... junto-me aos muitos que se lembraram e evocaram o conhecido poema do Drummond de Andrade:
domingo, dezembro 31, 2017
A do Caldas em versão bácora
Acertar num alvo merece aplausos por boa pontaria!
Acertar em mais que um alvo com um único (e pequeno) tiro merece ovação e divulgação.
Boa!, Pata negra-rei dos leittões... Assim dá gosto investigar.
A IMIculada do Largo dos Caldas
Dadas as conhecidas afinidades entre clero e CDS, não se estranha a existência de sedes do partido que sejam propriedade da Igreja. Pela Concordata, muitos dos edifícios da Igreja Católica e Apostólica Romana estão isentos de IMI - parece que a sede do Largo das Caldas está nessa situação.
Só leio o Observador em trabalho de investigação:
(- Ó Observador, o PSD absteve-se?! Não estarás enganado?)
Só leio o Correio da Manhã em trabalho de investigação:
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CDS,
Cristas,
Pata Negra. Rei dos Leittões
sábado, dezembro 30, 2017
Não será demasiado descaramento?
do quase-diário:
(...)
Isto
é de tal modo irrisório,
construído a partir de uma frase que teria sido dita,
construído a partir de uma frase que teria sido dita,
que até me pergunto se não estarei,
com a minha insistência,
a “ajudar à festa”.
com a minha insistência,
a “ajudar à festa”.
&-----&-----&
Talvez,
mas além de tal contributo ser insignificante
- um pequeno fósforo num imenso fogo de artifício -
sempre denuncia uma presença e… ajuda ao desabafo.
- um pequeno fósforo num imenso fogo de artifício -
sempre denuncia uma presença e… ajuda ao desabafo.
&-----&-----&
(...)
sexta-feira, dezembro 29, 2017
VENEZUELA, a falta de pernil e o impéri(alism)o
do quase-diário:
«(...)
Mas… logo se ultrapassam a si próprios os nossos meios de comunicação social ao serviço do impéri(alism)o, dos USA e seus cúmplices.
«(...)
(ontem, na madrugada) ainda li o Correia da Fonseca no avante!.
&-----&-----&
Com
o gosto e proveito semanais…
Uma espécie de sigilo
A televisão portuguesa,
dividida nas suas diferentes empresas operadoras como pessoas distintas de uma
só realidade verdadeira (o que talvez nos recorde qualquer outra coisa), tem
para connosco cuidados que por vezes parecem verdadeiramente maternais: não só
nos educa, é claro que segundo critérios seus, como permanentemente está alerta
para que nada nos desvie do bom caminho e nenhuns eventuais maus exemplos nos
venham perturbar. Um caso concreto deste desvelo aconteceu recentemente e não
decerto por força da proximidade do Natal. É que há poucas semanas se
realizaram na Venezuela, esse país terrivelmente mal comportado que se atreveu
a nacionalizar o seu próprio petróleo, eleições autárquicas para disputa do
poder local em 335 municípios e 23 capitais regionais. Parecia, naturalmente,
que os venezuelanos se atreveriam a contestar a dura repressão que os mediademocráticos
não se cansam de denunciar e, para tanto, acorreriam aos lugares de voto para
derrotar os candidatos apoiantes do governo Maduro. Também desta vez terá
havido observadores do acto eleitoral, sem o que teriam ocorrido denúncias
públicas e veementes. Feitas as contas, porém, os resultados foram
desanimadores: os apoiantes de Maduro venceram em 300 dos 335 municípios e em
19 das 23 capitais de distrito! Sejamos sinceros: com tão fragorosas derrotas
nem dará gosto ser democrático nem é rentável o generoso e permanente apoio dos
Estados Unidos da América.
