Evo Morales alerta
sobre ofensiva
contra governos progressistas
O presidente da Bolívia, Evo Morales, alertou, nesta segunda-feira (17), que está em marcha hoje uma campanha contra os governos populares e progressistas da América do Sul, em uma entrevista publicada pelo jornal Página 12.
Agência Efe
Nela,
expressou sua preocupação pela "ofensiva contra os governos anti-imperialistas"
que acontece através dos ataques de fundos abutres contra a Argentina, dos
movimentos golpistas na Venezuela e das operações opositoras contra a presidenta
brasileira, Dilma Rousseff.
Ele disse que agora não podem fazer golpes de
Estado militares, tampouco conspirações com o império norte-americano, "mas
sinto que há outras formas de agressão política, como as chantagens e os
condicionamentos à Venezuela".
Na Argentina, por exemplo, o litígio dos
fundos abutres é uma agressão econômica, afirmou e advertiu que, "quando um
governo anti-imperialista é sólido, querem destroçar pelo lado
econômico".
Diante dessa situação destacou que "o trabalho conjunto da
região é importante. E quando não podem nem militar nem economicamente, fazem um
golpe político como contra (Fernando) Lugo no Paraguai".
Morales opinou
que "a agressão a Dilma é política, um golpe através do Congresso. E muito
também depende de nossos movimentos sociais, e claro, sinto que o império quer
tirar o patrimônio político do Partido dos Trabalhadores. Já não é só contra
Dilma, também é contra Lula. Usam o tema da corrupção", avaliou.
A uma
pergunta sobre se os Estados Unidos estão por trás dessa ofensiva, afirmou: "é
muito claro com a Venezuela. E os fundos abutres de onde vêm? Os fundos abutres
têm suas estruturas econômicas para chantagear-nos nos Estados
Unidos".
Em suas declarações elogiou Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor
Kirchner e Hugo Chávez, por terem dignificado a América Latina. Comparou a
Bolívia instável e a Bolívia de agora. Morales chegou à presidência em janeiro
de 2006 e foi eleito pela terceira vez em outubro do ano passado. Em uma década,
a extrema pobreza baixou de 38,3 por cento a 17,8 por cento.
Recordou
também que após participar das eleições de 2002 visitou Cuba e perguntou a Fidel
Castro o que devia fazer para liderar uma revolução na Bolívia.
"Eu
esperava que me dissesse que tinha que combater com armas. Mas toda a noite me
falou de saúde, educação, responsabilidade do Estado", lembrou.
Também
disse que quando era líder sindical acompanhou Diego Armando Maradona, em Mar
del Plata, na Cúpula das Américas (2005). "Estivemos em formosos atos com Lula,
Chávez, Fidel e Kirchner, foram momentos de minha preparação para a presidência,
momentos de aprendizagem e fortaleza".
Fonte: Prensa Latina
1 comentário:
Os métodos são os clássicos e já conhecidos - mas nunca é demais lembrá-los, para prevenir alguém mais distraído...
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