a primeira-dama,
Asma Assad” (meu sublinhado), hoje, de que, ao mesmo tempo, se dá o quadro mais catastrófico do que se estará a viver em Alepo.
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Pois o re-citado artigo da colaboradora do Expresso é
de 24 de Março de 2012!
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Fiquei escandalizado.
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Dir-me-ão que casos destes não faltam, e eu sei que não…
mas fiquei impressionado/escandalizado com a subtileza, a insidiosa insinuação,
a filha-de-putice que já não deveria escandalizar.
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Fiquei… e respiro fundo o ar lavado que me vem do quintal,
aliviado por me ter indignado e desabafado.
1 comentário:
Tens sempre o ar do quintal, para poderes respirar melhor por algum tempo!
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