Cumprir a norma
Felizmente, a televisão
portuguesa vela por todos nós e não gosta de nos afligir com notícias tristes:
quanto a amarguras, bem basta o constante regresso aos lugares queimados no
nosso País desde 17 de Junho a 15 de Outubro, regresso que não apenas tem o sinal
de solidariedade para com as vítimas da desgraça como a vantagem de nele sempre
poder ser incluída uma seta envenenada dirigida aos responsáveis supostos ou
não. Assim, decerto para não nos entristecer com notícias amargas, a informação
acerca dos referidos resultados eleitorais na Venezuela foi reduzida a um
mínimo tempo de antena quando não de todo esquecida. Repare-se que nem sequer
houve o trabalho de noticiar os resultados havidos, assim se neutralizando
antecipadamente uma eventual acusação de eliminação por puros métodos
censórios, para logo de seguida se pulverizar a informação com suspeitas de
viciação que mesmo sem qualquer prova teriam algum efeito: para sementeiras
desse género é que o terreno, que neste caso são as cabeças dos telespectadores,
está sempre bem preparado. Mas a opção escolhida foi a de envolver esses
resultados eleitorais numa espécie de sigilo. Como em tempos dizia um
estribilho publicitário, é fácil, é barato e dá milhões. Neste caso os milhões
são duvidosos, não sendo plausível, bem pelo contrário, que tenham um directo
carácter financeiro. Mas em verdade continua em vigor o dever, agora já não
expresso em letra de forma, de «activo repúdio do comunismo e de todas as
ideias subversivas». Cumprir a norma pode continuar a ser obrigatório, a
obediência tem muitos caminhos e os diversos poderes estarão atentos.
Correia da
Fonseca
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E teria
sido útil mostrar esta imagem:
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E,
hoje, comecei o dia por vir procurar notícias na net, para me actualizar sobre a
Venezuela… e o caso do pernil de porco J !
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pt.euronews.com/tag/venezuela
Venezuela | índice
alfabético de todas as notícias
- internacional, economia, política, ciência e cultura
- que passaram na euronews.
Notícias principais
Diário de Notícias - Lisboa
há 18 horas
RTP
há 1 dia
Diário de Notícias - Lisboa
há 1 dia
&-----&-----&
Se
isto não fosse tão sério, seria de um ridículo hilariante
&-----&-----&
Mas… logo se ultrapassam a si próprios os nossos meios de comunicação social ao serviço do impéri(alism)o, dos USA e seus cúmplices.
&-----&-----&
O Público de hoje já me veio notificar que,
afinal, o pernil de porco ficara retido na Colômbia!
&-----&-----&
«Agora a culpa pela falta de pernil no Natal
venezuelano já não é de Portugal. Afinal, o pernil está retido na Colômbia,
segundo afirmou o ministro da Agricultura e coordenador dos Comités Locais de
Abastecimento e Produção (CLAP), Freddy Bernal.
"Informo a Venezuela que 2200 toneladas
de pernil estão
retidas na Colômbia. A sabotagem não é só dos EUA ao congelar as contas dos que
vendem comida ao país, agora o governo colombiano retém os pernis há sete dias
na fronteira de Paraguachón", escreveu Bernal no Twitter.»
&-----&-----&
Isto
é insuportável… de riso e de lágrimas!
&-----&-----&
Para
protesto e indispensável DENÚNCIA.
Até pela exigência de lembrar o bloqueio a Cuba e o golpe criminoso do Chile, e a tão recente vergonha (para todos nós) do Brasil.
O impéri(alism)o em todo o seu esplendor (e ridículo!). Que não precisou de Trumps ou outras diversões, de que, agora, se socorre!
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Venezuela
quarta-feira, dezembro 27, 2017
A posição do PCP sobre o financiamento dos partidos e o silêncio que a rodeia em contraste com a escandalosa barulheira que por aí vai...
NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP
Sobre alterações à Lei de Financiamento dos Partidos Políticos
1 – A lei do financiamento dos Partidos Políticos e das campanhas eleitorais, aprovada em 2003 por PS, PSD e CDS, teve e tem a firme oposição por parte do PCP. As alterações agora introduzidas pela Assembleia da República em 21/12/2017 não mudam a sua matriz essencial. Não passamos a ter outra legislação. Mesmo as soluções propostas pelo Tribunal Constitucional e que ficaram plasmadas nas alterações consensualizadas, não são as nossas soluções, nomeadamente no que se refere às competências próprias que são atribuídas à Entidade das Contas.
