Os dados estão lançados.
Com "pontões" a dois, cartazes verdadeiramente suicidas, demissões de chefes de campanha, feiras de vaidades onde protagonismos pessoais colidem absurdamente com posições colectivas, promoções escolhidas "a dedo". E o silêncio (ou o som cirúrgico) sobre o outro lado da luta.
Duas linhas gerais numa campanha não alegre mas violenta, com toques de ridiculo, caricatos. Descredibilizadoras da democracia, por mais burguesa que ela seja...mas que é assim que serve.
- a insistência até à exaustão no que possa levar a prever um empate. Como se só houvesse PàF e PS e em aproximações sucessivas até ao desempate nas urnas. Com o logro do voto útil e a insinuação criminosa da inutilidade do voto nos "outros" e, por isso, dos deputados, da Assembleia da República, desta democracia em suma.
- entre os "outros", a multiplicação que divida, baralhe e ajude a estimular o protesto atomizado (desde o de não votar ao de votar em quem diz "coisas certas"). Também a "ajuda" - por vezes subliminar, por vezes descarada - a quem, ou ao que, possa desviar o voto naquela força coerente e organizada, permanente, de classe, assim se canalizando esse voto, ou esse não-voto, para a real inutilidade.
1 comentário:
Uma campanha de desinformacao tao grande...e no dia das eleicoes,a CDU obtêm um bom resultado!Bjo
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