CPPC alerta para gravidade
da situação na Coreia
Abril
Abril . 15 DE ABRIL DE 2017
O Conselho Português para a Paz e
Cooperação (CPPC) denuncia a fragilidade da argumentação dos EUA para
intensificar as manobras e ameaças contra a República Popular Democrática da
Coreia (RPDC), bem como a hipocrisia subjacente às suas exigências.
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«Só por manifesta hipocrisia podem os
EUA exigir de forma unilateral o que quer que seja em matéria de
desnuclearização», afirma o CPPC num comunicado hoje divulgado. E acrescenta:
«O que serve verdadeiramente a causa da paz e da segurança no mundo é o
necessário desmantelamento geral, simultâneo e controlado de todos os arsenais
nucleares existentes no mundo.»
O pretexto da ameaça nuclear
norte-coreana, invocado pelos EUA para intensificarem as suas ameaças, «não
colhe», tendo em conta que, muito antes do programa nuclear coreano, os
norte-americanos já haviam colocado o país asiático no «famigerado "eixo
do mal" de George W. Bush» e que há muito vinham «realizando exercícios
militares de grande envergadura em conjunto com a República da Coreia e o
Japão, simulando ataques à RPDC», explica o CPPC.
Não faz sentido «falar do justo
objectivo de desnuclearização da Península da Coreia, ou no mundo, de forma
unilateral, apontando apenas a uma das partes». A mesma exigência tem de ser
feita ao país «que detém dos maiores arsenais nucleares do mundo, que promove a
sua modernização e instalação fora do seu território e afirma na sua doutrina
militar a possibilidade da sua utilização num primeiro ataque: os Estados
Unidos da América», lê-se na nota.
O desígnio da desnuclearização naquela
região do globo deverá ser acompanhado de medidas que garantam, de facto, à
RPDC que não será alvo de uma agressão militar por parte dos EUA. Em
simultâneo, o CPPC defende que devem ser criadas condições «para que o povo
coreano, sem ingerências nem pressões externas, possa unificar a sua pátria,
dividida há tempo de mais por razões que lhe são totalmente alheias» – um
anseio legítimo que não será concretizado enquanto persistir «a escalada
militarista e as ameaças de agressão dos EUA contra a RPDC».
Situação grave
No documento, intitulado «Paz na
Península da Coreia! Mais guerra não!», o CPPC chama a atenção para a gravidade
da actual situação na Península da Coreia, após o «reforço da presença e da
intensificação da pressão militares dos EUA contra a RPDC», assim como «para as
imprevisíveis e dramáticas consequências de uma escalada belicista nesta
região».
Depois «do recente ataque militar
directo contra a Síria e do lançamento de uma bomba de grande potência numa
zona remota do Afeganistão», as ameaças dos EUA à RPDC e «o aumento dos meios e
forças militares norte-americanos» na Península coreana constituem «uma nova e
muito perigosa» afronta à paz e à segurança.
É neste contexto que o CPPC reafirma a
sua «exigência da paz, do fim da escalada militarista e da resolução do
conflito por meios pacíficos, no quadro do respeito dos Princípios da Carta das
Nações Unidas».
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ver também:
Coreia do Norte: O grande embuste revelado
Publicado em 2017/04/07, em: http://resistir.info/coreia/o_grande_embuste.html
Colocado em linha em: 2017/04/14
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