2 – Lei que, como logo o PCP afirmou em 2003, é uma lei antidemocrática pois impõe limitações à liberdade de actuação dos partidos e confunde fiscalização com ingerência, viola normas e princípios constitucionais, fere a liberdade de organização política e constitui um passo no sentido da consagração da ingerência do Estado na vida interna dos Partidos.
3 – A lei do financiamento dos Partidos e campanhas eleitorais, mesmo com as alterações agora introduzidas, continua a não ser democrática, pois mantém por principal objectivo dificultar ou mesmo impedir a recolha de fundos assente na iniciativa própria e na contribuição dos membros do Partido e seus simpatizantes e mantém o pendor do financiamento público dos partidos, através dos elevados montantes das subvenções estatais, que o PCP já propôs reduzir. É uma lei que continua a limitar a autonomia de financiamento dos Partidos face ao Estado e às entidades públicas. Das alterações agora introduzidas não resulta aumento das subvenções ou encargos públicos para com os partidos políticos, havendo sim a possibilidade de maior iniciativa própria na recolha de fundos com todo o tipo de controlo existente. Importa ainda esclarecer que relativamente à devolução de IVA, já consagrada, se visa pôr fim à discricionaridade de interpretações que tem existido por parte da Autoridade Tributária, ao mesmo tempo que se mantém o pagamento para tudo o que não tem a ver com actividade política.
4 – O PCP é um partido com identidade própria, não é nem será um departamento do Estado ou uma sucursal política dos grupos económicos e financeiros. A posição do PCP de consenso para a alteração desta lei absurda, antidemocrática e inconstitucional, como agora, 14 anos após a sua aprovação, é reconhecido, verifica-se face ao pronunciamento do Tribunal Constitucional e a melhorias introduzidas, apesar de insuficientes.
terça-feira, dezembro 26, 2017
Actividades "veneráveis" e "reverenciadas", respeitáveis
do Público:
António Guerreiro |
Jornalistas
e professores
A
profissão de professor encontra-se hoje tão deslegitimada e degradada como a
profissão de jornalista.
Não
há nenhuma classe profissional tão hostilizada nos jornais como os professores.
De um modo geral, todas as reivindicações dos professores são consideradas
ilegítimas e a classe profissional é vista como detentora de uma força sindical
da qual faz um uso abusivo. Diga-se, em boa verdade, que antes de enfrentar a
hostilidade do jornalismo, os professores tiveram de enfrentar as hostilidades
do modelo de gestão da escola e do ensino, numa guerra da qual saíram vencidos.
Foi-se reduzindo progressivamente o tempo de trabalho autónomo, que era uma
parte importante do tempo de trabalho de um professor (porque se entendia que o
saber – manual ou intelectual, técnico ou teórico, académico ou não — é um
direito à autonomia) e aumentando o tempo de trabalho controlado, que é hoje a
quase totalidade do trabalho docente. O professor ficou assim submetido ao
trabalho das classes proletárias, mas continua a recair sobre ele a imagem de
que é um animal de luxo. E aí começa a caça ao professor. Há já algum tempo que
começou a prosperar, por todo o lado, uma bibliografia que consiste em
testemunhos desencantados de professores e ex-professores.
No
princípio do século XX, a miséria espiritual da vida dos estudantes foi um tema
filosófico que ganhou algum relevo: no princípio do século XXI é a miséria da
vida espiritual dos professores que se tornou relevante. Dir-se-ia que os
professores integraram completamente um hábito muito próprio da escola, essa
instituição que passa muito tempo a falar sobre si própria. Se recuarmos,
talvez encontremos uma justificação para esta má relação entre jornalistas
e professores, que é mesmo uma inimizade se falarmos da relação entre o
jornalismo e a universidade. Neste caso, trata-se de uma velha inimizade com
uma história respeitável. Um eminente universitário italiano explicou-a em
termos muito parciais, até um pouco arrogantes e demasiado marcados por uma
pretensão de auto-legitimação: o discurso do jornalista situa-se na lógica da
opinião; o poder dos professores, pelo contrário, legitima-se em termos de
saber, isto é, o contrário da opinião. Pode ser que esta explicação tenha sido
de algum préstimo, num passado já distante; hoje, dificilmente podemos dizer
que o saber legitima qualquer poder dos professores. Há, no entanto, um
princípio de competição entre jornalistas e professores que remonta ao
Iluminismo, quando nasceu, em paralelo, tanto a universidade moderna como o
jornalismo moderno. Ambos, o jornalismo e a universidade, tiveram a seu cargo
uma missão crítica e de socialização do pensamento. Eles criavam uma cultura para
a sociedade e uma sociedade para a cultura. Segundo a concepção iluminista dos
jornais, eles deviam ser órgãos de formação colectiva de uma opinião pública
racional. E deviam ser não tanto o instrumento de expressão de uma esfera
pública pré-existente (como são hoje entendidos), mas mais o lugar de
constituição dessa esfera pública. Ora, se os jornais tivessem hoje de assumir
uma tal tarefa, já teriam desaparecido (e será que estão em risco de
desaparecer precisamente porque não sabem que tarefa têm para cumprir?). De
certo modo, a evolução da universidade e da escola (nalguns aspectos essenciais
podemos amalgamar as duas instituições) foi paralela à do jornalismo e hoje
todos têm de enfrentar um mundo que ameaça destituir a antiga função que
detinham, sem que essa extinta função tenha sido substituída por outra. E a
profissão de professor encontra-se hoje tão deslegitimada e degradada como a
profissão de jornalista. Uns e outros perderam o privilégio da autonomia e
reina sobre eles uma ordem gestionária.
A propósito:
"(...) A burguesia despiu da sua aparência sagrada
todas as actividades
até aqui veneráveis
e consideradas com pia reverência.
Transformou o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem de
ciência
em trabalhadores assalariados pagos por ela.(...)"
(Manifesto do Partido Comunista,
Marx e Engels. 1848)
segunda-feira, dezembro 25, 2017
Outras coisas...
do quase-diário:
23.12.2017
(...)
É
que, aparentemente, distraímo-nos (este tempo verbal plural não tem nem um nico de majestático...) e, com o beat do bitcoins (no meu caso) e com as decisões EUA-Trump sobre
Jerusalém-Palestina-Israel e suas consequências, ficaram na sombra aspectos
importantes da “conjuntura” como Venezuela e Catalunha).
&-----&-----&
O
mundo estreita-se permanentemente, estamos todos (os vivos, os que já viveram,
os que estão para nascer) sempre mais ligados, interdependentes (nas coevas
correlações de forças sociais, cada vez mais assimetricamente!), embora a
comunicação social (e evidentemente enquanto reflexo superstrutural dessas
correlações) nos informe ideológica e desequilibradamente, qualquer o critério
valorativo.
&-----&-----&
Por isso, recorro a dois excelentes companheiros desta
busca de tentar reequilibrar a informação por nossas vias e esforços.
AS PALAVRAS
SÃO ARMAS
SEXTA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2017
Nas
eleições autárquicas que tiveram lugar dia 10 de dezembro na Venezuela, o
Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e
o Gran Polo Patriótico Simón Bolívar (GPP) conquistaram
305 das 335 câmaras em disputa.
Claro
que a nossa media, com especial destaque para a televisão, andava
tão distraída que de nada se apercebeu ou talvez tivesse esgotado a lama que
lançou sobre a Venezuela ainda não há muito tempo.
Mas
o resultado foi este, e o seu silêncio velhaco não apaga a realidade.
QUINTA-FEIRA, 21 DE DEZEMBRO DE 2017
oferecer livros pelo Natal ou no mínimo
sugerir a compra de obras que nos esclareçam e elevem.
Conhecer
como e quem nos assassinou o 25deAbril que construímos e vivemos tão
intensamente, é dever de todos os que por ele lutaram e jamais esquecerão.
O 25 de Novembro de 1975 ainda tem muito para e por contar, pois o que ficou na nossa memória colectiva pouco tem a ver com o que se passou na realidade.
Ao cair do pano daquele dia, na execução de uma estratégia muito antes gizada por sectores político-militares, 152 trabalhadores da comunicação social estatizada de Lisboa foram afastados impiedosa e ilegalmente dos seus postos de trabalho.
Suspensos sem culpa formada, sem processo disciplinar e através de listas ad-hoc organizadas apenas por motivos político-ideológicos, ficaram em casa à força e sem salário. Recorreram para os Tribunais do Trabalho, da Relação e Supremo, e em todos venceram sem apelo nem agravo. Durante dois anos, e após ter consultado cerca de 60 processos que correram nos tribunais, fui ouvir dezenas de trabalhadores que passaram por esse tormento. Esta é, pois, uma das muitas histórias do 25 de Novembro que estão por contar. E nos dois últimos capítulos deixo-vos também, para meditar, uma nova versão, documentada, dos casos do jornal República e da Rádio Renascença, explorados sem pudor, aqui e lá fora, pelo PS e pela Igreja.
Ao cair do pano daquele dia, na execução de uma estratégia muito antes gizada por sectores político-militares, 152 trabalhadores da comunicação social estatizada de Lisboa foram afastados impiedosa e ilegalmente dos seus postos de trabalho.
Suspensos sem culpa formada, sem processo disciplinar e através de listas ad-hoc organizadas apenas por motivos político-ideológicos, ficaram em casa à força e sem salário. Recorreram para os Tribunais do Trabalho, da Relação e Supremo, e em todos venceram sem apelo nem agravo. Durante dois anos, e após ter consultado cerca de 60 processos que correram nos tribunais, fui ouvir dezenas de trabalhadores que passaram por esse tormento. Esta é, pois, uma das muitas histórias do 25 de Novembro que estão por contar. E nos dois últimos capítulos deixo-vos também, para meditar, uma nova versão, documentada, dos casos do jornal República e da Rádio Renascença, explorados sem pudor, aqui e lá fora, pelo PS e pela Igreja.
Com
a honestidade própria de um Grande profissional,
mostra-nos as vítimas e os
seus algozes,
as armas do crime premeditado e executado a sangue-frio
por um
trio de canalhas do PS-MRPP-PSD.
Não há inocentes neste assalto aos “media estatizados”,
há vítimas e carrascos.
&-----&-----&
Também a Grécia Antiga
era uma democracia
Ouçam lá, o consentimento tem de ser quebrado,
foram feitos presos políticos em Espanha!
Aqueles homens foram presos pelas posições
políticas que defendem!
Houve eleições na Catalunha com lideres das
principais forças políticas atrás das grades!
A Espanha deixou de ser uma democracia? Se fosse
só isso!
As posições tomadas pelos senhores da Europa e,
em particular, as declarações do senhor Costa e do comentador Marcelo dão
sinais preocupantes! Esta gente enxerga-se!
É a altura de todas as forças democráticas, de
todos os democratas, quebrarem o silêncio:
a chantagem capitalista de que a Catalunha está
ser alvo, a manipulação informativa dos media dominantes, as declarações do
senhor Costa e do comentador Marcelo não fazem adivinhar nada de bom para um
sistema democrático, já de si, em acelerado apodrecimento.
Catalunha, independente ou não, mas sem presos políticos!
&-----&-----&
Volto
ao canto do meu canto…
&-----&-----&
E apetece-me
acrescentar, a Sua Majestade o Rei dos Leittões,
que os srs. Costa & Marcelo II se deveriam lembrar de regras básicas, pré-primárias,
para navegar nas águas em que se espanejam, e que a “invenção cataluna” Inês qq.coisa
teve um resultado eleitoral que a coloca (ao seu grupo, partido ou coligação) na
posição parlamentar semelhante à que teve, há dois anos, o sr. Passos Coelho, assim
como é muito parecida, em termos de decisão com estes números, a posição de Rajoy
(ou será a do rei de Espanha, óh!, constitucionalistas?) com a do então nosso (t’arrenego!,
abrenúncio!) Cavaco, o Silva.
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domingo, dezembro 24, 2017
sexta-feira, dezembro 22, 2017
«Não ao militarismo e à guerra, pela paz e o desarmamento!»
- Edição Nº2299 - 21-12-2017
Assembleia da Paz revela potencialidades do CPPC
PAZ O CPPC promoveu no sábado, 16, em Lisboa, uma sessão pública pela paz e o desarmamento, e a Assembleia da Paz, que elegeu os novos órgãos sociais e definiu objectivos de acção futura.
«Não ao militarismo e à guerra, pela paz e o desarmamento!» foi o lema que presidiu às duas iniciativas, realizadas nas instalações da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, em Lisboa. A Assembleia da Paz, que decorreu durante a manhã, elegeu os novos órgãos sociais e aprovou, entre outros documentos, o Plano de Actividades para os próximos dois anos.
Como eixos de acção, foram destacados a defesa da paz e do desarmamento, a exigência de dissolução da NATO e do fim das bases militares estrangeiras, a solidariedade aos povos que se batem pelo seu direito ao desenvolvimento soberano e a luta por uma política externa portuguesa coerente com o espírito e a letra da Constituição da República Portuguesa. No que respeita a acções concretas, mereceram particular realce a campanha pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares, lançada em Setembro, as iniciativas em prol da dissolução da NATO, do combate à militarização da União Europeia e da solidariedade com a Palestina.
Do debate travado durante a manhã, como nos documentos em apreciação, sobressaiu a necessidade de ampliar a acção do CPPC e reforçar a luta pela paz em Portugal. Partindo da base sólida que constitui o muito que foi realizado nos últimos dois anos (expresso no extenso Relatório de Actividades apresentado), o CPPC tem agora perante si a responsabilidade de levar mais longe a sua iniciativa e de envolver nas suas acções e campanhas camadas cada vez mais amplas da população.
Reforçar e ampliar a luta pela paz
No Plano de Actividades aprovado aponta-se o caminho a trilhar para reforçar o CPPC e a luta pela paz em Portugal. A um nível mais organizativo, destaca-se o prosseguimento da campanha para novas adesões; a promoção de uma maior participação dos aderentes na acção quotidiana do CPPC; a criação de mais núcleos locais e o reforço dos já existentes; o empenho numa maior recolha financeira e na conclusão das obras de requalificação da sede, a Casa da Paz; e a publicação regular do boletim Notícias da Paz e sua distribuição nacional.
Para dar ainda mais expressão à luta pela paz, a assembleia aprovou um conjunto de medidas, entre as quais se conta o desenvolvimento de contactos com várias organizações e personalidades visando a realização de acções conjuntas; realização de iniciativas diversas sobre os mais variados temas relacionados com a paz e a solidariedade; promoção de iniciativas educativas e culturais relacionadas com a paz; ampliação das parcerias e protocolos com escolas, colectividades, sindicatos e autarquias; dinamização do Movimento dos Municípios pela Paz; e a realização de um Encontro pela Paz.
Pôr fim às armas nucleares
A sessão pública, realizada na parte da tarde, inseriu-se na campanha pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares, da qual consta a petição dirigida às autoridades portuguesas para que adiram a esse Tratado, subscrito em Julho deste ano, numa conferência das Nações Unidas, por 122 países. Na mesa estavam Jean Paul Lainé, presidente da Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos (FMTC); Frederico de Carvalho, físico e membro da presidência do CPPC; e Ilda Figueiredo, presidente da direcção do CPPC.
Em destaque, nas intervenções dos oradores como na de vários participantes, estiveram questões como o risco de deflagração de um conflito nuclear generalizado, que pela dimensão e potência dos actuais arsenais colocaria em risco a própria sobrevivência da humanidade. Frederico Carvalho sublinhou inclusivamente que tal conflito pode «eclodir por acidente ou erro de sistemas de alerta precoce» (o que nem sequer é inédito) ou na sequência de «certas decisões político-militares de uma parte», que podem «fundamentar da outra parte a convicção da iminência de um ataque nuclear preventivo e levá-la a reagir». Pôr fim às armas nucleares é, assim, uma questão urgente.
Já o presidente da FMTC considerou o Tratado assinado em Julho deste ano como uma das mais significativas vitórias da paz alcançadas nos últimos anos, ao colocar fora-da-lei este tipo de armamento de destruição em massa e apontar ao desmantelamento total dos arsenais. Jean Paul Lainé realçou ainda a importância da mobilização dos cientistas para travar a utilização dos avanços da técnica para fins bélicos e, pelo contrário, colocá-los ao serviço do progresso da humanidade.
A posição do Governo português de não aderir ao Tratado devido aos seus compromissos com a NATO foi severamente criticada, lembrando-se esse compromisso maior com a Constituição da República Portuguesa, que no seu artigo 7.º aponta a «dissolução dos blocos político-militares» e o «desarmamento geral, simultâneo e controlado». Perante esta contradição, concluiu-se, o Governo deveria ter assumido o respeito pela Lei fundamental do País.
Estados Unidos isolados...
- Edição Nº2299 - 21-12-2017
EUA isolados no Conselho de Segurança em resolução
sobre estatuto de Jerusalém
PALESTINA
OS EUA vetaram, segunda-feira, 18, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma resolução que instava Washington a retroceder no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
O representante de Washington foi o único entre os delegados de 15 países a chumbar o texto apresentado pelo Egipto. Contudo, dado o poder de veto que os norte-americanos detêm, a resolução acabou por ser chumbada.
O facto de todos os restantes membros do CS da ONU, entre os quais os quatro estados com assento permanente (Rússia, China, França e Grã-Bretanha), terem votado favoravelmente o apelo para que os EUA retrocedessem na decisão de alterar o estatuto de Jerusalém, evidencia o isolamento da administração liderada por Donal Trump nesta matéria.
Mais, a postura assumida pelos norte-americanos coloca em causa o papel dos EUA enquanto mediador do conflito israelo-árabe sobre a Palestina, e representa um apoio aberto à política sionista de negação dos direitos dos palestinianos, traduzida na agressão e liquidação física, na ocupação de terras, expulsão dos palestinianos e construção de colonatos – práticas condenadas internacionalmente, incluindo através de resoluções aprovadas no CS da ONU, sublinhou um porta-voz da Autoridade Nacional Palestiniana em declarações de reacção à votação.
A parcialidade dos EUA foi, de resto, realçada durante a intervenção do representante da Palestina, Estado reconhecido por 138 países. Perante o CS das Nações Unidas, Riad Mansur considerou, ainda, que qualquer decisão unilateral de Washington respeitante ao estatuto de Jerusalém é nula na medida em que contraria todas as decisões anteriores assumidas em vários órgãos da ONU.
Entretanto, depois de terem declarado que vão reconhecer Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado da Palestina, os países da Organização de Cooperação Islâmica anunciaram que pretendem levar a resolução agora vetada pelos EUA a novo sufrágio, desta feita na Assembleia-geral das Nações Unidas.
Resistência
Desde o passado dia 6 de Dezembro, quando o presidente Donald Trump anunciou a deslocação da embaixada dos EUA para Jerusalém e o reconhecimento desta cidade como capital de Israel, os protestos não param na Cisjordânia, Jerusalém e Faixa de Gaza. Só na sexta-feira, 15, a jornada de manifestações deixou um saldo de mais de 50 palestinianos feridos e quatro mortos pelas forças sionistas, entre as quais Ibrahim Abu Thuraya, um resistente que já havia ficado sem pernas durante um bombardeamento israelita contra a Faixa de Gaza, e cujo «crime», desta feita, foi segurar uma bandeira da Palestina frente aos soldados ocupantes.
Também na sexta-feira, na cidade Sakhnin, milhares de cidadãos árabes-israelitas marcharam contra a alteração do estatuto de Jerusalém, pela paz e os direitos nacionais do povo palestiniano. No dia seguinte, milhares de israelitas manifestaram-se em Telavive contra a corrupção, exigindo a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do procurador-geral, o qual acusam de estar a proteger o chefe de governo de Israel. Acções semelhantes ocorreram em Jerusalem, Haifa, Modi’in, Ashkelon and Ashdod, informa o Partido Comunista de Israel.
Netanyahu já foi interrogado pelas autoridades policiais sete vezes este ano. Em causa estão suspeitas de ter aceitado ofertas, no valor de milhares de euros, de empresários em troca do favorecimento dos interesses destes, e de, por seu lado, ter subornado um editor de um jornal israelita de grande expansão com o objectivo de obter uma cobertura jornalística mais «amigável».
A fragilidade interna em que se encontra Benjamin Netanyahu e o seu executivo é apontada como uma das razões para a decisão unilateral de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, uma vez que, dessa forma, desviaria as atenções e aliviaria a pressão popular sobre um dos «falcões» do imperialismo no Médio Oriente.
quinta-feira, dezembro 21, 2017
Recortes e reflexões (páginas de um quase.diário)
20.12.2017
Estes dias têm sido de informação e reflexão, sobretudo
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Já me perdi? Não (ou talvez sim…), estou a ver se me encontro.
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O capitalismo começou a conformar-se com o contributo da nação-Estado português (nós é que não nos conformamos com o capitalismo…), protagonizado por D. Henrique, o navegador, e pelo Sr. Vasco da Gama e outros que navegaram mesmo.
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O que é uma maneira chauvinista de resumir primórdios de História(s) complexas em que logo houve holandeses que aproveitaram embalagens pré ou mesmo-mesmo-já capitalistas para explorarem caminhos marítimos abertos por nós, portuguesinhos, sem termos empresários (capitalistas) à altura das navegantes coragens, capacidades e sorte.
&-----&-----&
Isto, holandêsmente, para o bem e para o mal, porque logo, logo houve quem visse poder fazer “habilidades” com os meios de trocas, recebendo hoje destas coisas materiais por conta – antecipada – do que não poderiam vir a fornecer em correspondente quantidade e atempadamente.
&-----&-----&
"Deu bota", mas deu também para mudanças de calçado de alguns “habilidosos”, enquanto muitos dos contemporâneos iam ficando descalços ou até sem pés.
&-----&-----&
(…)
Ia nesta “onda” e procurando dar resposta às exigências do quotidiano, quando resolvi não ser invejoso (😉) e tentar divulgar informações que estou colhendo – com alguma excitação – sobre os tais “bit” “coins”, que, ou me engano muito, ou vão estar na origem de alguns gravíssimos problemas no capitalismo e no mundo, o que, não sendo o mesmo, têm muito (e bem excessiva!) ligação e contágio.
&-----&-----&
À maneira de “legos”, vou tentar arrumar recentes leituras (referências e extractos), depois das “maratonas” ao correr das páginas da semana passada (a “semana bitcoin") a extravasar para esta
&-----&-----&
A começar, a satisfação de ter beneficiado de uma “malha certeira” no avante!:
Depois, no Expresso-Economia, em texto de Paul de Grauwe, que se refere e recorta:
e em outro, na página anterior, de Jorge Nascimento Rodrigues:
e ainda, na sua página, em mais um de Nicolau Santos:
Já hoje (21-12), no acompanhamento, a par e passo, das "bit"notícias de uma agência Sputnik-Brasil bastante prolixa, actual e - por vezes - certeira:
Tema:
Criptomoedas: a revolução financeira silenciosa (28)
A empresa Elementus publicou um vídeo que mostra a atividade no mercado de criptomoedas nos últimos quatro anos.
O vídeo, através de gráficos, mostra quanto recebiam as empresas de venda de tokens (em dólares). O nível mínimo incluído nos cálculos é de 100 mil dólares (R$ 330 mil).
Os representantes da Elementus estudaram cuidadosamente todas as transações realizadas com criptomoedas e revelaram que no último ano os lucros obtidos pelas empresas através da oferta inicial de moedas aumentaram de 310 milhões de dólares (R$ 990 milhões) para 6,3 bilhões de dólares (R$ 20,8 bilhões).
Umas (das muitas!) observações que tudo isto pode provoca:
- o enterro de Bretton Woods (e do dólar como moeda mundial escorando o "império") e do sistema monetário internacional capitalista a partir de moribundo com a inconvertibilidade e, 15.08.1971;
- a desmaterialização da moeda (não são túlipas, majestade!);
- o papel que está (e qual virá) a desempenhar a moeda chinesa e a moeda russa, que não parecem coexistir com a "onda" e tomam as suas medidas (o País mais populoso e o País maior do planeta);
- de bolha em bolha até ao rebentamento final?, daqui a quanto tempo (séculos)?, com passagem por túlipas, guerras mundiais, militarização da economia, D.Branca e Madoff;
- a necessidade de uma abordagem ideológica. Materialista dialéctica.
NOTA-revisto a 22-12
e, de novo, a 24-12
(Se eu não morresse, nunca!
e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das cousas...
Cesário Verde)
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(Se eu não morresse, nunca!
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Cesário Verde)
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